EVENTOS Data de Publicação: 11 set 2018 12:34 Data de Atualização: 11 set 2018 12:37
O Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Câmpus Florianópolis promoveu a terceira edição do Seminário de Inclusão, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. Nos dias 29 e 30 de agosto, palestras, debates e oficinas trouxeram pesquisas, dúvidas e as dificuldades enfrentadas por profissionais da educação e terapeutas frente ao desafio de incluir verdadeiramente as pessoas com deficiência dentro do sistema educacional atual.
O objetivo do evento foi a continuidade das discussões realizadas no primeiro e segundo seminário, em que foram abordados, respectivamente, as perspectivas da inclusão das diferenças na escola, com o enfoque para inclusão das pessoas com deficiência em instituições educativas e a reflexão das diferenças, da igualdade e do respeito à diversidade. Nesse ano, o evento teve como tema a formação docente na educação inclusiva, para promover a criação de espaços de formação e desenvolvimento profissional para os professores, por meio da escuta e da reflexão acerca das experiências vivenciadas no contexto escolar.
“Ao refletirmos sobre o papel transformador da escola em relação à sociedade, percebemos o quanto precisamos nos preparar para provocar a mudança cultural que nos tornará uma sociedade inclusiva. O quanto precisamos capacitar professores de todas as áreas. O Câmpus Florianópolis tem empreendido um esforço no sentido de cumprir com as exigências de acessibilidade em todos os ambientes. Mas precisamos também nos prepararmos em habilidades específicas que serão de grande valia, como o domínio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o desenvolvimento de atividades diferenciadas para diferentes sujeitos e o treinamento psicológico necessário para gerenciar situações de relacionamento nos grupos”, afirmou a diretora do Câmpus Florianópolis, Andréa Martins Andujar.
A palestra de abertura (foto) foi com Suzanli Estef, pedagoga, com pós-graduação em Educação Inclusiva e mestre em educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O tema foi “Formação docente para inclusão escolar: dialogando sobre práticas diferencias”. “O tema de inclusão é sempre de extrema importância devido à nossa realidade. A inclusão não é algo opcional. Um desafio para toda a comunidade escolar, devido à diferença que esses indivíduos trazem dentro do sistema escolar brasileiro”, disse a educadora.
“Uma escola para todos não significa a 'mesma escola' para todos”, defendeu Dulcimar Lopes Carvalho, pedagoga, psicóloga e mestre em educação pela Universidade da Região de Joinville (Univille). Ela fez a palestra “A inclusão de pessoas com autismo na Educação Superior: desafios e possibilidades à prática/formação docente” na manhã do dia 30. A apresentação foi baseada em seu mestrado, que acompanhou um caso de inclusão de um jovem autista no ensino superior.
Para a coordenadora do Napne, Ana Paula Boff, a procura e a participação no seminário deste ano confirmam o quanto ainda é necessário este projeto para a formação e capacitação desses profissionais, principalmente dentro da escola. “Os professores precisam de mais informações e alternativas para atender aos alunos com necessidades especiais. Dentro do câmpus mesmo, precisamos ampliar essa capacitação, ainda há muito o que ser feito”.
Além das palestras da manhã, na quarta de tarde a pesquisadora da Udesc Geisa Kempfer Bock falou sobre o desenho universal para a aprendizagem e, na quinta de tarde, foram realizadas oficinas sobre temas específicos, como autismo, surdez, altas habilidades, deficiência visual e psicologia e inclusão. O evento contou ainda com uma apresentação teatral do grupo Boca de Siri, do Câmpus Florianópolis.
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