PESQUISA Data de Publicação: 30 ago 2018 14:29 Data de Atualização: 30 ago 2018 14:35
A equipe Printing Life 3D, do aluno de Radiologia Leonardo Cristtopher da Silveira, está participando do Desafio IFSC de Ideias Inovadoras com uma proposta que ajudará médicos (inclusive veterinários) e professores e estudantes da área da Saúde. Trata-se da impressão em 3D de estruturas ósseas. Essas impressões podem ser utilizadas por profissionais da saúde para análises cirúrgicas e também para o ensino, e são feitas a partir de imagens de tomografia.
De acordo com o professor Matheus Savi, também do Câmpus Florianópolis, em Santa Catarina esse serviço é feito somente sob demanda em lugares que fazem impressão 3D, mas não há uma empresa especializada nessa área. “Atualmente, estamos fazendo o modelo de uma coluna de uma menina. O médico disse que, tendo a impressão, o tempo de cirurgia pode ser reduzido em até três horas”, explica. Outra vantagem, de acordo com o professor, é que os atuais modelos anatômicos não são feitos para interagir. “Pretendemos criar formas de interação, especialmente para o ensino”, diz Savi.
Para o agora sócio da Printing Life 3D, a estrutura e o ensino oferecidos pelo câmpus foram o pontapé para que ele decidisse empreender. "Eu sempre gostei de empreendedorismo e, a partir do meu envolvimento no projeto de pesquisa com o professor Savi, comecei a me identificar com processos de gestão e de inovação na área da Radiologia. Isso me motivou a participar de um concurso de inovação do Sebrae no ano passado, no qual fiquei classificado entre os 25 finalistas. Esse foi um grande incentivo para que fosse constituída a Printing Life 3D”, conta Leonardo. “O IFSC foi fundamental no processo de criação do produto, pois me proporcionou o contato com a tecnologia de impressão tridimensional inicialmente por meio da participação em um grupo de pesquisa da Radiologia. Sem a estrutura tecnológica do câmpus e os conhecimentos do professor Matheus eu não teria contato com a impressão 3D e certamente não conseguiria desenvolver esse produto".
"Estamos fazendo contato com o Departamento de Inovação e Assuntos Internacionais da Reitoria com o objetivo de encubar a nossa empresa aqui no câmpus. A ideia é reverter um percentual dos valores arrecadados pela empresa em favor do IFSC para fomentar outros projetos de pesquisa da instituição", finaliza Leonardo.