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Em busca de um método

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 27 mar 2020 11:59 Data de Atualização: 07 abr 2020 14:47

No post de hoje, o aluno do curso técnico em Informática do Câmpus Gaspar, Bernardo Pires Mesko, nos conta sobre seus primeiros dias de adaptação em outro país. Ele está em Porto, realizando um projeto de pesquisa no Instituto Superior de Engenharia de Porto pelo Propicie 17.

Confiram o seu relato:

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Meus primeiros dias de adaptação foram bem contrastantes com a vida que eu tinha no Brasil. De uma hora pra outra, eu recebi uma liberdade muito maior do que com a que eu estava acostumado e me deparei com uma série de responsabilidades provenientes do fato de que, por exemplo, eu teria que decidir tudo que eu iria comer. Poder sair de casa sem precisar avisar ninguém e quando eu quisesse foi um choque muito grande pra mim e confesso que cheguei a ficar um pouco sobrecarregado com isso (ainda estou um pouco, mas a cada dia vou me adaptando mais e mais, espero).

No meu segundo dia aqui, decidi ir até o Instituto Politécnico do Porto (IPP) para começar a tratar presencialmente dos assuntos do intercâmbio. Fui muito bem acolhido pelo Gabinete de Relações Internacionais e eles também responderam muitas dúvidas minhas e me ajudaram bastante no geral. Também me entregaram um kit que o IPP tem para estudantes de intercâmbio que acabou sendo igualmente útil. Fui instruído a mandar um e-mail para o orientador do meu projeto aqui em Portugal marcando uma primeira reunião e assim o fiz.

Duas das meninas da casa ao lado, a Ana e a Isabela, combinaram com o professor de fazer a reunião junto comigo, então, alguns dias depois, nós três fomos até o ISEP conversar com o orientador. Ele nos levou a um bloco da universidade que tinha umas casas de madeira e continuamos a reunião dentro de uma delas. Fui instruído a estudar Python para contribuir para a minha parte do projeto, o que me deixou bastante contente, pois Python é uma linguagem sobre a qual eu vivo ouvindo coisas boas e agora eu teria um motivo bastante concreto para estudá-la.

Dada a preocupação a respeito do Coronavíírus (nesse período as coisas ainda não estavam na proporção que estão hoje, mais sobre isso depois), o ISEP optou em trabalhar conosco usando prioritariamente métodos de trabalho a distância, como o Microsoft Teams. Além de Python, fui orientado a estudar sobre sistemas multi-agente (MASs) e, no momento, estou relatando meu progresso aos orientadores através da plataforma.

A situação da epidemia do COVID-19 acabou ficando mais séria e começamos a evitar sair de casa cada vez mais. Apesar de tudo, continuo aproveitando a minha estadia, até porque ficar em casa o dia inteiro já era minha rotina no Brasil durante as férias, então pouca coisa mudou.

Estou com um pouco de dificuldades para me adaptar a estudar em casa, porque estou achando difícil de me manter concentrado no que estou fazendo por períodos longos de tempo. Uma solução para esse problema ainda está sendo desenvolvida por mim. Cada dia tento pensar em algum método novo para me manter organizado e creio que estou chegando perto de um que funcione bem.

Enquanto dura esse período de isolamento social, estou fazendo o possível para me manter saudável, dentro de casa, e entretido com os estudos. Mas, parando para pensar, não estou sozinho necessariamente. Meus amigos e minha família falam comigo todos os dias, então a solidão nunca chega de verdade.

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