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Câmpus abre turma de curso de programação gratuito para meninas

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 08 nov 2017 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:37


Desde 2015, o Câmpus Florianópolis oferece oficinas de programação para crianças, tanto no próprio IFSC quanto em escolas da região, além de uma parceria com o Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação (NAHS) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Mas, agora, foi aberta uma turma voltada para meninas. As inscrições estão abertas pelo site http://programe.legal. Tanto inscrições quanto curso são gratuitos.



O curso é voltado para meninas do terceiro ao sexto ano do ensino fundamental, ministrado por alunas e alunos do IFSC. Todas as oficinas serão no Câmpus Florianópolis (Av. Mauro Ramos, 950, Centro), no Laboratório de Eletrônica Geral. As aberturas acontecerão no auditório e a família das alunas também é convidada. Os dias e horários de aulas também estão no site http://programe.legal.



Por que só para meninas?

Um artigo de Carolina Brito e Daniela Pavani, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), publicado em 2015, mostra que, segundo relatório técnico de Educação Superior do INEP de 2012,o percentual de concluintes em cursos de graduação nas diferentes áreas do conhecimento.

A mesma tabela aponta o seguinte cenário: o percentual de mulheres na área de Ciências Sociais, Negócios e Direito é de 23% contra 17% de homens, enquanto que em Engenharia, Produção e Construção o percentual de mulheres é de 5% contra 13% de homens. A mesma tendência é observada na área de Ciências, Matemática e Computação onde a relação é de 2,5% de mulheres e 5,3% de homens.

Ou seja, as mulheres seguem concentradas em algumas áreas e permanecem quase inexpressivas em outras. Em especial nas áreas de Humanas, existem muito mais mulheres do que na área de Exatas onde o percentual delas é metade do percentual masculino.

Estes levantamentos estatísticos sugerem que as mulheres passaram de uma acentuada exclusão para uma inclusão progressiva caracterizada pela segregação, com interdição ou desestímulo ao acesso feminino a certas áreas do conhecimento e profissões que se mantiveram como redutos masculinos.



Segundo os coordenadores do projeto, a baixa representatividade de mulheres nas áreas de Ciência e Tecnologia limita o potencial de inovação e deve ser vista como resultado final de um processo que impõe mais obstáculos paras a mulheres que para os homens. Em termos absolutos (homens e mulheres) a procura por carreiras nas áreas de C&T no Brasil é mais baixa que em países desenvolvidos, sendo de grande interesse estratégico ao desenvolvimento do país maior procura e diversidade nesta área.

O idealizador do projeto desde 2015, Felipe Mesquita, aluno de Engenharia Mecatrônica, explica que meninos inscritos também poderão participar, mas que o foco é conscientizar de que a programação, robótica e engenharias também são 'lugar de menina'.

Por Comunicação Câmpus Florianópolis

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