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Projeto de aula experimental traz soluções efetivas a problemas reais do câmpus e da comunidade

ENSINO Data de Publicação: 21 ago 2018 13:37 Data de Atualização: 21 ago 2018 13:44

A professora Claudia Lira, do curso técnico em Química do Câmpus Florianópolis, participou no começo deste mês de uma roda de conversa sobre o Prêmio Jovem Cientista, onde contou sobre a experiência de promover uma forma diferente de ensino, em parceria com o professor Marcel Piovezan, e que resultou em soluções reais para problemas encontrados no câmpus e em seu entorno. O evento integrou o IX Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), promovido pela Fundação Boticário, em Florianópolis.

Claudia integrou a roda de conversa com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), dr. Mário Neto Borges, André Luiz Pinto (Fundação Roberto Marinho), Malu Nunes (Fundação Grupo Boticário) e Joana Meneguzzo Pascuali (vencedora Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista 2017).

“Nós fomos convidados a integrar a roda de conversa para contar a nossa experiência em um projeto desenvolvido na unidade curricular Processos Produtivos e Meio Ambiente (PPMA) do curso”, explica a professora. Ela e Marcel desenvolveram uma proposta de execução de projetos pelos alunos, voltados para concorrer ao Prêmio Jovem Cientista. Durante todo o semestre, os alunos buscaram problemas ambientais no seu entorno, bairro, cidade, ambiente escolar e pesquisaram soluções possíveis.

Todas as propostas foram executadas dentro dos laboratórios de química do Câmpus Florianópolis, onde os estudantes tiveram que desenvolver estratégias de solução de problemas, aplicar técnicas experimentais, analisar dados e enfrentar desafios próprios à pesquisa e à prática experimental.

“Obtivemos resultados surpreendentes, com desenvolvimento de produtos e técnicas sustentáveis de produção de materiais ecológicos e tratamento de resíduos”, afirma Claudia. Uma dessas soluções, inclusive, será adotada pela técnica do próprio laboratório. Desenvolvida por uma dupla de alunos, resultado em um método mais barato e eficiente para tratamento dos efluentes de tingimento têxtil produzidos no laboratório de Química. 

Um grupo recolheu bitucas de cigarro, dentro e no entorno do IFSC; fizeram a limpeza e a extração da celulose e, com esse material, produziram papel. Também distribuíram cartazes pelo IFSC alertando para o descarte incorreto das bitucas e a poluição causada por elas. Outro grupo usou pilhas e baterias descartadas, extraíram metais como níquel e produziram pigmentos a partir desses metais. Ainda usaram os pigmentos obtidos para fazer tintas e pintaram um quadrinho com as tintas.

Um aluno decidiu avaliar a qualidade da água do rio de Tijucas, onde mora. Coletou água, fez várias análises químicas e publicou os resultados no Facebook, para conhecimento da população, em parceria com um grupo local de monitoramento da bacia do Rio Tijucas. Outro trabalho testou novas formas de tratamento para madeira, sem o uso do arsênico, usando somente tratamento térmico e óleos vegetais.

Uma das equipes resolveu conferir se todas as receitas de produtos de limpeza caseiro divulgadas na internet funcionam e são ecológicas. Fizeram sabão em pó, detergente e desinfetante. Por testes microbiológicos, descobriram que o desinfetante não tinha ação contra fungos e bactérias. Um grupo ficou preocupado com as lâmpadas fluorescentes descartadas no câmpus e resolveu testar o solo, para verificar se havia contaminação de mercúrio. Não houve a detecção de contaminação. 

Parte dessa experiência foi registrada em um making of, disponível em vídeo no Youtube.

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