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IFSC realiza coquetel em parceria com associação empresarial

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS-CONTINENTE Data de Publicação: 20 out 2016 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:20

 

A quarta-feira (19), na Alameda Casa Rosa, foi dia de unir negócios e conhecimento. A Associação de Bares e Restaurante de Santa Catarina (Abrasel/SC) reuniu empresários do setor para mesas de negociação, workshops e palestras. Para os estudantes dos cursos técnicos do Câmpus Florianópolis-Continente, o evento significou experiência: eles preparam um coquetel de encerramento para 200 participantes.

 

Por volta das 20h30, os três pratos quentes e as sobremesas passaram a ser servidas no salão principal. Figuraram no cardápio receitas de origem mediterrânea, com técnicas francesas e ingredientes locais. Porém, a preparação iniciou às 14h, na cozinha do Câmpus. Os pratos foram transportados e finalizados em uma estrutura provisória do local do evento.

 

A professora da área de Nutrição Marivone Borges explicou que o transporte foi o momento de maior cuidado. "O alimento deve permanecer na temperatura adequada, por isso precisamos transportá-los em automóveis refrigerados do câmpus até aqui." A higiene e manipulação de alimentos é um dos eixos dos cursos da área gastronômica.

 

Os alunos Márcio Henrique Pereira Lima e Kássia Farias, do curso técnico em Gastronomia, comentaram a experiência enquanto descansavam das tarefas. Para ele, a experiência em eventos de grande porte é importante. Ambos sentiram falta da infraestrutura da cozinha do IFSC, mas não enfrentaram problemas na execução dos pratos. "No mercado, muitas vezes não teremos a mesma estrutura do IFSC", comenta Kássia, que sonha em abrir o próprio negócio.

 

Desde que propôs a ambientação para a turma, o orientador de Gastronomia, Gustavo Maresch, sentiu um bom engajamento. Ele explica que além do desafio de cozinhar para um evento grande, o público era composto por pessoas ligadas ao ramo da alimentação. "Também é sempre mais desafiador quando o time joga fora de casa", disse, se referindo à adaptação ao ambiente.

 

Maresch esteve a frente da articulação com a Abrasel/SC. Os associados doaram 60 kg em insumos e o professor recebeu carta branca para definir o cardápio. A equipe envolvida diretamente com o evento é grande: professores Mariana Ferreira Martelli e Alice Nogueira Novaes Southgate (Panificação e Confeitaria), Cassiano Borges da Fonseca (Eventos), Fabiana do Amaral, Tompson Goes Santos (Gastronomia) e suas respectivas turmas.

 

Parceria com o empresariado

 

O diretor do Câmpus, Caio Alexandre Martini Monti, avalia como positivas as parcerias com o setor privado, como é o caso da Abrasel. “Por meio desse evento, por exemplo, aproximamos nossos alunos de seus futuros contratantes e temos a oportunidade de mostrar a qualidade dos nossos cursos”. Para Monti, a qualificação dos profissionais da área turística é importante para fortalecimento do setor e da economia nacional como um todo.

 

Há empresas de olho nos estudantes do instituto. Roberto Rocha administra um restaurante de frutos do mar na praia de Jurerê há quatro anos e, a partir de novembro, começará a selecionar funcionários para a temporada de verão de 2016. O empresário tem uma percepção boa dos cursos do câmpus. “Com certeza, a preferência será por profissionais que já tenham a experiência e formação na área”, comenta.

 

Palestras e negociações

 

Não só de turismo vive o setor de alimentação fora do lar. Roberto era um dos empresários do ramo que estavam assistindo à última palestra do dia, ministrada pela consultora da Brasil Food, Maria Aparecida Toledo. Ela afirma que é importante compreender o perfil do público de cada negócio e acompanhar a evolução sociodemográfica. “Ao contrário dos EUA e Europa, este setor no Brasil não está preparado para o envelhecimento da população, que demandará produtos mais saudáveis”.

 

Além da saudabilidade (incorporada em alimentos orgânicos, sem glúten ou vegetarianos), a consultora cita como tendência internacional a chamada “comfort food”, que procura remeter o cliente à comida caseira. A alimentação fora do lar se enraizou no consumo brasileiro apenas há 10 anos. Desde então, demonstra um crescimento acelerado, apesar de ter encolhido sete pontos percentuais entre 2011 e 2015. Diante da queda de poder aquisitivo das famílias, a antiga marmita voltou a circular nas empresas com mais força. Hoje, 22% da população leva marmita para o trabalho, evitando almoçar em restaurantes diariamente.

 

Anteriormente, houve rodadas de negociação e exposição de fornecedores de alimentos e cervejarias artesanais catarinenses. No período da tarde, os empresários participaram de workshops sobre tributação pelo Simples Nacional, comunicação visual e inovação em gestão. De acordo informações da Abrasel, o encontro tinha como objetivo promover o associativismo no setor.

 

Por Eduarda Hillebrandt | Estagiária de Jornalismo IFSC

Fotos por Caroline Daufemback/IFSC e Abrasel/SC

 

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