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Premiada por projeto de extensão, estudante atua na busca por recursos para a área no IFSC

CÂMPUS PALHOÇA BILÍNGUE Data de Publicação: 09 jan 2019 12:05 Data de Atualização: 10 jan 2019 11:56

A conquista do Prêmio IGK - concedido pelo Instituto Guga Kuerten – no segundo semestre de 2018 coroou uma trajetória de grande envolvimento com a extensão de Jennifer Patrício Cândido, estudante do IFSC. Formada em Produção Multimídia no Câmpus Palhoça Bilíngue e hoje aluna do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (Cerfead), ela participou de várias iniciativas de extensão durante sua graduação e agora ajuda a buscar recursos para essa área dentro do instituto.

Natural de Criciúma, Jennifer, 36 anos, ingressou no IFSC em 2015, na primeira turma do curso superior de tecnologia em Produção Multimídia do Câmpus Palhoça Bilíngue, convocada na quinta chamada. “Eu já tinha até desistido”, lembra. Aquela não foi sua primeira experiência com graduação, pois havia se formado em Administração pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

O interesse de Jennifer pela área de produção multimídia teve influência de seu companheiro, Cassiano Ferraz, que é fotógrafo profissional – até então, ela trabalhava com vendas em uma ótica. Ainda antes de entrar no IFSC, fez um curso de Produção Cultural pela Federação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Ela lembra que a primeira turma do curso de Produção Multimídia era bastante diversificada, com pessoas que já tinham experiência no mercado (como Jennifer, que tinha 33 anos) e recém-saídas do ensino médio. Os alunos eram bastante envolvidos com o curso e deram várias sugestões de melhorias para o currículo, conta.

Ao longo do curso, trabalhou bastante com fotografia e vídeo e envolveu-se em vários projetos. Um dos primeiros foi o Pluralize, um projeto de conclusão de semestre que consistiu num site sobre assuntos que envolvem comportamento, ativismo, inclusão, cultura, humor, moda, beleza, música, cinema, empoderamento e direitos humanos acessível em português e em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Extensão

O envolvimento com projetos de extensão veio na sequência. O primeiro foi a exposição multimídia acessível sobre o Clube da Luta, um movimento independente e colaborativo da cena cultural e musical de Santa Catarina. As fotos exibidas foram instaladas com o recurso de reduzir a altura de visualização para contemplar os cadeirantes, os vídeos apresentaram legendas e as fichas técnicas tiveram versão em Braille.

Esse projeto rendeu a Jennifer o segundo lugar como trabalho destaque na divisão temática “Formas de comunicar, discursos, movimentos culturais e mediação educacional” no Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC (Sepei) em 2017.
 


Foi também em 2017 que ela começou a atuar voluntariamente na capacitação de jovens internos do Departamento de Administração Socioeducativo (Dease) do governo de Santa Catarina, órgão que atende adolescentes que cometeram atos infracionais, com oficinas sobre fotografia. Essa iniciativa, que começou por convite de uma amiga de Jennifer que trabalhava no Dease como agente socioeducacional, depois virou projeto de extensão, desenvolvido em 2018. A primeira oficina foi com a ala feminina (sete jovens).

“Foi uma quebra de todos os estereótipos que eu podia ter sobre uma adolescente em privação de liberdade. Elas demonstraram interesse em aprender e foram muito receptivas”, lembra Jennifer. Depois, foram mais 10 adolescentes da ala masculina capacitados. Na oficina, ela ensinou desde a história conceitos básicos de fotografia até técnicas como a do lightpainting.

O projeto das oficinas no Dease rendeu a Jennifer o Prêmio IGK, do Instituto Guga Kuerten, associação civil sem fins lucrativos criada e mantida pelo ex-tenista florianopolitano Gustavo Kuerten e por sua família, que tem como objetivo garantir oportunidades de inclusão social para crianças, adolescentes e pessoas com deficiência. Jennifer venceu na categoria “Ação Educativa” e recebeu o prêmio em uma cerimônia realizada em agosto de 2018, em Florianópolis.

“A gente inscreve o trabalho porque tem a esperança de ganhar, mas, na hora em que chamaram meu nome, foi uma surpresa. Foi muito gratificante a premiação pelo IGK, por desenvolverem projetos voltados a adolescentes e por dar visibilidade ao sistema socioeducativo", conta.

Continuidade no IFSC

Durante a graduação, Jennifer aliou com os estudos e os projetos com trabalhos freelance, que mantém até hoje. Atua com “frilas” em artes gráficas e digitais e redação de texto para blogs e sites. No entanto, mesmo depois de se formar em Produção Multimídia no início de 2018, continua no IFSC, como aluna de especialização e bolsista de um projeto da Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas (Proex).

Desde o segundo semestre do ano passado, Jennifer é estudante do curso de especialização em Gestão Pública para a Educação Profissional e Tecnológica do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância do IFSC (Cerfead). Seu objetivo é continuar atuando na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “Sempre admirei o trabalho dos professores do IFSC”, destaca.

Também desde o segundo semestre de 2018, Jennifer é bolsista do Laboratório de Projetos, uma iniciativa da Proex, na Reitoria, que consiste em procurar oportunidades de financiamento para projetos de extensão em órgãos externos e divulgá-las à comunidade interna do IFSC. Outro objetivo do Laboratório é auxiliar alunos e servidores a submeter seus projetos a esses editais. O contato para dúvidas e informações pode ser feito pelo e-mail laboratorio.projetos@ifsc.edu.br, ou pelo telefone (48) 3877-9012.
 

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