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Transformação social: o trabalho do NAE na disseminação da cultura da inclusão de pessoas com deficiência no âmbito do IFSC

ENSINO Data de Publicação: 21 set 2022 18:12 Data de Atualização: 23 set 2022 13:16

Cleverson é surdo, Suellyn tem deficiência intelectual e outros tantos alunos do Câmpus Joinville têm algum tipo de deficiência. Todos têm no IFSC a garantia de acesso à educação e ao atendimento às suas especificidades, com acompanhamento do Núcleo de Acessibilidade Educacional (NAE), setor que agrega profissionais que buscam promover processos educativos em condições de igualdade para esses estudantes. Esta é uma das conquistas que o IFSC celebra no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, lembrado em 21 de setembro (Lei nº 11.133/2005).

“Realizar o acolhimento e acompanhamento dos alunos público-alvo da Educação Especial e promover a disseminação da cultura da inclusão no âmbito do IFSC e na sua relação com a comunidade externa são alguns dos objetivos do NAE”, explica o professor de Educação Especial e coordenador do NAE do Câmpus Joinville, Cláudio Adão da Rosa.

Atualmente, são cerca de trinta alunos acompanhados pelo NAE. Alguns precisam apenas de flexibilização de tarefas, outros de adaptação de material. Primeiro aluno surdo do Câmpus Joinville, Cleverson precisa de intérprete de Libras. Ele ingressou no curso técnico concomitante em Mecânica durante o período de atividades não presenciais e “não foi fácil”.

No início, ele contou com intérpretes de outros câmpus para as atividades remotas. Depois, a mudança no sistema de contratação de intérprete atrasou a contratação de profissional exclusivo para ele. Até que, neste semestre, a situação se normalizou. “Mas eu nunca desisti, porque os servidores me explicavam a situação e me incentivavam a vir nas aulas, a continuar estudando. Quero me formar e dizer que estudei no IFSC”, conta Cleverson, que sabe que está abrindo portas para outros surdos estudarem no Câmpus Joinville.

Também foi durante o período mais crítico da pandemia que Suellyn ingressou no curso superior de tecnologia em Gestão Hospitalar. As orientações do NAE aos professores e o acompanhamento individual do professor de Educação Especial, mesmo on-line, garantiram sua permanência no curso. No presencial, Suellyn se adaptou ainda mais ao IFSC, e elege os professores e a biblioteca como as “coisas que mais gosta no câmpus”. O NAE, onde tem aulas semanais no contraturno, também tem lugar especial na vida da acadêmica: “me ajuda bastante a ter foco nos estudos”.

Mas a conquista mais recente de Suellyn é fora do câmpus. Ela foi aprovada em um processo de seleção para fazer estágio em uma unidade hospitalar e está amando a experiência de conhecer melhor a área de trabalho. “Vai agregar muito no currículo”, comemora a estudante.

Para professor Cláudio, embora ainda haja muito a ser trabalhado no âmbito geral da inclusão das pessoas com deficiência, são as conquistas diárias que dão sentido ao trabalho do NAE. “Não tenho dúvidas de que o trabalho feito neste núcleo vem colaborando com a transformação social de muitas pessoas, que, durante tempo, estiveram à margem de uma efetiva participação na sociedade”, enfatiza o professor de Educação Especial.

Como buscar atendimento

Para garantir o direito à educação e assegurar a permanência e êxito dos estudantes público-alvo da Educação Especial, cada câmpus do IFSC conta com um Núcleo de Acessibilidade Educacional. No Câmpus Joinville, o NAE fica no segundo andar do Bloco 2. Mas, os estudantes também podem buscar orientação na Coordenadoria Pedagógica ou na Direção de Ensino.

De acordo com a Política Nacional de Educação Especial, os estudantes público-alvo da Educação Especial são pessoas com deficiência, com transtorno do espectro autista e com altas habilidades/ superdotação. Estes estudantes têm direito a cotas para ingresso, atendimento educacional especializado, materiais pedagógicos acessíveis e flexibilização no currículo.

Além do professor Claudio, também fazem parte do NAE do Câmpus Joinville as pedagogas Fernanda Greschechen e Raquel Eugenio de Souza, a psicóloga Cristina Folster Pereira, a jornalista Liane Maria Dani e os professores Anderson dos Santos, Ana Cecilia da Gama Torres, Juliana da Silva, Josiane Steil Siewert, Mauricio Ruiz Camara e Ronaldo Antonio Paesi.

ENSINO CÂMPUS JOINVILLE NEWS

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