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Projeto do Câmpus Araranguá resulta em livro de memórias sobre a cultura guarani

EXTENSÃO Data de Publicação: 04 nov 2019 16:06 Data de Atualização: 13 nov 2019 13:59

O e-book “História Ilustrada: relatos da cultura e história Mbya Guarani sob a ótica indígena" já está disponível para download gratuito. O livro é resultado de um projeto de extensão realizado em parceria entre os câmpus Araranguá do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O objetivo é contribuir com a preservação da história da comunidade indígena Nhu Porã, de Torres (RS).

O livro reúne histórias e desenhos elaborados pelos estudantes da escola indígena Nhu Porã, relatando o cotidiano da aldeia de forma a preservar e perpetuar a história dos indígenas da comunidade contada por eles mesmos. O projeto é uma parceria entre o IFSC e o Laboratório de Experimentação Remota (RexLab) da UFSC.

Entre maio e setembro de 2018, foram realizados 11 encontros com estudantes de ensino fundamental. As atividades foram desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar do IFSC e da UFSC, acompanhadas de um professor de arte, cultura e língua guarani. O livro foi desenhado e escrito pelos alunos indígenas com tradução da língua guarani para a língua portuguesa.

“Como coordenadora do projeto, no IFSC, é possível afirmar que o projeto realizado foi extremamente gratificante, pois a cada dia trabalhado era possível ver o brilho nos olhos nas crianças e a empolgação a cada nova descoberta. Os momentos de valorização, reconhecimento e aprendizado conjunto ficarão registrados na memória de cada integrante desse projeto”, escreve Jaqueline Steffens da Rocha, servidora do Câmpus Araranguá, na abertura do livro.

Antes do começo dos trabalhos para a elaboração do livro, foram realizadas reuniões com as lideranças e os professores da comunidade, a fim de apresentar o projeto e discutir a metodologia. Durante a execução do trabalho, todas as atividades foram adaptadas à realidade da aldeia, envolvendo também os pais das crianças.

“Escrevemos na nossa própria língua, já foram produzidos vários outros livros sobre a cultura Mbya e escrito por não indígenas e muitas vezes não falam a realidade das aldeias, por isso nós mesmos escrevemos nossa história, com nosso conhecimento”, destaca o professor indígena Francisco Alves na apresentação.

No livro, as crianças contam a história da comunidade, como ela se constituiu e as principais atividades desenvolvidas no cotidiano. Temas como estudo, trabalho, cultura e religião fazem parte do relato das crianças, além da importância da preservação da memória. “Aqui as crianças aprendem sobre nossa cultura vendo as pessoas mais velhas da tribo. Há muito tempo nossa tradição é passada para as novas gerações e lutamos para que isso não se perca com o tempo”, diz o texto.

A íntegra do livro pode ser acessada aqui.

EXTENSÃO CÂMPUS ARARANGUÁ

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