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Atendimentos individuais e em grupo auxiliam alunos a lidar com ansiedade e outros sentimentos

ENSINO Data de Publicação: 12 fev 2019 15:57 Data de Atualização: 12 fev 2019 16:07

Como é possível gerenciar a ansiedade de iniciar no ensino médio, trocar de escola ou de cidade, escolher uma profissão, iniciar uma graduação, morar sozinho e todas as outras mudanças que a vida apresenta? É inevitável passar por um ou vários desses momentos. A ansiedade dessas e inúmeras outras mudanças é o sentimento capaz de nos fazer agir, querer e esperar resultados positivos. Por outro lado, este também é um sentimento que pode tornar-se incontrolável e nos paralisar, criar ou aumentar medos, tensões, e até resultar em sintomas físicos, como batimentos cardíacos acelerados, tonturas e até dores, especialmente no estômago e no intestino.

No Câmpus Xanxerê, o setor de psicologia lançou uma ação especificamente para tratar da ansiedade. A ideia surgiu a partir dos atendimentos individuais da psicóloga do Câmpus, Cristina Folster, que constatou que 65% dos estudantes relataram esta queixa. “Muitos alunos pediram ações sobre ansiedade de prova, muitos destes tiveram crises de choro ao realizar uma avaliação ou falar em público”, relata.

Pensando em como trabalhar com a ansiedade e outros sentimentos causados por inúmeras situações do dia a dia, o setor de psicologia do Câmpus Xanxerê, em parceria com a coordenação pedagógica e alguns professores, tem desenvolvido projetos de três formas: com as turmas, com grupos menores e também atendimentos individuais. O objetivo é conversar e orientar os alunos, professores e até os pais.

Para ajudar esses alunos, já foram realizadas duas edições do Grupo para Manejo da Ansiedade em Ambiente Escolar. “Fizemos um atendimento individual e quatro encontros em grupo com a realização de exercícios de relaxamento, técnicas e dicas amenizadoras, dinâmicas e explicação teórica”, conta a psicóloga.

Outro projeto em grupo, que tratou da ansiedade e também da saúde mental como um todo, ficará marcado para a aluna do Ensino Médio Técnico em Alimentos, Élen Gonzaga de Siqueira. Ela participou de rodas de conversa com os alunos e tinha a missão de garimpar a biblioteca em busca de livros que de alguma forma pudessem ajudar os colegas e outros estudantes do câmpus.

Quem diria que a leitura de obras como “O pequeno Príncipe” (Antoine de Saint-Exupéry), “Branca como o leite, vermelha como o sangue” (Alessandro D’avenia), “Como eu era antes de você” (Jojo Moyes) e “De coração para coração” ( Lurlene McDaniel) acabariam guiando a própria bolsista do projeto? “Eu participei como bolsista deste projeto, mas no fim, percebi que além deles eu fui igualmente ajudada e a experiência que tive só veio a acrescentar na minha vida pessoal e profissional e incendiar ainda mais minha vontade de ser bibliotecária”, conta Élen.

Os exemplos de ações desenvolvidas pelo setor de psicologia do câmpus são inúmeros e diversificadas para cada público. Os ingressantes de outras cidades, por exemplo, participaram de grupos de apoio e atendimentos individuais. Cristina também incentivou a conversa entre os alunos dos terceiros e primeiros anos do ensino médio, com o objetivo de que o grupo mais antigo no Câmpus motivasse quem estivesse entrando. A mesma ideia foi aplicada entre alunos formados e os ingressantes de outros cursos, como o Técnico em Mecânica.

“Nos terceiros anos do ensino médio, o trabalho também foi de orientação profissional e para eles lidarem com a ansiedade e pressão das provas de vestibular. Convidamos inclusive os pais desses alunos para um momento de conversa”, destaca a psicóloga.

Todos os temas para os trabalhos surgiram da demanda dos próprios alunos, professores e gestão. “Escrevi um plano de trabalho para este ano incluindo todas as ações realizadas no ano passado e acrescentei outros trabalhos que percebi necessidade, como sexualidade e uso de drogas”, destaca a psicóloga Cristina Folster, já anunciando o foco do trabalho que iniciou em 2018 e vai seguir ainda mais forte em 2019.

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