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Projeto contemplado em edital de economia 4.0 visa o fomento da agricultura

INOVAÇÃO Data de Publicação: 09 nov 2020 07:52 Data de Atualização: 14 abr 2022 10:08

O projeto AgroMet – Sistema de agricultura 4.0 de acesso gratuito é mais um trabalho do Câmpus Caçador aprovado no Edital 05/2020  para seleção de projetos de apoio ao empreendedorismo inovador com foco na economia 4.0. O resultado do edital 05/2020 foi divulgado dia 29 passado. Foram 60 projetos aprovados, sendo três deles do IFSC, e dois do Câmpus Caçador: AgroMet – Sistema de agricultura 4.0 de acesso gratuito, de autoria do professor Jean Marcel de Almeida Espinoza, e Saúde 4.0 - Aprendizagem de Máquina em Tempos de Pandemia, que tem a coordenação do professor Samuel da Silva Feitosa.   

Este projeto visa o desenvolvimento de um sistema web/mobile apoiado por dados de sensoriamento remoto orbital e sensores de baixo custo para o monitoramento agrometeorológico, focado no fomento da agricultura 4.0, e baseado em uma plataforma de acesso público e sem custos. Jean explica que o conceito de agricultura 4.0, ou agricultura digital, constitui a fusão coordenada das ferramentas digitais de informática, mineração de dados, internet das coisas (IoTs), inteligência artificial, sensoriamento remoto (com uso de drones e sensores a bordo de satélites) e conhecimento sistêmico, onde os agricultores utilizam esses suportes para melhorar seu manejo, do plantio à colheita.

Segundo ele, esses dados serão utilizados para alimentação de um sistema web/mobile (ainda a ser desenvolvido) focado em divulgar essas informações de forma gratuita e de fácil acesso. “A partir disso, se buscará oportunizar essas ferramentas para o pequeno produtor, que devido aos custos ainda envolvidos em soluções tecnológicas presentes hoje no mercado, encontra-se à margem dessa transformação. Em suma, construiremos uma ferramenta de suporte à pequena agricultura correlacionando-a ao conceito de agricultura digital”, destaca.

“Em nosso projeto usaremos plataformas orbitais de sensoriamento remoto que dispõem de dados meteorológicos e multiespectrais gratuitos, dados online ofertados pela  National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), pelo United States Geological Survey (USGS) e pela Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA). Isso permitirá extrair variáveis de interesse agrometeorológico, além do desenvolvimento e instalação de uma pequena rede de sensores de baixo custo baseados na plataforma open source para aquisição de dados agrometeorológicos, em particular da região de Caçador”, explica Jean Marcel.

Para o professor, a inovação da proposta está em propor o acesso web/mobile sem custos a informações agrometeorológicas de altíssima resolução espacial para agricultores e técnicos de assistência agrícola, permitindo uma tomada de decisão mais assertiva por parte desses atores no que tange o manejo de suas culturas. “Atualmente, os agricultores têm acesso a informações agrometeorológicas regionalizadas e, por conta disso, generalistas, não considerando os distintos microclimas locais”, adverte Espinoza.

O autor do projeto afirma que a iniciativa é dirigida a instituições públicas e privadas de assistência rural, entidades ligadas aos pequenos produtores e, diretamente, o pequeno agricultor familiar: “com nossa proposta, os agricultores e técnicos terão acesso a informações de altíssima resolução espacial, permitindo um manejo diferencial em suas propriedades, trazendo ainda como vantagem adicional o fato de o sistema estar sendo dimensionado para um acesso sem custos”. Jean ressalta que por basear-se em dados agrometeorológicos com fontes de sensoriamento remoto e sistemas sensores de baixo custo, o sistema é facilmente escalável para todo estado ou país.

Para o meio acadêmico, conforme o docente, a conquista de ser selecionado no edital afirma o potencial de inovação e criação que o meio acadêmico pode construir, em especial os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, assumindo um caráter protagonista junto a ciência aplicada como forma de transpor as barreiras entre academia e sociedade.“Para o IFSC, em especial, essa conquista afirma a excelência do instituto, através de seu ambiente de incentivo e colaboração entre os servidores, comunidade e instituições acadêmicas parceiras, formando um ambiente de mútua colaboração entre os atores envolvidos e de promoção do pilar Ensino-Pesquisa-Extensão que é o seu grande diferencial. Esse projeto serviu como ponte de trabalho com os colegas e como meio de afirmação de novas amizades e parcerias na instituição. A construção desse projeto se deu a muitas mãos, com a colaboração intensa dos colegas Vitor Sales Dias da Rosa, Jaison Schinaider, Samuel da Silva Feitosa, Thaisa Rodrigues, Patricia Nunes Martins, Cristiano Mesquita Garcia e Danielle Regina Ullrich”, diz. Jean Espinoza, que atuava até pouco tempo no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). 

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