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IFSC realiza aula inaugural do curso de Engenharia Mecânica em Lages

CÂMPUS LAGES Data de Publicação: 21 fev 2016 21:00 Data de Atualização: 07 fev 2018 08:55

 

Na sexta-feira (19), o Câmpus Lages do IFSC realizou a aula inaugural do curso superior em Engenharia Mecânica. A palestra foi ministrada pelo professor Anderson Vicente Borille, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e teve como tema “A importância da Engenharia Mecânica no Contexto Brasileiro”. O curso teve um índice de 55 candidatos por vaga no último vestibular da instituição, sendo o mais concorrido de Santa Catarina entre as instituições que o ofertam.

 

A solenidade, que antecedeu a aula, contou com autoridades locais e estaduais, além de empresários lageanos do setor metal-mecânico. “É um marco na história de Lages. Tivemos vários aqui, e a constituição do IFSC na cidade é um deles. Tive o orgulho, a satisfação e talvez seja uma das coisas mais importantes da minha vida ter participado dessa obra”, comemorou Roberto Amaral, presidente do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc). Além de destacar a presença do IFSC, Roberto parabenizou os estudantes pela conquista em tão concorrido curso e desejou boas vindas aos que vêm de outros estados. Também, reforçou o empenho em apoiar o empreendedorismo associado à profissão de engenheiro. “A nossa cidade precisa de engenheiros, mas também precisa de empresários”, finalizou.

 

Além do presidente do Ciasc, a cerimônia teve a presença do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Lages (Simmmel), Celso Marcolin; o Vereador Professor Domingos (PT), representando a Câmara de Vereadores de Lages; o presidente do Grupo TBE, Carlos Antônio dos Santos; e o presidente da GTS do Brasil, Assis Strasser.

 

Realização

 

Para o coordenador do curso de Engenharia Mecânica, professor Anderson Luís Garcia Correia, o evento da noite era um sonho tornando-se realidade. Um sonho que, segundo ele “surgiu pela observação da crescente demanda da Região Serrana pelo profissional engenheiro mecânico”. Demanda que foi confirmada por meio de pesquisas e consultas a órgão da área e empresas da região. Aos alunos da primeira turma, o coordenador deu um recado: “cada profissional formado, principalmente em uma instituição pública, tem um dever com a sociedade. Então, quando estiverem no momento da conclusão do curso, não esqueçam que o engenheiro é um dos principais agentes modificadores de uma sociedade”.

 

A responsabilidade com o cidadão também foi lembrada na fala do diretor-geral do Câmpus Lages, Thiago Meneghel. Ele lembrou que os alunos devem honrar e valorizar a vaga que conquistaram. “Eu sei que vocês conquistaram por méritos de vocês, mas saibam que tudo o que está aqui dependeu de muito trabalho e muito investimento da sociedade em vocês. Nós temos mais R$ 10 milhões investidos no prédio, R$ 4 milhões em laboratórios da área de processos industriais e um recurso anual de R$ 2 milhões em custeio, sem contar os salários dos servidores, por ano. Isso é o que a sociedade brasileira está investindo em cada um de vocês. Este curso custa caro e é pago pelos impostos dos brasileiros. Valorizem isso, e se possível retornem isso à sociedade, melhorando a qualidade de vida de todos e do país”, disse.

 

O diretor lembrou do processo de construção do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e agradeceu aos professores trabalharam para que o projeto acontecesse e às empresas e entidades que foram consultadas para a definição do curso a ser ofertado. “Quando começamos os estudos pensamos em ofertar Engenharia de Automação, depois Mecatrônica e, por fim, entendemos que a região precisava de uma engenharia de base, e foi através do apoio dessas instituições que chegamos a essa conclusão”, agradeceu.

 

Para o professor Alisson Agusti, Chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão do Câmpus Lages, a atividade da noite é uma chance de conhecer um exemplo de conquistas e realizações que está ao alcance dos alunos. “Espero que vocês acreditem nos seus sonhos e que aproveitem essa oportunidade. O professor Anderson (palestrante) aproveitou aquelas que ele criou. Quando o trabalhador está pronto, o trabalho aparece”, destacou.

 

A aula inaugural

 

O professor Anderson Borille contou um pouco da sua história, que se assemelha a muitos daqueles sentados na plateia. Saiu de Caçador-SC para fazer o curso de Engenharia Mecânica em Florianópolis, tendo em mente as mesmas dúvidas que os alunos à sua frente. Parabenizou-os pelo curso, não pela aprovação do vestibular ou Sisu, mas pela escolha pela engenharia. “O Brasil precisa de vocês”, disse, afirmando a importância da profissão para o desenvolvimento.

 

Desenvolvimento que está cada vez mais ligado a parcerias. O professor lembrou que Santa Catarina é um expoente em ecossistemas para a inovação, que são a junção de diversos setores para a disseminação do conhecimento. “Hoje a diferença não se faz mais sozinho. Quando eu digo sozinho, digo entre vocês profissionais da área, por isso a importância de dialogar com a sociedade. Vocês têm aqui na frente um parque tecnológico, empresas, instituições abrindo as portas para trabalhar com vocês. Têm professores de empreendedorismo no câmpus. Usem isso”, incentivou, destacando a importância em aproveitar as oportunidades que surgem ao longo do curso, mostrando que uma graduação não é apenas o que se aprende em sala de aula, suas provas e demais avaliações. “O que fez diferença na minha vida foi o que fiz em paralelo. Fui atrás de bolsas, de estágios e com isso consegui oportunidades dentro e fora do país”, completou.

 

Borille também mostrou números comparativos entre países com relação ao número de engenheiros, para ilustrar a forte relação do desenvolvimento da nação com a sua preocupação e investimentos para a formação de profissionais de engenharia. Na China, 35% dos formados em universidades são engenheiros, na Coreia do Sul, 25%, enquanto no Brasil esse índice fica em pouco mais de 6%.

 

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