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Palestrante italiano destaca a colaboração como peça-chave para a inovação

CÂMPUS LAGES Data de Publicação: 10 ago 2017 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:33


O Câmpus Lages do IFSC promoveu nesta terça-feira (8) a palestra “Gestão da Inovação no século XXI”, com professor italiano Roberto Panzarani. Renomado mundialmente no assunto, Panzarani veio a Lages falar sobre as mudanças que a inovação vêm provocando e a necessidade de adaptação por parte das pessoas e empresas.

Na abertura, o diretor-geral do Câmpus Lages do IFSC, Thiago Meneghel, agradeceu os parceiros do evento, as empresas NDD e GTS do Brasil, e a CDL Lages e Órion Parque Tecnológico. Apoio que foi essencial para a realização da atividade. Também, destacou a importância desse tipo de palestra para o momento que a cidade e a região estão vivendo. “A cidade está apoiando a inovação. Além da inauguração do Órion Parque, as empresas parceiras também se mostram abertas à inovação, pois, assim como eu, tem certeza que ela é um caminho para o desenvolvimento”, comenta. O diretor ressalta que o Instituto Federal tem um papel importante no que vai ser a economia da região no futuro, pois está formando os futuros profissionais e inovadores da cidade. Porém, afirma que o sucesso depende da colaboração mútua entre os agentes do desenvolvimento.

A inovação tecnológica é uma parte importante, mas não é a única

O principal recado dado pelo palestrante é: tudo mudou. A tecnologia e a inovação, além de avanços e novas dinâmicas, mudaram as já existentes. Isso gera novos modelos de negócios e não apenas as tecnologias devem estar de acordo com o novo, mas, principalmente, as pessoas. “São geradas novas competências e a evolução consiste na habilidade de se adaptar a elas”, comenta Panzarani.

Os novos modelos também se referem às empresas e organizações. Para o professor, a inovação não garante só o sucesso, mas a sobrevivência desses agentes. “Para isso é necessário criar e investir em lugares e ambientes inovativos e colaborativos. Empresas ajudam umas às outras por meio de colaboração e criando novos produtos e serviços. Dificilmente uma empresa consegue se inovar sozinha”, completa. Para ele, a verdadeira tarefa dos inovadores não consiste em inventar algo novo, mas na capacidade de recombinar coisas que já existem.

Novos territórios

Outra mudança importante é a ausência de fronteiras. O territórios das empresas não é mais físico, mas digital. Uma loja em uma cidade compete com outra do outro lado do mundo que vende pela internet. Assim como as pessoas, as empresas e organizações só existem se também estão no mundo digital. “As mudanças deixaram de ser lineares e passaram a ser exponenciais. Com isso, é muito mais difícil de se adaptar. O aprendizado deve ser constante e a capacidade de leitura do ambiente para se antecipar às mudanças é tão importante quanto o aprendizado”, diz.

Para o professor, o futuro do mercado está na combinação de três fatores: velocidade, Interconexão e imaterialidade. Para Panzarani, a sociedade está passando de um ambiente de trabalho fechado e hierárquico, baseado em relações rígidas entre empresas e funcionários, para uma série de redes de capital humano cada vez mais distribuído, colaborativo e baseado em uma organização autônoma, que extraem conhecimentos e recursos de dentro pra fora.

Para Gabriela Krieser Rodrigues, aluna do curso superior de tecnologia em Processos Químicos, a palestra corroborou com suas expectativas acerca do área que escolheu para cursar. “Gostei muito da parte sobre a colaboração entre o conhecimento das empresas. É uma área que tenho bastante interesse, essa ideia de evoluir com o trabalho em conjunto. A ajuda mútua tem tudo a ver com a área de processos químicos”, finaliza.

Ao final da palestra, Roberto Panzarani fez o lançamento do seu mais novo livro, intitulado “Global: tribos, limites, líderes, redes, ecossistemas” (Editora E-papers, 2017). Além de autógrafos nos livros, os participantes puderam conversar com o professor sobre pontos abordados na sua fala e dirimir dúvidas sobre inovação.

Panzarani é professor de Gestão da Inovação e especialista em Inovação Empresarial. Atualmente se dedica ao desenvolvimento de programas de inovação para a grandes empresas e instituições. No Brasil, já publicou os livros “A Viagem das Ideias” (Editora Gente, 2006), e “Luxo for all”, com José Luiz Tejon e Victor Megido (Editora Gente, 2010).

Por Rafael Xavier dos Passos | Jornalista IFSC

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