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6º Sict-Sul reúne cerca de mil participantes

CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 25 out 2017 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:36


Apresentar inovações na pesquisa, promover a divulgação científica e integrar pesquisadores, extensionistas e estudantes nas diversas áreas do conhecimento e da tecnologia foram os objetivos da sexta edição do Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense (Sict-Sul), realizado de 23 a 25 de outubro no Câmpus Criciúma do IFSC. Mais de 200 trabalhos científicos foram apresentados durante os três dias de evento.



Com o tema “A Matemática está em tudo: o ensino e o uso da matemática na pesquisa científica”, o 6º Sict Sul ofereceu uma intensa programação com debates, minicursos e exposição de trabalhos acadêmicos para os cerca de mil participantes inscritos. O evento é realizado pelos câmpus Araranguá, Criciúma e Tubarão do IFSC, Sombrio e Santa Rosa do Sul do Instituto Federal Catarinense (IFC) e Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).



O professor Ruy Exel Filho, do Departamento de Matemática da UFSC, ministrou a palestra do segundo dia, intitulada “Borsuk, Ulam e os ladrões de jóias”. Exel é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1A e, em 2007, recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico – Presidência da República. Tem doutorado pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e pós-doutorado pela Universidade de Warwick (Inglaterra), com ênfase em Análise Funcional.



A mesa-redonda do terceiro dia, “Integração mercado e pesquisa – O desenvolvimento de novos produtos e processos”, foi coordenada pelo professor Fernando Henrique Milanese (Câmpus Araranguá da UFSC) e pelo professor e consultor empresarial Rafael Bianchini Glavam. Os debatedores destacaram a importância de formar novos pesquisadores de qualidade que possam contribuir com ideias que fomentem novos produtos para o mercado. “Temos que implantar essa filosofia no Brasil. Estamos ampliando os institutos federais e as universidades e precisamos de instituições que forneçam também pesquisadores para fomentar o mercado. Precisamos ser inovadores”, afirma Fernando.



Rafael ressaltou que, embora o tempo da academia nem sempre acompanhe o ritmo do mercado, é preciso fomentar projetos com rigor científico. “Os melhores alunos, os melhores pesquisadores, vem daqui. Das instituições de ensino públicas. É urgente a necessidade de implantar melhorias no mercado e os melhores estão aqui. No mercado, tudo depende da prática, mas ela só vem por meio de boas teorias”, disse.



Inovação com tecnologia



O 6º Sict-Sul também apresentou resultados de pesquisas desenvolvidas nas áreas de Educação e Ensino, Gestão, Ciências da Computação, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Saúde, Ciências Sociais e Humanas e Produção Cultural e Design.



O Câmpus Sombrio do IFC trouxe o projeto de uma plataforma preparatória para o Enem. Desenvolvido pelos alunos Lívia Silva Marques e Matheus da Silva Coelho, do terceiro ano do Médio Técnico em Informática, e orientado pelos professores Victor Martins de Sousa e Matheus Lorenzato Braga, o FlipEnem consiste em um jogo de perguntas e respostas por meio do uso de um fliperama. O jogador faz um cadastro e, através da pontuação obtida, atinge um ranking, atualizado a cada semana.



“Pegamos perguntas de provas anteriores do Enem. O usuário entra com o número do CPF e pode responder duas questões por dia”, explica Matheus. “Responder por meio de um jogo é um estímulo a mais, pois o usuário se sente atraído pelo fliperama. Por meio da pesquisa, também percebemos que as questões da área das Ciências da Natureza são as que apresentam maior dificuldade”, afirma Victor.



O projeto, desenvolvido como trabalho de conclusão de curso, iniciou em março e foi finalizado em julho deste ano. Em agosto, eles disponibilizaram a plataforma para uso no próprio campus. “Fizemos uma pesquisa com os alunos do terceiro ano. Criamos uma modelagem em 3D da plataforma, utilizando o laboratório do campus. Para o jogo, cadastramos 180 usuários e já obtivemos mais de 2 mil respostas. Queremos expandir a ideia, por isso levamos o projeto para eventos científicos”, afirma Lívia. Depois do Sict-Sul, o trabalho será apresentado na X Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (MICTI), no Câmpus Camboriú do IFC.



Aliando a pesquisa com o mercado, as alunas Letícia Pereira Bon, Juliana Scheffer da Silva, Júlia Maria Dorvil Pereira e Monalisa Bonetti Joaquim, do quarto ano do Médio Técnico Integrado em Vestuário do Câmpus Araranguá do IFSC, apresentaram o projeto Moda Sem Gênero. A proposta visa desconstruir os padrões de gênero na moda, permitindo tornar livre a escolha de cada um. “Foi um tema bastante presente nas passarelas mundiais em 2015 e 2016. A partir disso, buscamos pensar sobre os padrões impostos pela sociedade e como isso reflete na moda, optando por criar uma roupa sem gênero, que possa ser usada por qualquer pessoa”, explica Júlia.



Por meio do método comparativo, elas aplicaram entrevistas com um público-alvo em potencial: jovens de 14 a 19 anos. “Com os dados obtidos, como por exemplo o tipo de tecido e as tonalidades que eles mais apreciam, criamos croquis com a proposta e desenvolvemos um modelo”, conta Letícia. Para Juliana, o maior desafio da proposta é preparar o público para a novidade. “É um conceito inovador e que ainda vai crescer muito. Mas percebemos que muita loja já vende roupa sem gênero, às vezes, sem nem se dar conta disso. O preconceito está na pessoa e não na roupa que ela usa”, afirma.



Avaliador de trabalhos no 6º Sict-Sul, o professor Sílvio Euclides, do Câmpus Criciúma do IFSC, salientou o intercâmbio científico promovido pelo evento. “É uma diversidade enorme de campos de pesquisa em diferentes áreas do conhecimento, com trabalhos que trazem propostas muito interessantes para o mercado”, ressalta.



Por Jornalismo IFSC | Câmpus Criciúma

 

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