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Estágio na Microsoft Research possibilitou aprendizados além da Tecnologia

ENSINO Data de Publicação: 24 ago 2018 11:27 Data de Atualização: 24 ago 2018 11:34

“Não esperem as oportunidades caírem do céu ou vir de alguém. Se você tem um sonho corra atrás e não o perca de vista. Eu sempre tive isso muito claro na minha cabeça pois sei o quanto foi difícil conseguir este estágio e quantos ‘não’ eu recebi até conseguir o sim certo. Tentem duas, cinco, 10 ou 30 vezes se for possível! Uma outra coisa que aconteceu muito comigo e eu vejo em muitos outros alunos no meu câmpus é o fato de nós pensarmos que não somos capazes de fazer alguma coisa, de pensarmos que não somos bons o suficiente nunca, de ouvir críticas destrutivas das pessoas e concordar com elas, achar que é verdade…. Eu só peço pra que se você já passou por isso ou ouviu isso, pare agora! Olhe pra você, suas conquistas e o que você quer fazer da sua vida e lute, não deixe essas pessoas tóxicas te rotularem e deixarem você para baixo, use todas essas palavras de desencorajamento como combustível para te elevar profissionalmente”. O conselho, dirigido aos milhares de alunos do IFSC, mas que é pertinente a outros tantos, é da aluna da oitava/nona fase do curso de Engenharia de Telecomunicações do Câmpus São José, Jessica de Souza, que retornou no último dia 13 ao Brasil, após um período de 12 semanas de estágio na Microsoft Research (MSR). 

Ela conta que desde maio de 2017 estava procurando oportunidades de estágio no Brasil e no exterior: “apliquei para mais de 30 empresas nos mais diversos ramos e tamanhos. Felizmente empresas que são potência na área tecnológica, como por exemplo a Microsoft, Google, Facebook, Amazon, etc, possuem programas de estágio bem consolidados para estudantes internacionais e foi assim que eu consegui a oportunidade certa. Eu encontrei o estágio na Microsoft procurando vagas de estágio em sites de divulgação de estágio em universidades americanas e também em sites de vagas de emprego”, relata, apesar de oportunidades fora do país apresentarem a burocracia de vistos e documentação por parte das empresas. 

Jessica foi selecionada para fazer estágio de verão para estudantes de graduação. A Microsoft Research (MSR) é um instituto de pesquisa que visa oferecer inovação tecnológica para empoderar pessoas a fazer mais em seu cotidiano. A MSR possui parcerias com instituições privadas e universidades do mundo inteiro. “De acordo com o professor Jeff Huang da Brown University, em 2015 a MSR foi a instituição de pesquisa com a maior quantidade de artigos publicados com premiações, ultrapassando outras instituições como o MIT, Stanford, Cornell e Google. O programa em específico que eu entrei se chama MSR Undergraduate Experience, cujo objetivo é trazer estudantes de graduação para o ramo de pesquisa desde cedo. Iniciou no ano passado com seis alunos de graduação selecionados e este ano somos 14, sendo que o programa de pesquisa da Microsoft a cada verão possui cerca de 400 estagiários, cujos níveis de ensino se dividem em mestrado e doutorado”, explica a aluna do Câmpus São José.

Ao se referir aos aprendizados captados nos três meses de estágio, Jessica menciona a mudança de sua percepção sobre o que é um profissional de sucesso. “O estilo flexível da empresa, o ambiente de trabalho, as pessoas principalmente têm me mostrado que quando você faz o que ama, o céu é o limite para a quantidade de possibilidades que você tem aqui na Microsoft. Pude aprender muito com cada indivíduo que conheci aqui, pois todo mundo é muito aberto e têm vontade de compartilhar os conhecimentos, pois tudo que a Microsoft Research é atualmente vem do trabalho em conjunto de pessoas maravilhosas e isso é algo que levarei para o resto da vida: este estilo de parceria entre as pessoas”, ressalta ela. 

A estudante de Telecomunicações confidencia que estava em dúvida sobre o que queria fazer após a graduação até essa sua experiência na Microsoft: “de fato foi muito esclarecedora sobre que tipo de profissional eu quero me tornar...e após este estágio eu tenho certeza que quero continuar no ramo de pesquisa”, destaca ela, que atuou no grupo de Detecção e Análise Clínica do grupo de Dispositivos Médicos, na Microsoft. Segundo Jessica, estes projetos fazem parte da divisão NExT, que significa Novas Experiências e Tecnologias. Ela explica que o seu trabalho foi  focado na parte de hardware, análise e coleta de sinais do projeto Aurora, um dispositivo que utiliza tecnologia vestível (incorporação de dispositivos eletrônicos avançados em roupas, calçados e acessórios), cuja função é realizar a medição de sinais biológicos que diagnosticam e previnem doenças cardíacas. 

Preparação e apoio

A preparação para o estágio iniciou em novembro passado, já na etapa de inscrição. Os requisitos para participar foram três cartas de recomendação de professores, uma carta de intenção escrita pelo aluno contando das suas atividades acadêmicas e projetos. Além disso, foi necessário citar três pesquisadores da MSR e dois laboratórios de pesquisa com os quais gostaria de trabalhar, detalhando os motivos por essas preferências. 
Foram três etapas no total: a inscrição e duas entrevistas por telefone. 

“Recebi apoio dos professores do IFSC, que ficaram muito felizes com o fato de uma aluna do câmpus conseguir um estágio em pesquisa. A empresa dá todo o apoio financeiro que um estudante internacional precisa, desde passagem de avião, visto, moradia, seguro saúde, salário, transporte da moradia até a empresa, tudo mesmo. Isso facilitou muito minha vida pois não conhecia a cidade e não tinha tempo para buscar estes detalhes já que eu ainda estava em aulas no IFSC até minha viagem. O estilo da empresa e o tratamento recebido dos pesquisadores de todos os departamentos é inspirador”, revela Jessica, que complementa: “tenho dois mentores para o projeto e dois mentores fora do departamento que estão aqui para conversar sobre os mais diversos tópicos e eles têm sido um ótimo apoio para eu me preparar para a pós-graduação”.

Dando prova que a experiência foi válida, ela finaliza: “a graduação já é um ambiente difícil de se estar pela complexidade das disciplinas, principalmente na área tecnológica e a última coisa que precisamos é a falta de empoderamento das pessoas ao nosso redor. Eu vejo todo dia isso aqui na Microsoft, as pessoas se ajudando não importa o nível que você é na empresa, e é assim que todos crescem e tornam a Microsoft um dos melhores ambientes e institutos de pesquisa para se trabalhar no mundo. Vamos tornar a escola um ambiente saudável para se viver? Por último mas não menos importante, tenha contatos. Os melhores recursos que podemos ter são as pessoas. Pessoas são tão importantes quanto tecnologia, quanto conhecimento. Vá em eventos, conheça o máximo de pessoas que você puder pois nunca sabemos quando vamos precisar delas. Seja uma pessoa disponível para os outros também, não limite seus conhecimentos só para você, isso é a melhor contribuição que você pode fazer a alguém”.

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