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Estudantes dos câmpus Joinville e Criciúma conquistam primeiras posições em Olimpíada de Robótica

INOVAÇÃO Data de Publicação: 27 out 2020 15:55 Data de Atualização: 27 out 2020 16:04

Os três primeiros lugares na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) foram conquistados por equipes formadas por estudantes do IFSC: duas equipes de estudantes do curso técnico integrado em Mecatrônica do Câmpus Criciúma ficaram na primeira e na terceira posição, e uma equipe de estudantes do curso técnico integrado em Eletroeletrônica do Câmpus Joinville na segunda. A edição, disputada de forma virtual em 2020, foi realizada na última quinta-feira (22). A equipe que ficou em primeiro lugar já havia recebido a medalha de ouro na edição do ano passado.

A OBR é uma competição estudantil de robótica, realizada desde 2006, com a participação de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, com o objetivo de estimular os jovens às carreiras científicas e tecnológicas. Em Santa Catarina, a coordenação da OBR é do professor do Câmpus Criciúma, Giovani Batista de Souza.

Neste ano, em razão das medidas de distanciamento social, a prova que era realizada em pistas físicas, pelas quais os robôs programados pelos alunos devem percorrer um trajeto e superar obstáculos, foi realizada de forma virtual. Os alunos deviam programar um robô de forma on-line que percorreu as pistas em uma plataforma virtual.

Robô programado pelos alunos do IFSC executa as tarefas na pista virtual da OBR

“A prova prática virtual teve um peso muito grande na programação do robô, pois a parte física do robô foi escolhida através de seis modelos disponibilizados pela organização. A competição ocorreu da mesma forma que a prática, os competidores entravam na arena e colocavam seu código, programado por eles, para rodar. A arena executava o código e o robô se movimentava conforme o programa realizado pelos estudantes”, explica o professor Douglas Lucas dos Reis, responsável pelas equipes do Câmpus Criciúma.

Na prática, as equipes precisam desenvolver um robô para cumprir uma tarefa difícil: resgatar vítimas sem interferência humana, em um ambiente hostil, muito perigoso para as pessoas.  “A disputa aconteceu em três rodadas, através do sistema sBotics. Cada arena tinha cinco minutos para ser concluída e o trajeto, as condições de iluminação e o número de ‘vítimas’ mudavam a cada rodada”, explica professor Rafael. A classificação geral foi feita com a soma das duas melhores pontuações de cada equipe.

Além da prática com o robô na plataforma virtual, outra etapa da competição consiste na apresentação de um vídeo com o projeto do robô. O resultado desta parte da disputa será divulgado em novembro. A fase nacional da OBR será realizada de 10 a 14 de novembro, também de forma virtual. Participarão 81 equipes de cada um dos níveis da OBR (ensino fundamental e médio). 

Bicampeã!

Campeã na etapa estadual do ano passado, e oitava colocada na etapa nacional da OBR, a equipe Robotron foi novamente campeã. A equipe teve mudanças de 2019 para cá: permaneceu Kamylo Serafim Porto e entraram Kauan Biring Fontanela e Lucas Adriano dos Anjos. Eles estão no segundo ano do curso técnico em Mecatrônica no Câmpus Criciúma e ficaram em primeiro lugar na disputa que reuniu 15 equipes de escolas de Santa Catarina, terminando com 880 pontos, contra 640 da segunda colocada.

“Essa conquista só reforça a excelente qualidade de ensino do IFSC, que mesmo em condições frágeis causadas pela pandemia conseguiu manter os alunos focados nos estudos. É uma conquista pessoal imensa para nós mesmos, trabalhamos duro durante meses e jamais passou pela nossa cabeça desistir”, festeja Kamylo, presente nas duas conquistas da Robotron.

Para se preparar, o time ficou longas horas em chamadas de vídeo, programando o robô remotamente, e também participou de amistoso organizados pela própria OBR. “Começamos a trabalhar assim que o simulador foi lançado. Foram incontáveis horas em chamada, programando e ajustando cada pequeno detalhe do robô. Participamos de alguns amistosos que nos ajudaram a melhorar e entender cada vez mais o robô. Estamos contentes com o resultado, mas não satisfeitos. Sabemos que temos muito a melhorar para a etapa nacional, já que na OBR, o aprendizado não tem fim”, conta Lucas.

Para o aluno Kauan, da Robotron, um dos grandes desafios foi coordenar o trabalho em equipe, ainda mais sendo realizado de forma remota. “Durante nossa jornada, enfrentamos vários desafios, tanto com a programação quanto com o trabalho de equipe. Tivemos que aprimorar nossa capacidade de raciocínio lógico e adaptação e até nossa resiliência a frustrações, habilidade que é extremamente necessária na vida de um programador. Além disso, desenvolvemos um grande sincronismo em nossa equipe, pensamos e analisamos todo o processo do robô juntos, um verdadeiro trabalho em equipe”, diz Kauan.

Segundo lugar

Foram dois meses de preparação, inúmeros testes e muitas estratégias planejadas, mas valeu a pena. Os estudantes Enthony Antunes Negrello, Alex Vianna Rieger, Kauan da Silva e Ghabriel Rohden dos Santos, do sexto módulo do curso técnico integrado em Eletroeletrônica do Câmpus Joinville, estão classificados para a etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) - Modalidade Prática, a equipe Pingu ficou em segundo lugar na competição.

“Duas semanas antes da competição, eles definiram o modelo de robô e a estratégia de resgate. E, então, ficaram aperfeiçoando em diferentes arenas e em diferentes condições de iluminação, para encontrar falhas na programação e corrigi-las”, conta o professor Rafael Gomes Faust, responsável pela orientação da equipe. Na próxima fase, o formato da arena e as dificuldades do traçado serão diferentes da etapa regional, mas professor Rafael está otimista. “Os quatro alunos são excepcionais e gostam muito dessa área de robótica, provavelmente também irão bem na etapa nacional, pois estão fazendo o que gostam.”

Originalmente, a equipe Pingu foi formada em 2019, quando os alunos ainda estavam no 3º módulo, para participação no 2º Torneio de Robótica LEGO, que aconteceu durante o 8º Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepei) do IFSC, realizado de 30 de julho a 1 de agosto, em Chapecó. Logo depois da estreia, ainda em agosto do ano passado, em Jaraguá do Sul, a equipe participou pela primeira vez da OBR, ficando entre as dez mais bem colocadas na competição estadual.

Medalha de bronze

Além da primeira colocação, o Câmpus Criciúma teve outra equipe no pódio da OBR. À frente da Baiobots IFSC, Edmilson Alano Batista, Luiz Gustavo Fernandes, Lucas Westfal e Carlos Eduardo dos Santos Feliciano conquistaram a terceira posição naquela que foi a última participação dos alunos na OBR, já que estão no terceiro ano do curso técnico em Mecatrônica.

“Sem dúvidas a olimpíada contribuiu muito a nossa formação técnica, pois ela envolve a integração de mecânica, eletrônica e programação. Apesar de a versão virtual conter apenas programação, tivemos que aprender a se adaptar e desenvolver novas habilidades para superar os desafios. Para mim em particular, a OBR foi um dos principais motivos que me levou a adorar o curso, e me certificar do quero prosseguir em minha vida profissional”, diz Edmilson.

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