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Primeiro curso público de Gestão do Turismo em SC recebe alunos com debate

ENSINO Data de Publicação: 06 mar 2018 13:41 Data de Atualização: 25 ago 2020 11:47

O Câmpus Florianópolis – Continente realizou a aula inaugural do curso superior de tecnologia em Gestão do Turismo, dia 5 de março, no auditório da Reitoria. Os alunos foram recepcionados com debate sobre “O impacto econômico do turismo”.

Primeiro curso de instituição pública federal em Santa Catarina na área, o curso de Gestão do Turismo terá duração de três anos, com aulas no período noturno e com processo seletivo anual via Enem/Sisu para turmas de 40 alunos.

A implantação do curso começou a ser planejada em 2009, sendo concretizada em 2017, com a aprovação do plano pedagógico do curso pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) do IFSC. Agora, o Câmpus Florianópolis - Continente conta com três cursos superiores de tecnologia na área do Turismo: Gestão do Turismo, Hotelaria e Gastronomia, além de diversos cursos técnicos e de qualificação profissional.

Segundo a coordenadora, professora Fabiana de Lamare, o foco do curso é o aspecto prático e a realidade local. “Pensamos um curso conectado à vocação turística de Florianópolis”, explica. Fabiana conta que a procura foi grande, com cerca de 400 inscritos no Sisu. Entre os 40 alunos há vários catarinenses, mas também estudantes de outros estados, como Rio Grande do Sul, São Paulo e até Pará.

A estudante Maria Izabel Costa de Oliveira, 23 anos, veio de Belém do Pará para Santa Catarina em busca de formação em Turismo. Ela ficou sabendo do IFSC pelo Sisu e decidiu fazer o curso sem nunca ter visitado Santa Catarina anteriormente. “Estou adorando Florianópolis e este é o curso que eu sempre quis fazer. Na minha cidade não é um curso tão conhecido, e mesmo sendo uma cidade linda, o turismo não gera tanto emprego como aqui”, afirma.

Outra aluna “caloura” no curso novo é Hortênsia Pereira da Silva, 37 anos. Formada em curso técnico em Nutrição, ela não tinha o turismo como segunda opção no Sisu. Porém, após a aula inaugural, se disse empolgada com o curso, e já pensa em aplicar os novos conhecimentos na empresa de turismo do marido.

O professor do curso e secretário de Turismo de Florianópolis, Vinicius de Lucca Filho, destacou o pioneirismo do curso e falou sobre o declínio do turismo em Florianópolis, que apesar de ser um dos mais competitivos do país, já está mostrando sinais de saturação. “O modelo sol e praia dá sinais de fadiga, por isso precisamos apostar em outros produtos”, afirma. Segundo de Lucca, atualmente Florianópolis está entre os 10 destinos nacionais que mais promovem eventos internacionais e, em março, receberá escala teste de navios de turismo, passos em direção à variedade de oferta turística.

Turismo gera impacto em diversos setores da economia

Na aula inaugural, foi realizado debate sobre “O impacto econômico do turismo”. Fizeram parte da mesa os debatedores o professor doutor Tiago Mondo, do Câmpus Florianópolis – Continente, o professor doutor Osiris Bezerra Marques, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Renato Barcelos, representando a Fecomércio de Santa Catarina.

Todos os debatedores concordaram que o turismo não impacta somente nos negócios relacionados diretamente a eles, como hotéis e restaurantes, mas também em outros setores da economia, como a agricultura, transportes, comércio, entre outros.

Segundo Marques, “um dos grandes gargalos do turismo é a qualificação, porque acham que qualquer um pode fazer, mas é um setor bastante complexo, que envolve impacto econômico, social e ambiental”, afirma. Segundo ele, a falta de informações e dado históricos é um empecilho para tomadas de decisão mais assertivas para os gestores do turismo, por isso a importância de estudos na área e de iniciativas como o Observatório do Turismo da UFF. “No Brasil, não se sabe exatamente o impacto do turismo no Produto Interno Bruto (PIB)”, completa.

Já Renato Barcelos afirma que o turista está cada vez mais exigente, por isso a necessidade de se qualificar o setor. Ele apresentou pontos que dificultam o desenvolvimento do turismo em Santa Catarina, como falta de infraestrutura e profissionalismo, e os potenciais do Estado, como belezas naturais, diversidade étnica, aeroportos regionais, portos e estradas.

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