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Estudantes realizam trasfega do primeiro vinho produzido no Câmpus Urupema

CÂMPUS URUPEMA Data de Publicação: 09 mai 2016 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:08


Ontem (9) os alunos da terceira fase do curso superior de tecnologia em Viticultura e Enologia do Câmpus Urupema realizaram a trasfega do primeiro vinho produzido pelo câmpus. Eles fazem parte da primeira turma do curso, que ingressou no início de 2015. A atividade fez parte de um Projeto Didático-pedagógico coordenado pela professora Carolina Panceri.

A trasfega é a separação do vinho de suas borras. Em março deste ano o câmpus adquiriu as uvas da variedade Cabernet Franc, produzidas em São Joaquim. A partir daí começou o processo de produção da bebida.

O primeiro passo foi o desengace, quando se separa a engaço (caule, talo) da baga da uva. No dia 29 de março, após o esmagamento o mosto foi colocado em tanque de inox para a fermentação alcoólica, onde permaneceu por 10 dias, sendo descubado no início de abril e retornando ao tanque para a fermentação malolática espontânea.


A trasfega é também um processo, além de separação da borra, de correção. “Por meio de análise em laboratório nós corrigimos o anidrido sulforoso livre (SO2 livre) e por meio de análise sensorial verificamos qualidade do vinho em relação ao seu aroma, aparência e sabor. Também é uma hora de oxigenação da bebida”, explica Carolina, professora de Química Enológica. Segundo a professora, outras trasfegas podem ser realizadas até que o vinho esteja pronto para o engarrafamento.

Os resíduos oriundos dessa separação não são descartados. Ele são preservados e reutilizados em aulas de laboratório e na fabricação de subprodutos do vinho, como a graspa, um destilado de origem italiana.

 

Falta pouco


Após a transfega, o vinho passará por mais quatro estágios até que fique pronto para consumo. São eles: estabilização, clarificação, filtração e envasamento. Se tudo correr conforme o planejado, em agosto deste ano o vinho feito pela primeira turma do curso estará pronto para consumo. “Com a quantidade de uvas que vinificamos e com o tamanho do tanque de armazenamento, conseguiremos cerca de 80 litros de vinho, em torno de 100 garrafas de 750 ml”, completa a professora.

A ansiedade já é grande por parte dos alunos, tando que fez a aluna Maikely Paim Souza se interessar pela atividade, mesmo ela sendo extracurricular. “Busquei uma possibilidade de ver já prática a produção do vinho. E foi muito bom, pois estamos vendo aquilo ensinado nas aulas teóricas sendo aplicado no produto final”, comemora.

Além disso, segundo Maikely, a atividade vai aguçando sentidos que são importantes para um enólogo no mundo do trabalho. “A análise sensorial vai ajudando a compreender melhor os compostos. E é melhor aprender aqui, quando se tem o professor para tirar dúvidas”, finaliza.

Cada turma que inicia no curso superior de tecnologia em Viticultura e Enologia cuida da fabricação do seu próprio vinho. Ao final do curso, que dura três anos, cada turma terá seu próprio rótulo.

 

CÂMPUS URUPEMA

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