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Exibição de filmes promove debate sobre direitos humanos entre jovens de Jaraguá do Sul

EXTENSÃO Data de Publicação: 29 nov 2018 08:24 Data de Atualização: 29 nov 2018 08:57

Racismo, relações afetivas, padrões de beleza, relacionamentos abusivos, diversidade sexual, bullying, desigualdade social. Esses foram alguns dos temas abordados no projeto “Direitos Humanos em Cena”, que levou a escolas da região a oportunidade de exibir obras do cinema e debater assuntos ligados ao cotidiano dos jovens. No total foram cinco exibições realizadas durante o mês de outubro, alcançando aproximadamente 120 crianças e adolescentes.

O projeto exibiu curtas e longas-metragens nas escolas EMEF Pedro Aleixo (Massaranduba), EMEB Ribeirão Cavalo, EMEB Dom Pio de Freitas e também no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) do bairro Baependi, em Jaraguá do Sul. “O filme seguido de debate foi uma maneira que encontramos de levar o pensamento crítico que é construído dentro do IFSC para quem está do lado de fora, por meio dos nossos próprios alunos”, destaca Lucas Neto, um dos coordenadores do projeto.

Uma das exibições foi direcionada a estudantes dos 3º, 4º e 5º anos da escola Dom Pio de Freitas. A obra exibida foi o curta “Ilha das Flores”, um documentário brasileiro que aborda a desigualdade social. “Foi muito interessante trabalhar com as crianças. A gente estava achando que poderia dar tudo errado, mas não: elas realmente se envolveram e falaram com a gente”, conta a aluna Jaíne dos Santos de Souza, uma das bolsistas do projeto.

Antes de levar as obras para as escolas participantes, o grupo se reuniu para montar um catálogo de filmes ligados aos Direitos Humanos e também preparar a atividade que seria realizada em cada local. “A partir do catálogo, as próprias escolas escolhiam os filmes que seriam exibidos. Porém, o mais desafiador foi nos prepararmos para as exibições, pois a gente está acostumado a estar no lugar da turma, não da pessoa que conduz o debate”, lembra Anderson José Eccel, um dos bolsistas.

Uma das atividades mais desafiadoras para o grupo foi levar o projeto para dentro de um Creas em Jaraguá do Sul e conversar com jovens que cumprem medidas socioeducativas. A pedido dos próprios funcionários do Centro, o filme exibido foi “Precisamos falar com os homens?”, que aborda temas como masculinidade, igualdade de gênero e violência contra mulheres. “Na turma havia meninos e meninas, mas durante a atividade poucos se colocaram. Uma das meninas até veio conversar com a gente, mas depois do debate. Teve um momento em que a gente perguntou pra eles quem era a figura masculina que eles tinham como exemplo, e alguns disseram que não tinham nenhuma”, resgata a bolsista Beatriz Lima dos Santos.

Segundo o grupo de bolsistas, um dos resultados esperados a partir do projeto é a ampliação do debate sobre os Direitos Humanos no dia a dia dos participantes. “Quando eu era pequeno, por exemplo, minha escola nunca trouxe um debate como esse. Tanto nas escolas quanto no Creas, espero que a gente possa ter colocado ‘a pulga atrás da orelha’ em relação aos temas debatidos”, diz André Filipe de Andrade, também bolsista.

Após conversar com crianças e adolescentes sobre os diversos temas, o grupo também concluiu que as pessoas apoiam as causas ligadas aos Direitos Humanos, mesmo que nem sempre estejam cientes disso. “As pessoas entendem sobre Direitos Humanos, mas não sabem que são Direitos Humanos. Quando a gente fala de liberdade, de ter comida, de ser respeitado por quem você é, de poder ir e vir, tudo isso é defender os Direitos Humanos”, resume a bolsista Camila da Mota Heerdt.

Segundo a professora Isabel Cristina Hentz, que também atuou na coordenação do projeto, as escolas que receberam as atividades se mostraram satisfeitas com o resultado e estão de portas abertas para novas exibições e debates no futuro. “Foi um trabalho bastante intenso e gostamos muito de fazer. Tomara que o projeto seja contemplado novamente em novos editais”, espera.

O “Direitos Humanos em Cena” foi um projeto de extensão ligado ao Cinestória e apoiado por um edital do IFSC que fomentou ações da área temática de direitos humanos e justiça. Também fez parte da equipe executora a professora Kênia Gaedtke, do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro.

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