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Trabalho de estagiários do IFSC resulta em exposição sobre química em escola de Palhoça

ENSINO Data de Publicação: 02 out 2018 14:55 Data de Atualização: 02 out 2018 18:42

Estudantes de três turmas do terceiro ano do ensino médio da escola estadual Irmã Maria Teresa, em Palhoça, organizaram uma exposição para apresentar aos colegas de escola a química de maneira mais divertida e interativa. A orientação da atividade, ocorrida na última quinta, foi de três alunos do curso de licenciatura em Química do Câmpus São José do IFSC, que fizeram estágio na escola palhocense.

O público da exposição foram outros estudantes de ensino médio da escola Irmã Maria Teresa, localizada no bairro Ponte do Imaruim. Cada turma de terceiro ano trabalhou com um tema diferente: “A química dos aromas”, “A química das drogas” e “Absorventes íntimos femininos e preservativos masculinos - impactos ambientais”. Dentro das turmas, os alunos organizaram-se em vários grupos para pesquisar sobre os assuntos e elaborar a exposição.

A turma onde estagiou a aluna do IFSC Mariana Schneider, 25 anos, definiu o tema (aromas) por meio de questionário e trabalharam-no por meio de jogos didáticos. A criação dos jogos foi feita durante as aulas, com bastante envolvimento dos estudantes. “Foi muito bom. Todos participaram bastante”, diz Mariana.

A pesquisa sobre como o ser humano começou a extrair aromas das plantas e a usá-los na indústria ajudou a estudantes como Maria Eduarda Brant, 18 anos, a entender e a gostar mais de química. “Tive um aprendizado muito grande e descobri como a química é importante”, destaca. Além de um quiz sobre aromas, o grupo dela também produziu velas aromáticas.

Outro estudante do IFSC, o estagiário Fábio Corrêa, 23 anos, também usou questionário para definir o tema com o qual a turma trabalhou. A escolha dos alunos da turma onde ele ministrou aulas foi por pesquisas sobre drogas e medicamentos. “É um assunto delicado, mas esse era um tema que queria mesmo trabalhar com eles”, comenta Fábio. Isso porque é um tema bastante presente na vida dos alunos, segundo ele.

Alguns alunos da turma onde estagiou Fábio fizeram uma pesquisa com outros estudantes do ensino médio da escola para saber o quanto eles conheciam sobre a droga ecstasy. Para Gabriel Bacilla, de 17 anos, foi um momento de aprendizado. “Fiquei sabendo mais sobre as drogas com esse projeto. Aqui, buscamos falar mais sobre os efeitos dela”, explica. Em outros grupos da mesma turma, LSD, cafeína e rebite foram tema da exposição.

Já a turma onde estagiou Bruna Savedra, 21 anos, trabalhou com o impacto ambiental de absorventes femininos e preservativos masculinos por sugestão dela. “Eles têm que ter consciência sobre os produtos que vão comprar e o impacto do que estão consumindo para o mundo”, comenta a estagiária. Os estudantes pesquisaram não apenas sobre os problemas que esses materiais causam ao meio ambiente depois de usados como também alternativas para solucioná-los – entre elas, absorventes e preservativos feitos com materiais biodegradáveis.

Paola de Medeiros, 17 anos, considerou interessante trabalhar com esse tema. “Vimos como as coisas são formadas e o impacto delas depois. Não fazíamos ideia de como os polímeros estavam presentes na nossa vida”, afirma.

Terceiro estágio

A atividade fez parte do terceiro estágio, de um total de quatro, que os estudantes da licenciatura em Química do Câmpus São José fazem ao longo do curso. Todos estão no oitavo e penúltimo semestre do curso e, durante dois meses, ministraram um total de 16 aulas cada um para as turmas do terceiro ano, sempre supervisionados por duas professoras do IFSC (Franciele Drews e Paula Aguiar) e uma da própria escola Irmã Maria Teresa (Aline de Souza Gonçalves).

Um dos desafios do estudante nesse terceiro estágio é como trabalhar a química de maneira mais prática, segundo explica a professora Paula Aguiar. “Consideramos que o estágio é fundamental na formação do professor. A ideia é ter sempre essa construção coletiva com os alunos, para que as atividades possam relacionar a química com o cotidiano”, afirma. Compreender a realidade das escolas e entender a dinâmica das salas de aula são outros benefícios que o estudante tem no estágio, de acordo com Paula.

Para Aline Gonçalves, professora da Irmã Maria Teresa, os estagiários de Química do IFSC, que ela recebe na escola desde 2015, sempre trazem novidades em termos de materiais e de métodos de ensino. Aline percebe que os estagiários foram melhorando seu desempenho didático à medida que se familiarizaram com o ambiente escolar.

“Todos evoluíram, compreenderam e internalizaram o que passávamos. Aqui eles veem como é uma escola pública e aprendem a trabalhar com o que tem e com o que não tem de recursos. E para os nosso alunos, é instigante fazer coisas diferentes”, conta ela, que atua desde 2008 como professora e desde 2014 na escola Irmã Maria Teresa.


Para saber mais sobre o curso de licenciatura em Química do Câmpus São José, vsite a página do curso no Portal do IFSC.

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