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Projeto insere a fotografia no universo de adolescentes cumpridores de medidas socioeducativas

CÂMPUS PALHOÇA BILÍNGUE Data de Publicação: 18 dez 2017 22:00 Data de Atualização: 07 fev 2018 08:57


Apresentar a fotografia como arte e potencial campo de atuação profissional aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de privação de liberdade no Plantão de Atendimento Inicial (PAI) e no Centro de Internação Feminino (CIF), no bairro Agronômica, em Florianópolis, foi o objetivo do projeto de extensão "Um olhar socioeducativo – oficinas de fotografia", proposto pela estudante Jennifer Candido, do curso superior de tecnologia em Produção Multimídia do Câmpus Palhoça Bilíngue.

Ao todo foram 17 participantes em oito oficinas envolvendo a história da fotografia e sua evolução tecnológica, as áreas de atuação de um fotógrafo, a composição fotográfica e uma técnica fotográfica chamada light painting, que captura a luz por meio de uma longa exposição, registrando o movimento de uma origem luminosa. As aulas foram ministradas pelo fotógrafo Cassiano Ferraz, nas dependências das instituições, as quais estão ligadas à Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, mais especificamente ao Departamento de Atendimento Socioeducativo (Dease).

Ao final das oficinas foram organizadas duas exposições, uma com a mostra das fotografias feitas pelas adolescentes, em 7 de novembro, e outra com os resultados das produções dos rapazes, em 12 de dezembro. Eles foram ativamente envolvidos na seleção das imagens, na produção e na organização do espaço da mostra, que contou inclusive com uma cerimônia de entrega de certificados. “A gente quer mostrar pra eles um outro lado que eles não têm contato, que não faz parte da realidade deles. Então, trazê-los para esse meio de cultura, de exposição, para eles verem os próprios trabalhos, é muito importante. É isso que é o trabalho socioeducativo”, destacou a pedagoga da instituição, Flavia Silva Pedro.

A atividade parece ter agradado e acredita-se que irá auxiliar no processo de reingresso à convivência social e comunitária dos seus participantes. “Quando eu sair daqui, vou ter uma coisa boa pra fazer. É algo diferente que a gente não tem em outros lugares” e “foi uma oportunidade que nós tivemos de mostrar que nós queremos mudar, que nós teremos mais oportunidades”, declararam dois adolescentes participantes do projeto.

Todo atendimento prestado no PAI/CIF é norteado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A garantia aos direitos individuais e coletivos é o pressuposto básico da intervenção técnica e administrativa, contemplando aspectos pedagógicos e terapêuticos no atendimento aos jovens.

“Quando conheci o atendimento socioeducativo eu pensei em quem esses adolescentes irão se tornar e em coisas que poderíamos compartilhar com eles para ampliar suas perspectivas, seu capital cultural e conhecimentos específicos. Fico contente por ter apresentado uma possibilidade de atuação no mundo do trabalho e por reforçar a autonomia que eles têm como agentes de mudança em seu comportamento e escolhas”, destacou Jennifer.

A iniciativa contou com o apoio do IFSC, por meio do Aproex 02/2017, um edital de recursos da própria instituição, que contempla projetos de extensão propostos por alunos e servidores. Além da acadêmica e do fotógrafo, esteve envolvida a relações-públicas do câmpus, Sônia Regina de Oliveira Santos.

Por Sônia Santos | Relações Públicas IFSC

 

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