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22 câmpus apresentam suas produções científicas até quinta-feira no Sepei

EVENTOS Data de Publicação: 19 set 2018 01:26 Data de Atualização: 25 ago 2020 12:00

Até quinta-feira (20), o Câmpus Florianópolis-Continente é palco de tecnologia e de novas formas de ensinar e atuar junto a comunidades através de iniciativas de extensão. Pesquisas e ideias inovadoras também integram o conjunto de apresentações do 7º Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei 2018), que iniciou agora na terça (18), com a participação de mais de 1,8 mil pessoas, entre docentes, estudantes, pesquisadores, técnico-administrativos do IFSC e de outras instituições de ensino.

O evento é a oportunidade de divulgar, tanto para a comunidade em geral quanto para a comunidade interna do Instituto, as experiências e os resultados das práticas de ensino, pesquisa, extensão e inovação desenvolvidos nos 22 câmpus do IFSC.

Com o tema “ConsCiência: a escola que transforma”, o Sepei 2018 oferece para seu público discussões e debates sobre os mais diversos temas científicos, através de palestras, mesas-redondas, e rodas de conversa. A programação do Sepei iniciou com a conferência sobre a mulher no mundo do trabalho da ciência e da tecnologia, com a empresária Joana de Jesus, da Automatisa Laser Solutions e egressa do IFSC – a primeira mulher a fazer a palestra de abertura de uma edição do Sepei. “Me sinto honrada em representar as mulheres em um evento tão bonito.”

Abertura

Na palestra que abriu o Sepei, Joana contou a sua trajetória pessoal, marcada pela resiliência e pela vontade de sempre seguir em frente. A empresária de 37 anos dividiu a sua história em seis partes, desde a infância difícil, vivida entre Imbituba (sua cidade-natal), Porto Alegre e Florianópolis, seguindo a mãe, que trabalhou de empregada doméstica nessas cidades.

“Virar-se” é o verbo que define os primeiros anos de vida de Joana. Aos 8 anos, ela morou sozinha em Imbituba, assumindo todas as tarefas domésticas, enquanto a mãe trabalhava em Florianópolis e só voltava para a cidade do Sul do Estado nos fins de semana. Trabalhou desde criança, vendendo pasteis de banana (“bananinha”) que a mãe fazia, depois cosméticos e também como babá e empregada doméstica.

Num desses empregos como doméstica, em Florianópolis, Joana ficou sabendo pelos patrões sobre a Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF-SC, atual IFSC) e fez a prova para o curso técnico em Eletrotécnica na unidade de ensino que atualmente é o Câmpus Florianópolis. “O dia mais feliz da minha vida foi quando abri o jornal e vi meu nome nos aprovados”, lembrou. Formou-se na ETF-SC e, mais tarde fez Administração na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Quando cursava Administração, procurou estágio, para ter experiência antes de se formar. Foi por meio do estágio que chegou à Automatisa. “Um estágio pode ser a experiência da tua vida”, destacou. E, para ela, foi. Sempre proativa e disposta, como contou na palestra, topava qualquer tarefa e foi ganhando respeito e reconhecimento dos sócios da empresa. Chegou a criar sua própria empresa de representação de venda de máquinas e, mais tarde, foi convidada a ser sócia da Automatisa, adquirindo, na época, 5% da empresa.

“Depois eu descobri que eu tinha comprado 5% de um monte de dívidas”, recordou. A situação financeira da empresa não estava boa. “Mas eu não podia desistir. Era o meu sonho. Com muita técnica, conseguimos sair dessa situação, porque no mundo dos negócios não dá para brincar”, disse. No final de 2016, Joana assumiu a gestão da empresa sozinha.

No encerramento da palestra, a empresária resumiu sua trajetória em “aprender e ensinar”. “Eu aprendo com todo mundo. E quero transmitir o que eu aprendi para transformar o caminho dos outros mais curto”, finalizou.

Atrações que seguem

Com o foco em Educação, Joana D’arc Felix de Sousa, que possui pós-doutorado pela Universidade de Harvard e que atualmente coordena e desenvolve projetos de pesquisas na área de resíduos sólidos, com foco no reaproveitamento de resíduos do setor coureiro-calçadista em novos produtos, como pele humana para transplantes, vai ministrar, às 10h45 de quarta-feira (19), a palestra Educar com Ciência. Joana possui 15 patentes nacionais e internacionais e já foi agraciada com 80 prêmios e honrarias dentre eles Personalidade 2017 do Prêmio Faz Diferença, concedido pelo jornal O Globo, e Medalha Theodosina Ribeiro 2018, concedida pela Assembleia Legislativa de São Paulo.

Dentre as oficinas que fazem parte da programação Aprender a fazer jogos para a internet; iniciação à Robótica, usando o sistema de construção Lego; modelagem 3D, com introdução às técnicas de desenho técnico e ao Software Solidworks; além da Design Thinking centrado no estudante como estratégia à EaD, com o coordenador da pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc), Vilson Martins Filho, são algumas delas.

Além das exposições de trabalhos, por apresentação oral ou pôster, e as oficinas, o Seminário vai proporcionar ainda a discussão sobre Astronomia, através de rodas de conversa, que também irão  tematizar a desmistificação do glúten, e a relação da alimentação saudável e interpretação de rótulos de alimentos.

Outro destaque é a apresentação e avaliação dos finalistas do Prêmio IFSC de Inovação, que acontece na manhã de quinta-feira (20)  e o evento Pitch do Desafio IFSC de Ideias Inovadoras 2018, agendado para quarta-feira (19), a partir das 8h.

Para saber mais, consulte a programação completa.

Intercâmbio

Visando também apreender mais e trocar experiências sobre tudo o que envolve os três eixos – ensino, pesquisa e extensão - o evento reunirá até 16 apresentações orais de discentes de ensino técnico, graduação e pós-graduação de outras instituições.

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