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SNCT reúne alunos, professores e autoridades para discutir ciência e tecnologia

CÂMPUS TUBARÃO Data de Publicação: 22 out 2014 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:47

 

Mesmo sem ainda ter sido inaugurado oficialmente, o Câmpus Tubarão não deixou de participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Durante todo dia 16, foram realizadas palestras, oficinas e a exposição de produtos confeccionados por alunas do Pronatec Mulheres Mil. “O Câmpus Tubarão, mesmo em implantação, não poderia deixar de participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A nossa Semana é de ação e extensão e ficará registrada na nossa história como o primeiro evento que nós realizamos no câmpus”, explica a diretora-geral Rita Flôr.

 

Para debater o tema desta edição da SNCT, que era “Ciência e tecnologia para o desenvolvimento social”, o câmpus convidou o Diretor de Ensino do IFSC, Paulo Roberto Wollinger, a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, o prefeito de Tubarão, João Olavo Falchetti e o diretor do câmpus Tubarão da Unisul, Heitor Wensing Júnior.

 

O Diretor de Ensino do IFSC, Paulo Roberto Wollinger, falou sobre “Educação Profissional e Tecnológica no contexto da ciência e tecnologia para o desenvolvimento social”. “Por um bom tempo no Brasil, ciência e tecnologia eram só para uma elite, mas isso vem mudando. Nos últimos anos, foram criadas 14 universidades federais e construídos mais de 200 câmpus de institutos federais. É preciso acreditar em um Brasil que todos possam ir a escola e que possam viver melhor, só assim vamos garantir de fato o desenvolvimento social”.

 

Wollinger lembrou que, quando ele fez curso técnico, era comum os alunos terem que se mudar para a capital, porque não tinham como continuar seus estudos no interior. “É muito importante que haja institutos federais e universidades no interior, isso é política educacional inclusiva. No IFSC, nós queremos estimular as pessoas a estudar, que elas venham fazer um curso de extensão e que se sintam estimuladas a continuar a fazer cursos de qualificação, técnicos, superiores e de pós-graduação”.

 

A reitora do IFSC falou também da expansão dos institutos federais em Santa Catarina. Atualmente o IFSC tem 22 câmpus em 20 municípios do Estado e o Instituto Federal Catarinense atua em outras 16 cidades. “Nós últimos anos, nós ampliamos a nossa atuação enquanto institutos federais de educação e estamos presentes em 36 cidades de Santa Catarina. Isso tem sido muito importante para que a gente possa consolidar os institutos federais no Estado e para que possamos fazer com que mais pessoas possam ter acesso à educação. Nós acreditamos que a educação pública pode transformar a vida das pessoa, mas o contexto social e econômico do nosso país. Trazer o câmpus para Tubarão é uma vitória para a cidade, para cada uma das pessoas envolvidas, mas é também uma vitória para o nosso país”.

 

O prefeito de Tubarão falou dos investimentos que estão sendo feitos no município para o desenvolvimento da inovação. “Está sendo construído em Tubarão um Centro de Inovação que deve ser entregue em 18 meses. A proposta é diversificar a economia da cidade e fazer com que Tubarão se torne um polo de referência em tecnologia e inovação. A vinda do IFSC para a cidade só tem a contribuir para que isso se concretize. Eu costumo dizer que o IFSC foi uma benção para Tubarão”.

 

O diretor do câmpus Tubarão da Unisul falou sobre a importância das instituições de ensino trabalharem de forma integrada. “Os entes públicos, o setor empresarial e o educacional devem trabalhar juntos para que de fato se consiga promover o desenvolvimento social a partir da ciência e da tecnologia. A riqueza de um país pode ser medida pela sua capacidade de inovar e a partir do momento em que se ampliam os investimentos em educação, nós estaremos contribuindo não só para uma sociedade mais inovadora, mas para uma sociedade mais humana”.

 

Ao final da cerimônia, alguns alunos do Pronatec também falaram. “Eu passei por um momento bem difícil da minha vida e foi muito importante para mim voltar a uma sala de aula para estudar.Hoje eu me sinto viva”, afirma Marlene Tereza de Souza Ferreira, do curso Mulheres Mil de Reciclador.

 

Paulo Dorta, do curso Pronatec de Almoxarife, também fez um relato. “Há muitos anos eu tinha deixado a escola e hoje eu vejo que nunca é tarde para voltar. Eu sempre quis ser padeiro e esta semana consegui realizar meu sonho, comecei a trabalhar como auxiliar de padeiro. Quero também um dia trabalhar em um almoxarife”.

 

Outubro Rosa

 

O Câmpus Tubarão aproveitou as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia para celebrar o Outubro Rosa e orientar as mulheres sobre a importância da mamografia e do exame preventivo. Para falar sobre o tema, o câmpus convidou a enfermeira Francine de Souza Caetano.“No caso do preventivo, muitas mulheres acham que porque não têm mais vida sexual ativa ou porque fizeram a cirurgia de histerectomia, que é quando se retira o útero, elas não precisam mais fazer o exame. Isso não é verdade. É importante que a mulher faça o exame todos os anos, porque o câncer de colo de útero é assintomático e quando a mulher descobre o câncer pode ser muito tarde para começar o tratamento”.

 

A vice-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Tubarão, Maria Salete da Silva Ferreira, também falou sobre o câncer de mama. “O trabalho de conscientização e orientação das mulheres é muito importante. Se um câncer de mama for descoberto quando o nódulo tem menos de um centímetro, a chance de cura da paciente é de 95%, se o nódulo tiver algo em torno de dois centímetros, a chance é de 80%. Agora se o nódulo for descoberto em estágio mais avançado, as chances de cura diminuem drasticamente”, afirma Maria Salete.

 

A voluntária explica que há uma lei no Brasil que assegura às mulheres direito de fazer a mamografia a partir dos 40 anos e que, assim como os postos de saúde, a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Tubarão também faz o agendamento dos exames. “Durante o mês do Outubro Rosa, nós temos uma cota extra de exames de mamografia e temos condições de atender a um número maior de mulheres. Como sabemos que neste evento há muitas mulheres alunas nós queremos oferecer a elas a oportunidade de agendar a mamografia”.

 

Exposição de trabalhos

 

Quem visitou o Câmpus Tubarão no dia 16 pôde conhecer um pouco mais do trabalho que vem sendo realizado pela instituição. As alunas do Pronatec Mulheres Mil expuseram os artesanatos que vêm sendo produzidos nas aulas do curso de Reciclador. “Eu tenho 72 anos e tenho aprendido muito no curso. Nós aprendemos a fazer laços e gravatas para cachorros, cestas de jornal, carteiras e bolsas com caixas de leite, fuxico, sabão e puffs com pneus usados”, explica Maria Vaninha Dal Bó, aluna do curso.

 

Os alunos do curso Pronatec de Almoxarife explicavam para os visitantes a importância de um profissional qualificado que faça o planejamento e organização dos materiais em um almoxarife. “Eu estou gostando muito do curso. Sou técnica de enfermagem, mas quero mudar de área e trabalhar em um almoxarife. Uma das coisas que eu já aprendi no curso é que para que o almoxarife esteja bem organizado é preciso que haja um equilíbrio”, afirma a aluna Michele Tainski Marques.

 

As alunas do curso Pronatec Mulheres Mil de Operador de Computador expuseram máquinas fotográficas antigas e disponibilizaram equipamentos para que os visitantes pudessem baixar suas fotos. “Eu costumava acessar a internet só para entrar nas redes sociais, porque eu não sabia fazer outra coisa. Com o curso, eu estou aprendendo a fazer planilhas e a formatar o computador. Com as planilhas que eu faço eu tenho conseguido me organizar melhor, porque tenho o controle de tudo o que gasto”, explica a aluna Raquel Rosa Brandão.

 

Além da exposição de materiais e de informações sobre os cursos do IFSC, o visitante pôde conhecer ainda um pouco do trabalho de Luís Fernando Carvalho que produz uma série de materiais feitos com bambu, como vasos, garrafas e enfeites. “O bambu pode ser utilizado para a construção de casas, para gerar energia ou mesmo para recuperação de áreas degradadas. Nós trouxemos para a exposição algumas peças feitas com bambu como uma forma de incentivar a utilização do material”.

 

O coordenador da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Unisul, João Antolino Monteiro, levou para a feira as geleias, bolos e pães produzidos por cooperativas ligados à incubadora. “Uma parte das geleias que nós trouxemos foi feita por alunas do Pronatec Mulheres Mil. A nossa proposta é mostrar que é possível pensar em uma outra economia baseada na cooperação. Dos empreendimentos que fazem parte da incubadora, nós temos alguns casos de cooperados que chegam a receber cerca de R$ 800 por mês e nós trabalhamos com a meta de que cada um deles alcance pelo menos R$ 1.000 com a venda de seus produtos”.

 

CÂMPUS TUBARÃO

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