O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Notícia Aberta

Aplicações Aninhadas

Publicador de Conteúdos e Mídias

Palestra sobre desastres naturais abre mestrado profissional em Clima e Ambiente

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 07 mar 2017 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:26


Uma palestra com Osvaldo Luiz Leal de Moraes, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foi a aula inaugural do mestrado profissional em Clima e Ambiente, no dia 2 de março. O curso, o primeiro na área de Geociências a ser oferecido por um instituto federal brasileiro e o primeiro no Estado, trata de temas relacionados a sua linha de pesquisa: climatologia e recursos naturais costeiros, e reúne pesquisadores de três câmpus do IFSC: Florianópolis, Itajaí e Garopaba.

A cerimônia para marcar a primeira aula do mestrado começou com a fala do coordenador do curso, professor Luis Antônio de Oliveira Proença. “A gênese desse curso começou em 2013, com uma iniciativa da Setec de fortalecer a inovação e pesquisa nos institutos federais. Identificamos que havia muito potencial para atuar nessa área, inclusive era preciso potencializar que outras áreas, como a mecânica e eletrônica, por exemplo, pudessem atuar na pesquisa ambiental também”, destacou Proença. O coordenador lembrou da busca inicial aos profissionais adequados para compor o corpo docente do curso. “A primeira tentativa não obteve sucesso junto à Capes e, com o retorno que foi dado ao projeto, ele foi reelaborado e definido como Clima e Ambiente. E percebemos a pertinência e necessidade de um mestrado do tipo quando vimos que foram realizadas 200 inscrições para as 15 vagas que oferecemos”, lembrou.

“Tivemos um processo de construção bastante intenso, mas sabemos que esse trabalho foi só o começo e que o trabalho de verdade começa agora”, afirmou o professor do curso Cassio Suski, que no evento representou o diretor-geral do Câmpus Itajaí, Carlos Alberto Souza. “Temos 15 mestrandos que vão nos ajudar a montar esse curso. Pois temos a ideia, temos um conceito, mas o curso precisa ser estruturado e os alunos terão uma participação fundamental para dar a cara deste mestrado”, afirmou Proença.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Clodoaldo Machado, lembrou que, com este, o IFSC terá cinco programas de mestrado até 2018, sendo que em 2015 tinha apenas um curso do tipo.

A diretora-geral do Câmpus Florianópolis, Andréa Martins Andujar, disse que a proposta do curso é formar atores da sociedade para o desenvolvimento de atividades inovadoras, de forma multidisciplinar, integrada e multicâmpus. “Procuramos sempre a inclusão e a formação de cidadãos completos por meio da Educação Profissional e Tecnológica”.

Para a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, um dos desafios dos cursos de mestrado profissional é a pesquisa aplicada, pois as empresas e a sociedade não têm ainda a cultura de procurar na academia soluções para problemas reais do mercado.

De acordo com o professor Proença, esse foco já aparece entre os mestrandos. Cada um pretende direcionar suas pesquisas para problemas que enfrentam no dia a dia nos seus locais de trabalho.

Um dos mestrandos é o professor do Departamento Acadêmico de Construção Civil do Câmpus Florianópolis, Jucélio Gonçalves. No dia da aula inaugural, completaram-se 47 anos de seu ingresso no IFSC como aluno. “Voltar à sala de aula como estudante bem nesta data é especial. Além disso, hoje também é meu aniversário”, comemorou. “Decidi voltar a estudar pela qualificação e pelo plano de carreira. Minha área é a geotecnia e pretendo estudar a questão da influência da permeabilidade do solo, quais as influências que ela (a permeabilidade) sofre com o clima e aí tratar de questões como erosão e prevenção de desastres”, relatou.

O palestrante da manhã, Osvaldo Moraes, destacou que um país não é feito apenas de tecnologia. “A tecnologia é só uma parte. Um país é feito principalmente de recursos humanos. Não adianta investir em hardware, software e não investir em 'peopleware'. E, com certeza, essa área de clima terá uma demanda crescente no Brasil”, afirmou.

Em sua fala, Moraes trouxe um breve histórico da criação e operacionalização do Cemaden, garantindo que lidar com a prevenção a desastres naturais é algo extremamente ligado à Ciência. “Todas as nossas ações precisam ser pensadas para que nosso trabalho tenha um impacto na sociedade e, especificamente, impacto na sociedade mais vulnerável”.

Sabrina Brognoli D'Aquino / Jornalista IFSC

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS

Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Leia Mais.