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Jornada de palestras e oficinas debate futuro da agroecologia no Planalto Norte

EVENTOS Data de Publicação: 21 jun 2018 08:49 Data de Atualização: 21 jun 2018 08:57
Promover a diversidade de produção a partir de experiências de gestão sustentável de agroecossistemas, práticas e inovações agroecológicas e cultivo de espécies nativas de potencial econômico não é uma missão fácil em uma região que tem o fumo como segundo produto mais cultivado, perdendo apenas para a soja. Refletir sobre este cenário foi uma das missões da 1ª Jornada Agroecológica do Planalto Norte, realizada no Câmpus Canoinhas, nos dias 5 e 6 de junho.
 
Durante os dois dias, um grupo de 250 estudantes, técnicos, professores, pesquisadores e agricultores debateu o futuro da agroecologia com foco na produção sustentável da agricultura familiar. “Foi um evento muito importante para a região e superou nossas expectativas. Recebemos só avaliações positivas”, relata a coordenadora do Núcleo de Estudos Agroecológicos do Planalto Norte (Neaplan) e do curso técnico em Agroecologia do Câmpus Canoinhas, Magali Regina.
 
Entre os destaques da Jornada Agroecológica, professora Magali cita a inscrição de 73 trabalhos, o que é um número relevante para a primeira edição de um evento. Destes, 45 foram selecionados para apresentação em formato de pôster, nas áreas de controle agroecológico de pragas e doenças; produção agroecológica; produção animal agroecológica; educação ambiental; comercialização de produtos agroecológicos; manejo florestal sustentável; legislação e gestão ambiental; e produtores florestais não madeiráveis.
 
“Recebemos contribuições importantes sobre pesquisas realizadas aqui na região, no entorno e também em outros estados, como Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará”, conta. “Há muita pesquisa interessante sobre pequenos frutos e sementes que podemos implementar na região”, destaca.
 
Com auditório sempre lotado, as palestras fomentaram debates sobre os desafios da transição orgânica, benefícios da certificação orgânica, tratamentos agroecológicos na produção vegetal e animal, experiências com sementes crioulas e exploração de recursos não madeiráveis. “As palestras foram todas de alto nível”, avalia Magali.
 
Apesar de curta, a programação foi intensa e contemplou ainda a realização de quatro oficinas, também lotadas, sobre plantas alimentícias não convencionais, modelo de baixo custo para irrigação, importância de sementes crioulas em assentamentos e enxertia de araucária. Uma feira de produtos da agricultura familiar e outra de troca de sementes complementaram as atividades.
 
“Lutar contra a indústria do fumo é bem difícil, até mesmo para os produtores que estão em transição. Mas não podemos desistir”, enfatiza professora Magali, que conta que uma das decisões tomadas ao final da Jornada Agroecológica é de que o evento terá uma segunda edição no ano que vem. A única mudança será a data, provavelmente em agosto, para não coincidir com outros eventos da área, geralmente realizados em junho por causa da semana do meio ambiente.
 
O evento foi organizado pelo Câmpus Canoinhas, por meio do Neaplan, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão Tecnológica (Epagri) – regional de Canoinhas, Prefeitura Municipal de Canoinhas, Rede de Agroecologia Ecovida e Cooperativa de Organização, Produção e Comercialização Solidária do Planalto Norte de Santa Catarina (Comsol), e contou com o apoio financeiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os lanches foram proporcionados pelo Grupo Mollon e pelo restaurante Doces e Fricotes, que atenderam à chamada pública para captação de apoio.
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