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IFSC tem dois projetos aprovados para Feira Brasileira de Jovens Cientistas

EVENTOS Data de Publicação: 29 mai 2020 12:00 Data de Atualização: 01 jun 2020 10:19

O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) teve dois projetos aprovados para participar da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, que vai ser realizada de maneira totalmente virtual entre 26 e 28 de junho. Idealizada por estudantes, alguns deles egressos de Institutos Federais, a Feira tem como objetivo valorizar o potencial dos jovens cientistas e o impacto de todos os projetos. Os selecionados do IFSC são dos câmpus Araranguá e Canoinhas.

Estudante do curso técnico em Vestuário do Câmpus Araranguá do IFSC, Rafaela Silva de Almeia vai apresentar o trabalho “Análise da obra O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, e equiparação com os dias atuais”. Ela foi orientada pelo professor de filosofia Fernando Henrique Zarth e coorientada pela psicóloga Julyelle Conceição.

O projeto teve como objetivo mensurar a percepção da comunidade do câmpus sobre a discriminação contra as mulheres e as diferenças entre homens e mulheres, equiparando com os relatos do livro de Simone de Beauvoir.

A aluna fez uma enquete com estudantes e servidores, questionando se as pessoas percebiam que as mulheres eram discriminadas no dia a dia, e depois apresentou os resultados e fez debates com o público.

“Acredito que o projeto teve um bom resultado com as pessoas que ouviram a apresentação porque depois muitas delas, principalmente os homens, começaram a questionar ações e falas machistas que reproduziam no dia a dia mas não se davam conta de que poderiam estar sendo machistas”, afirma Rafaela. O mesmo projeto foi apresentado no Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFSC (Sepei) em 2019.

Arquitetura responsiva

O projeto do Câmpus Canoinhas foi realizado em 2019 e teve o objetivo de identificar de que maneira a arquitetura responsiva pode contribuir com a produção agropecuária, minimizando danos de ordem climática. “Nossa região tem a economia movida pela agricultura e a maioria das propriedades trabalha somente em família ou com poucos funcionários. A ideia de automatizar os processos da área agrícola é justamente para facilitar e melhorar a qualidade da produção”, explica a estudante Jaíni Aparecida Corrêa, do curso técnico integrado em Edificações.

Além de Jaíni, participaram do grupo de pesquisa os alunos bolsistas Antonio Marcos Siqueira (do curso técnico em Manutenção e Suporte em Informática), Luana Alves de Almeida (que concluiu o técnico em Agroecologia e ingressou no curso superior de tecnologia em Alimentos) e Evelin Karpavicius (do superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas) e os alunos voluntários Elian Gustavo Chorny Babireski (do técnico em Manutenção e Suporte em Informática) e Luís Carlos Wittlich Junior (que fez o curso técnico concomitante em Edificações). O trabalho foi orientado pelo professor Gabriel Moraes de Bem e coorientado pelos professores Alexandre Augusto Alberto Moreira de Abreu e Geraldo José Rodrigues.

A partir de pesquisas e trabalho conjunto dos eixos de infraestrutura, recursos naturais e comunicação e informação, o grupo desenvolveu protótipos de baixo custo para automação de dois sistemas importantes para a agricultura familiar da região: o teto retrátil para galpão e um modelo de irrigação de forrageiras acionado por sensores de umidade. Nos dois casos, foram implementadas ferramentas de programação associadas a sistemas construtivos, para reduzir os danos de eventos meteorológicos e desperdício de recursos, especialmente energia e água.

Para o projeto do telhado, o grupo levou em conta o fato de que muitos agricultores da região constroem seus galpões voltados para a criação de animais de pequeno e médio porte, como suínos, por exemplo, e mudam a cultura sem ter a estrutura adequada para a nova produção. O protótipo foi feito a partir da observação de uma propriedade real, com a autorização do proprietário.

Segundo justificativa do projeto, o galpão em que as vacas estavam confinadas se mostrava inadequado por falta de ventilação e iluminação suficientes, deixando úmida a cama bovina, que é a terra com mistura de vários substratos onde os animais pisam e defecam. A umidade pode causar patologia na pata da vaca e interferir na qualidade do leite. O telhado retrátil automatizado seria uma opção para manter a ventilação e a iluminação no galpão, com baixo custo.

Em outra frente, o grupo de pesquisadores trabalhou na construção de um protótipo de cultivo de vegetação forrageira para estudo de um sistema de irrigação por gotejamento com acionamento automático, ativado por sensores que medem a umidade do solo. A automação, também pensada para execução com baixo custo, possibilitaria o controle da umidade, evitando que a cultura sofra pela falta ou excesso de água.

“Sinto-me orgulhosa pelo incrível trabalho que conseguimos realizar e por estar indo tão longe com este projeto em equipe. Ele nos possibilita mostrar os nossos conhecimentos e adquirir novos conceitos, que, com certeza, vão para mais além do que somente a área técnico-acadêmica”, enfatiza Jaíni Corrêa. “A produção de conhecimento significativo fortalece o vínculo entre a instituição, o discente e a sociedade.”

Confira o vídeo elaborado pelo grupo para inscrição do projeto:


Virtual

A Feira Brasileira de Jovens Cientistas é considerada a primeira feira científica nacional e pré-universitária totalmente virtual. A ideia de realizar o evento dessa maneira surgiu antes da pandemia, para permitir que mais estudantes pudessem participar de um evento científico, sem a necessidade de gastos com deslocamento e hospedagem.

 

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