CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 31 jul 2014 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:43
A partir de relatos de familiares de dependentes químicos, alunos do curso Técnico Integrado de Edificações do IFSC Câmpus Criciúma montaram a peça “A travessia”, que foi encenada no Câmpus no dia 30 de julho. A peça é resultado do Projeto de Extensão “Promoção à saúde e prevenção ao uso indevido de drogas”, que é coordenado pela servidora do Câmpus Gisele Cardoso e contou com o apoio da coordenadora pedagógica do Câmpus Criciúma, Júlia Clasen, e do professor de Artes Breno Stern.
Para escrever a peça, os alunos participaram de reuniões do Grupo de Apoio a Famílias de Dependentes Químicos de Criciúma. “Nós optamos por usar relatos reais de pessoas que tiveram de alguma forma sua vida afetada pelas drogas e para fazer isso, acompanhamos reuniões do grupo de apoio de Criciúma. Foi uma experiência muito significativa tanto para nós, que estávamos coordenando o trabalho, como para os alunos”, explica Gisele Cardoso, coordenadora do projeto de extensão.
Na peça, quatro alunos contam a história de familiares de dependentes químicos, principalmente, de mães que perderam seus filhos. “O projeto de extensão teve duração de quatro meses, sendo que dois meses foram só de discussão teórica sobre o assunto.Nossa proposta foi colocar os alunos encenando as falas, porque sabemos que é muito mais impactante um jovem falar para outro jovem e é esse público que nós queremos atingir”, avalia a coordenadora pedagógica do Câmpus Criciúma, Júlia Clasen.
Após a apresentação, os alunos assistiram a um vídeo, montado pelo professor Breno Stern, em que foram exibidas cenas de plantas carnívoras atraindo insetos. “A proposta foi fazer um alerta e mostrar que, muitas vezes, o uso de drogas pode parecer algo bom e atraente, como as plantas carnívoras costumam fazer com os insetos, mas esse não é o melhor caminho”, explica o professor.
Depois da exibição do filme, os alunos participaram de um bate-papo sobre o uso indevido de drogas. A aluna Martina Niero, que participou do projeto e atuou na peça, questionou os demais estudantes sobre qual seria a melhor forma de ajudar um amigo que esteja enfrentando problemas com o uso de drogas. “A primeira coisa é estabelecer o diálogo, construir uma rede de apoio e mostrar outros caminhos”, explica a jovem.
A coordenadora do projeto explica que a proposta é dar continuidade ao trabalho. “Queremos apresentar a peça em outras escolas da região e iremos montar um material impresso sobre os riscos do uso indevido de drogas para ser entregue para os alunos nas próximas encenações”.