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Projeto de extensão estimula estudantes a pensarem em produtos e serviços voltados a pessoas com Transtorno do Espectro Autista

CÂMPUS GASPAR Data de Publicação: 21 jul 2020 19:30 Data de Atualização: 22 jul 2020 20:06

Os estudantes da primeira fase de Tecnologia em Design de Moda do Câmpus Gaspar estão participando de um projeto de extensão do curso chamado “Ergonomia para moda inclusiva”. Em cinco unidades curriculares (Ergonomia, Processos Criativos, Pesquisa de Moda, Metodologia Científica e Desenho de Moda), eles terão que pensar em propostas inovadoras, que podem ser peças de roupas e acessórios, e ou sistemas e serviços relacionados à área de moda como cartilhas, sites ou aplicativos voltados para pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O projeto busca aproximar os estudantes do público externo, em especial daqueles que necessitam de ações que possibilitem uma maior inclusão social, e estimula que os estudantes reflitam sobre a importância do desenvolvimento de produtos aplicados a diversos públicos-alvos.

O projeto está sendo realizado em uma série de etapas. Em um primeiro momento,  os estudantes participaram de uma palestra com a professora do IFSC Luiziane da Silva Rosa em que ela falou sobre sua experiência enquanto mãe de uma criança portadora de TEA. Na unidade curricular de Pesquisa de Moda, os alunos tiveram que aplicar questionários e realizar entrevistas, na de Metodologia Científica,  fizeram mapa conceitual de um projeto com tema moda inclusiva e, na unidade curricular de Ergonomia, fizeram pesquisa e elaboração de cartilhas sobre TEA dando enfoque em materiais, processos e produtos próprios para o público-alvo.
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 A estudante da primeira fase do curso Eduarda dos Santos foi uma das responsáveis pela escrita de uma cartilha informativa sobre o TEA. Para realizar a pesquisa, ela aplicou um questionário com 70 pessoas perguntando se as elas sabiam o que era TEA, se tinham contato com algum portador e se sim, se eram crianças, se elas usavam fraldas e quais as necessidades delas. Ela cita que no caso do TEA, é preciso analisar cada caso ao se pensar em um modelo de roupa, porque há os que usam fraldas e os que não usam, os que percebem a roupa como uma invasão ao corpo e por isso algo doloroso. “Buscamos estudar os aviamentos, se seria mais adequado usar botões ou velcro. Uma das sugestões foi pensar em peças que utilizem botões magnéticos, que podem ficar mais escondidos nas peças. Nós pretendemos criar um modelo de agasalho infantil voltado para crianças com TEA e a proposta é que a roupa tenha pernas e capuz removíveis.”


Eduarda conta que o trabalho a fez repensar uma série de práticas dentro do universo da moda. “Eu já havia começado a fazer o curso de Design de Moda em uma universidade particular e eu vejo que um diferencial do curso do IFSC é pensar na moda inclusiva, ter este olhar para o outro. Esse não era um tema que costumávamos discutir na outra universidade.”

O trabalho sobre TEA continua na unidade curricular de Processos Criativos, em que os estudantes têm que fazer o desenvolvimento do processo de ideação projetual com foco na criação de produto, sistema ou serviço inovadores e inéditos. Eles precisam ainda elaborar uma representação gráfica da tecnologia desenvolvida, na unidade curricular de Desenho de Moda, e para a unidade de Metodologia Científica, eles precisam escrever um paper e um banner para apresentação em banca .

Confira as cartilhas produzidas:

Cartilha de moda inclusiva, Cartilha TEA, Cartilha projeto de extensão de moda inclusivaCartilha Autista, moda e tecnologia: o descobrimento do sentimentode conforto e inclusão.

Clique aqui e confira um vídeo produzido pelos estudantes.

 

CÂMPUS GASPAR

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