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O que mudou no sistema de cotas?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 27 mar 2024 10:59 Data de Atualização: 27 mar 2024 11:48

Se você é estudante do IFSC, há uma boa chance de ter entrado por alguma cota. Isso porque, desde 2013, 50% das nossas vagas são destinadas a elas. Embora a importância da política de cotas seja bem reconhecida aqui para nós (ainda assim, vamos falar um pouco sobre isso hoje porque relembrar nunca é demais!), sabemos que é um assunto que traz muitas dúvidas.

E não é para menos! A primeira lei de cotas surgiu em 2012 (Lei 12.711) e, desde lá, houve várias mudanças — a mais recente em 2023. Nisso tudo, é normal que sempre que você vai se inscrever em um curso — seja pelo vestibular, Sisu ou outro dos nossos processos seletivos — venha a dúvida: será que eu tenho direito de participar do sistema de cotas?

Por isso, preparamos mais esse post para te explicar como ficou, como funciona e quais as regras para cada cota aqui no IFSC! 

Mudanças do sistema de cotas ao longo dos anos

Como dissemos no início do post, a Lei de Cotas mudou diversas vezes ao longo do tempo:

 

Para complementar essa retrospectiva, vamos dar uma olhada em alguns dos momentos mais importantes dessa lei. 

- Em 2012, a lei regulamentou a entrada de pessoas por cotas em cursos de graduação e nas instituições federais de ensino técnico e médio, ou seja, nós os IFs, sendo 50% das vagas destinadas a estudantes de escolas públicas. 
- Em 2016, uma alteração na lei ampliou o alcance demográfico das cotas para pessoas com deficiência, enquanto a Lei nº 13.049/2016, do mesmo ano, incluiu ações afirmativas na pós-graduação. 
- Em 2018, a Instrução Normativa nº 17 deu o importante passo de implementar cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência nos processos de ingresso para a pós-graduação stricto sensu do IFSC.
- Em 2023, a lei passou a incluir cotas para estudantes quilombolas.

Porém, depois de todas essas mudanças, vamos falar de como ela funciona atualmente?

Como funcionam as cotas no IFSC agora

Você gosta de bolo? Vamos imaginar que as vagas para entrar nos cursos técnicos e de graduação no IFSC são um grande bolo de morango.


 

Essa primeira parte do sistema de cotas é bem simples e continua a mesma há um tempo: 50% das vagas, metade do bolo, são destinadas para as cotas e metade para ampla concorrência. Considerando todas as categorias de cotas, a divisão de vagas fica assim:


 

Aliás, todos os candidatos começam concorrendo pela mesma metade do bolo da ampla concorrência e aqueles que têm direito às cotas e não atingem a nota necessária nessa categoria, passam a concorrer dentro do Sistema de Cotas.

O que nos leva a uma pergunta muito importante:

Quem tem direito ao Sistema de Cotas?

Aqui, depende um pouquinho do tipo de curso para o qual você está se inscrevendo. Para os nossos cursos técnicos e de graduação, o primeiro critério é ter estudado em escola pública brasileira. A diferença é que, para os cursos técnicos integrados e concomitantes, é necessário ter cursado todo o Ensino Fundamental em escola pública e, para os cursos técnicos subsequentes e de graduação, é preciso ter feito todos os anos do Ensino Médio em escola pública.

Importante: ter estudado em uma escola pública fora do Brasil não dá direito ao uso das cotas. Da mesma forma, ter tido bolsa de estudo em escola particular não permite o uso das vagas para cotistas.

Lembra o bolo? Como mostramos no infográfico lá em cima, essa metade dedicada a quem vem do ensino público será dividida ao meio por um critério de renda: parte para candidatos com renda familiar igual ou menor que um salário mínimo por pessoa e outra parte para aqueles com renda familiar acima disso.

Ambas essas partes vão ter mais divisões, agora entre os candidatos pretos, pardos ou indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Os percentuais que vão determinar o número de vagas para cada tipo de cota são definidos a partir do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando os dados populacionais de proporção de cada população aqui no nosso Estado. Ou seja, um estado que tenha mais pessoas pretas, pardas e indígenas terá um percentual maior de cotas para essa população do que um estado com menos pessoas neste critério.

-> Quem pode estudar no IFSC?

Como se inscrever pelo Sistema de Cotas?

Quando se inscrever para um dos nossos processos seletivos, selecione no momento da inscrição quais das categorias do sistema de cotas você se encaixa. Se você passar no processo, no momento da matrícula deverá comprovar, por meio do envio dos documentos indicados no edital, a condição da cota para a qual se inscreveu. Aliás, vale lembrar que você pode selecionar mais de uma categoria de cota na inscrição! :)

-> Veja as dúvidas mais respondidas sobre nosso Ingresso

Como comprovar o direito às cotas?

Cada categoria exige um tipo de documentação diferente para comprovar o direito à cota e finalizar a matrícula com sucesso. Para te ajudar, preparamos um resuminho breve para você (mas SEMPRE leia o edital, viu?!)

-> Não sabe o que é um edital? Nós explicamos para você

A primeira coisa, claro, é seu histórico escolar, comprovando a totalização do Ensino Fundamental ou Médio em escola pública brasileira, conforme o curso que você se inscreveu. 

Os candidatos pretos e pardos devem entregar uma autodeclaração de preto ou pardo e participar da banca de heteroidentificação, momento em que o candidato será avaliado com base em critérios fenotípicos, ou seja, suas características físicas. 

Os candidatos indígenas precisam passar pela Comissão de Validação da Autodeclaração de Indígena e apresentar à comissão o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena ou a Declaração de Pertencimento Étnico de Comunidade Indígena.

Já os candidatos quilombolas devem pertencer a uma comunidade quilombola oficialmente reconhecida e apresentar a autodeclaração de quilombola, uma declaração informando que é quilombola pertencente à comunidade e assinada por três lideranças ligadas à associação da comunidade.

Por fim, os candidatos optantes pela cota para pessoas com deficiência devem apresentar um laudo médico comprovando sua condição para a Comissão Central de Análise dos Laudos.

Caso você opte pelas cotas para renda familiar de até um salário mínimo por pessoa, você também precisará comprovar a renda da sua família.

Porém, atenção:

O que acontece se o candidato não cumpre o requisito do sistema de cotas?

Caso você tenha se inscrito para uma categoria de cotas e na etapa de análise documental isso não puder ser comprovado, você pode perder a vaga naquele processo seletivo. Claro que você pode sempre tentar novamente no próximo, mas é bom evitar o problema, certo? Por isso, atente-se ao edital para ver se você atende aos requisitos da cota em que está se candidatando para não correr o risco de perder a vaga!

-> Saiba a diferença entre a inscrição e a matrícula

Por que as cotas são necessárias?

Essa discussão é bem antiga e já trouxemos ela aqui para o Blog do IFSC algumas vezes. Para entender um pouco melhor essa questão, vamos relembrar o vídeo da nossa estudante egressa do técnico integrado em Informática do Câmpus Gaspar, Sabrina Lemos, sobre o tema:


Mais do que nos posicionarmos como uma instituição contra todo tipo de preconceito, é importante tornar o IFSC um lugar que pertence e acolhe a todos. Parte desse ambiente receptivo é a diversidade que queremos aqui, para que na nossa instituição seja possível encontrar um senso de comunidade e de pertencimento.

Nisso, as cotas são uma medida importante, uma vez que garantem que pessoas de diversas realidades socioeconômicas tenham espaço e acesso à uma educação pública, gratuita e de qualidade. E nós sabemos que ocupar esses espaços é essencial, pois isso faz parte do processo de democracia!

-> Por que é preciso ser antirracista todos os dias do ano?

Há também a questão da permanência de minorias nas instituições de ensino, assunto que vai um pouquinho além das cotas e já entra nas ações afirmativas. Essas ações buscam justamente equilibrar as condições dos nossos estudantes ingressantes por cotas para que concluam o curso, seja por meio de auxílios ou outras formas de acessibilidade que tornem esse momento de estudo possível e mais tranquilo para aqueles em vulnerabilidade socioeconômica.

-> Assistência Estudantil do IFSC: tudo o que você precisa saber

Ainda com dúvidas?

Se ainda ficou alguma dúvida, tudo bem, é um assunto complicado, mesmo. Para entender melhor cada detalhe do nosso Sistema de Cotas, é só acessar a página sobre cotas no Portal do IFSC.

E se tiver alguma dúvida, fale conosco!

-> Com quem tirar suas dúvidas no IFSC?

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BLOG DO IFSC

O que é dignidade menstrual?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 08 mar 2024 08:30 Data de Atualização: 27 mar 2024 11:40

Você já parou para pensar que, apesar de a menstruação acontecer todo mês para aproximadamente metade da população, nem todo mundo tem condições de passar por esse momento rotineiro com segurança? Pode parecer um pouco dramático para alguns, mas esses quatro a sete dias do mês podem se tornar um grande problema social e de saúde quando não se têm condições financeiras de comprar absorventes ou acesso ao saneamento básico.

É por isso que a pauta da dignidade menstrual é um tema tão importante: ela diz respeito ao direito das pessoas que menstruam - meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias - de passarem por esse período com segurança e condições básicas de cuidado e de higiene. 

No post de hoje, Dia Internacional das Mulheres, nada mais justo do que trazer uma pauta tão importante e que tem tudo a ver com igualdade, não é mesmo?

Por isso, vamos te contar um pouco mais sobre o que significa Dignidade Menstrual, seus impactos e o projeto que está sendo lançado no IFSC hoje para garantir a saúde de quem menstrua e estuda aqui com a gente.

Vamos lá?

Por que dignidade menstrual?

Para começar essa conversa, é legal pensarmos que a dignidade menstrual não inclui só o acesso prático aos itens de higiene e de cuidado pessoal que auxiliam pessoas que menstruam. Essa questão vai além, pois também trata da educação e do acesso à informação sobre o próprio corpo e saúde, sem preconceitos nem tabus.

Sendo assim, é claro que uma instituição de ensino como o IFSC se interessa muito pelo assunto! Afinal, nossa missão é educar nossos estudantes e a comunidade que nos cerca, compartilhando informações que melhorem a vida das pessoas, o que certamente inclui pessoas que menstruam e seus corpos.

A ideia é que, trazendo luz para a questão da dignidade menstrual, nós consigamos derrubar pouco a pouco esse tabu (já que menstruar é algo tão normal, né?) e discutir, sem vergonha nem repressão, como ter mais qualidade de vida nesse período do mês para todas as pessoas que menstruam. Além de levarmos essas condições melhores até quem estuda aqui com a gente — que são um direito básico, segundo a ONU —, queremos também levar mais informação e a palavra do autocuidado. :)

-> Você sabia que o IFSC tem um comitê de Direitos Humanos?

Por que essa é uma questão social?

Ter vergonha de algo que é natural e que faz parte do seu corpo não deveria ser normal, mas infelizmente acontece com muita frequência. Muita gente ainda considera constrangedor, por exemplo, tirar um absorvente da bolsa em público ou passar por aquele imprevisto de o vazamento aparecer na roupa, uma vez que a menstruação ainda é vista como algo sujo e como um assunto a ser evitado. 

Há, inclusive, pessoas que passam pela primeira menstruação sem entender o que está acontecendo, o que torna esse um momento de muito medo e insegurança. ☹️

Então, se a nossa sociedade ainda reage a todas essas coisas de forma tão negativa, imagina como é precisar sair de casa para estudar ou trabalhar sem ter o básico para cuidar da própria higiene pessoal nesse período do mês? Essa situação pode levar estudantes a faltarem aulas, prejudicar a vida profissional de uma pessoa e até mesmo sua vida social.

É justamente aí que entra a dignidade menstrual como uma pauta social: no impacto desse tabu e da falta de acesso; uma vez que absorventes, calcinhas menstruais ou coletores pesam no bolso, afetando a vida de muitas pessoas econômica e socialmente. Ter condições mais humanas de cuidado durante esse período significa ter mais segurança em relação ao próprio corpo frente às situações sociais do cotidiano.

-> Vamos conversar sobre saúde mental?

E por que é uma questão de saúde?

Além dessas repercussões sociais e psicológicas, a pobreza menstrual também compromete questões de higiene, o que pode significar uma fragilidade para a saúde de quem menstrua. Sendo a menstruação uma parte importante do sistema reprodutor, a forma como o autocuidado acontece nesse período tem muitos impactos e precisa de condições mínimas, como por exemplo o acesso a água encanada, algo que não chega para todas as camadas da população.

Para te contar um pouquinho mais sobre como a dignidade menstrual é importante nesse aspecto, nós conversamos com a professora Juliana Jacques da Costa Monguilhott, que é doutora em Enfermagem e tem experiência na atenção à saúde da mulher e do recém-nascido. A Juliana é professora no Departamento Acadêmico de Saúde e Serviço (DASS) do Câmpus Florianópolis. Ela nos contou um pouco mais sobre os impactos dos cuidados durante o período menstrual para a saúde íntima que afetam, segundo ela, “desde a prevenção de infecções até o monitoramento da saúde reprodutiva, como o espaçamento ou o planejamento de uma gestação”:

"A falta de acesso aos materiais adequados pode levar algumas pessoas a procurar alternativas baratas e que podem trazer sérios danos à saúde física, como irritações, alergias e até infecções graves".

-> Você sabe a diferença entre vírus, bactérias e fungos?

Para prevenir esses problemas, ela recomendou alguns cuidados que precisam fazer parte dessa rotina, como manter uma boa higiene, escolher produtos adequados e estar sempre de olho em alterações no ciclo menstrual. Os absorventes precisam ser trocados regularmente, com as mãos limpas antes e depois da troca e limpeza da área genital. Os produtos utilizados também precisam ser de materiais adequados e hipoalergênicos para prevenir irritações e infecções. Juliana também frisa que “o contato prolongado da pele com o sangue menstrual pode levar a irritações ou dermatites, sendo importante manter a área genital limpa e seca, e usar produtos suaves e sem fragrância.”

Embora aqui a gente tenha focado bastante no aspecto físico da saúde, o conforto emocional também é muito importante! E a professora Juliana falou sobre isso também, recomendando a aplicação de calor na região abdominal e o uso de analgésicos para aliviar cólicas, além do descanso e do uso de técnicas de relaxamento para suavizar os sintomas.

Como reconhecer que essa rotina não está sendo boa para a saúde?

A gente sabe que a vida de estudante pode ser bem corrida e nem sempre fazemos o ideal para cuidar do nosso corpo. Mas quando saber que não estamos cuidando bem da higiene menstrual?

Segundo a Juliana, alguns dos sinais que o corpo apresenta nesse caso são alterações no padrão menstrual, períodos irregulares, sangramento excessivo ou dor intensa. Qualquer um desses sintomas precisam ser observados e levados ao médico para prevenir doenças como endometriose, miomas uterinos ou desequilíbrios hormonais.

Quais os principais pontos a considerar na escolha entre absorventes, calcinhas menstruais e coletores?

Apesar de ser uma solução bem prática, os absorventes descartáveis produzem uma grande quantidade de lixo, o que abriu espaço recentemente para outras opções ambientalmente mais sustentáveis. Duas delas, as mais famosas, são as calcinhas menstruais e os coletores, ambos reutilizáveis e laváveis. O que é ótimo para o meio ambiente!

Nós conversamos com a Juliana sobre isso. Afinal, do ponto de vista da higiene, qual é a melhor escolha? De acordo com ela, é legal pensar na absorção do produto e regularidade das trocas, no material, na facilidade de limpeza e na prevenção de vazamentos para decidir qual a melhor opção para cada pessoa. Tudo isso para evitar o acúmulo de sangue, que pode causar odores desagradáveis e infecções. Ela trouxe ainda algumas dicas para cada um deles:

  1. Absorventes: devem ser trocados a cada 4 a 6 horas, dependendo do fluxo menstrual. São fáceis de usar, por serem descartáveis. Devem ter uma boa capacidade de absorção e ajuste adequado para evitar vazamentos.
  2. Calcinhas menstruais: devem ser trocadas conforme necessário, geralmente a cada 6 a 12 horas, dependendo do fluxo. É importante lavar as calcinhas a cada uso. As calcinhas devem ter camadas absorventes eficazes e uma barreira à prova de vazamentos.
  3. Coletores: podem ser esvaziados a cada 8 a 12 horas, dependendo do fluxo menstrual, sendo necessário lavar a cada uso. Para manter os produtos limpos e higiênicos, recomenda-se seguir as instruções de cuidados do fabricante. Devem ser inseridos corretamente para garantir maior proteção contra vazamentos.

Vale lembrar que os materiais devem ser sempre respiráveis, permitindo a circulação do ar e evitando a umidade excessiva. Materiais sintéticos ou com fragrâncias adicionadas podem provocar irritações, e também devem ser evitados.

A higiene das alternativas reutilizáveis, como os coletores, envolve ainda a questão do saneamento: a troca e lavagem dos copinhos ou calcinhas menstruais precisa ser feita com água tratada para prevenir contaminação e infecções. Por isso, apesar de ser uma alternativa mais sustentável e barata a longo prazo, ela pode não ser acessível a todas as pessoas, uma vez que no Brasil parte da população ainda não tem acesso a água tratada e condições de saneamento mais seguras.

Juliana também nos lembra que o conforto é um fator muito importante, sendo esse um ponto positivo das calcinhas e coletores, que dão mais liberdade em comparação aos absorventes descartáveis. Cada pessoa se ajusta de maneira diferente com cada uma dessas opções.

Ao contrário do que se temia quando eles começaram a aparecer no mercado, a professora nos contou que “estudos demonstram que o coletor menstrual não oferece riscos de infecções e possui grande aceitabilidade entre as mulheres, tornando-se sua preferência em detrimento de outros métodos de higiene utilizados anteriormente.”

-> Confira algumas dicas de sustentabilidade

Com tantas opções no mercado, volta a questão da dignidade menstrual: todas as pessoas têm o direito de acesso a alguma delas para passar por esse período com mais conforto e segurança. Para garantir isso, vamos falar em seguida de dois programas pensados justamente para essa questão.

Você sabia que pode receber absorventes gratuitamente pelo SUS?

No Dia da Mulher do ano passado (2023), o Governo Federal criou, por meio do Decreto nº 11.432, o Programa Dignidade Menstrual. A ideia é garantir a distribuição gratuita de absorventes higiênicos e desenvolver ações educativas sobre esse tema para que, além de seu resultado mais direto e prático de distribuição, exista também uma maior equidade de gênero, justiça social e direitos humanos.

Por isso, desde janeiro deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui absorventes gratuitamente para pessoas que menstruam entre 10 e 49 anos de idade inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e que se enquadrem em ao menos um dos critérios definidos pelo programa: 

  • Estar matriculado em uma escola pública, tendo renda familiar de até meio salário mínimo;
  • Estar em situação de vulnerabilidade social extrema, com renda mensal de até R$ 218;
  • Estar em situação de rua.

Se você se encaixa em alguns desses critérios, confira o vídeo lançado pela campanha que conta o passo a passo para conseguir participar:

Conheça o projeto de Dignidade Menstrual do IFSC

Já o projeto do IFSC, que veio para complementar o programa federal, é um pouco mais abrangente (e mais próximo de você! <3). Nele, não há limite de renda para quem tem acesso ao kit menstrual. A partir de hoje, dia 08 de março de 2024, estudantes do IFSC que menstruam podem verificar no seu câmpus a disponibilidade de kits menstruais para manter a saúde, higiene e dignidade menstrual.

-> Saiba mais sobre o programa no IFSC

Cada kit terá três pacotes, com dezesseis unidades de absorventes higiênicos cada, e você poderá retirar um kit a cada dois meses. Claro que, como os recursos infelizmente não são infinitos, há alguns critérios que nós pensamos para fazer com que esses kits cheguem a todas as pessoas que mais precisam deles!

Para entender melhor sobre como funciona e como participar, você pode dar uma olhadinha na página do programa, nesse link aqui.

Quem pode participar?

Se você tem o perfil socioeconômico para ter acesso aos absorventes pelo SUS, nossa recomendação é que você siga os passos que indicamos na seção anterior para adquirir um kit no SUS. Porém, se esse não é o seu caso, você pode pedir um kit no seu câmpus do IFSC, caso ele seja um dos câmpus participantes do programa institucional.

A prioridade para receber os kits será daquelas pessoas em situação socioeconômica mais vulnerável, considerando a realidade de quem estuda em cada câmpus, é claro!

O mais importante: tudo isso acontecerá com orientações acolhedoras e educativas, visando seu bem estar! 🥰

-> Deixa o IFSC cuidar de você: motivos pelos quais somos como uma mãe

Ficou com alguma dúvida?

Nunca se esqueça que você pode tirar suas dúvidas sobre esse e outros programas de assistência estudantil aqui do IFSC sempre que precisar! Para isso, você pode contar com nossos setores de Assistência Estudantil ou Coordenadoria Pedagógica do seu câmpus.

-> Veja aqui os contatos dos setores de atendimento aos estudantes nos câmpus

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Com quem tirar suas dúvidas no IFSC?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 21 fev 2024 10:50 Data de Atualização: 21 fev 2024 11:04

Seja porque você está vindo de uma outra escola, de outra universidade ou de muito tempo sem estudar, nós sabemos que entrar no IFSC pode ser uma grande mudança na sua vida. Além de ser todo um universo novo de aprendizados, rotinas e amizades, a estrutura do IFSC é grande e bem complexa. 🙈 

Chegando aqui no IFSC, podem surgir muitas dúvidas e as respostas nem sempre são tão óbvias, como: para quem eu mostro meu atestado quando faltar aula? Como resolvo um problema de matrícula em uma disciplina? Será que a aula da semana que vem é a distância?

O post de hoje é justamente para te ajudar com questões como essas; veja quem você pode procurar na estrutura do IFSC quando estiver se sentindo um pouco perdido(a). A seguir, passaremos por algumas das dúvidas mais frequentes dos nossos estudantes, divididas entre os setores e pessoas do IFSC para quem você pode perguntar.

O que eu pergunto na secretaria ou registro acadêmico do câmpus?

Nas secretarias e registros acadêmicos dos câmpus, que são responsáveis por questões de documentos acadêmicos e matrículas, você vai tirar aquelas dúvidas mais “burocráticas” e que não necessariamente têm a ver com o seu curso. Em outras palavras, é lá que você resolve assuntos sobre sua situação como estudante do IFSC. A secretaria e registro acadêmico do seu câmpus podem te ajudar em relação a:

Pedidos de atestados médicos, de trabalho etc.;

- Trancamento de matrícula;
- Calendário acadêmico (que também está disponível no nosso Portal e no site do seu câmpus);
- Cadastro ou mudança de nome social;
- Documentações como atestado de matrícula, histórico escolar etc.

As secretarias e registros acadêmicos podem ser contactados presencialmente, por telefone ou e-mail (os contatos estão no site do seu câmpus).

O que eu pergunto na coordenação do meu curso? 

Já na coordenação do seu curso, você encontrará informações pertinentes ao curso que você faz, uma vez que o coordenador é um professor do curso e conhece bem a matriz curricular, suas particularidades, professores, disciplinas etc. Portanto, com a coordenação, você pode perguntar coisas sobre:

- Ajustes de matrícula;
- Validação de disciplinas;
- Currículo do curso e disciplinas;
- Oportunidades profissionais na área do seu curso.

Você pode conversar com a coordenação do curso pelo e-mail e demais contatos disponibilizados no site do câmpus e pelo coordenador do curso.

O que eu pergunto para a coordenadoria pedagógica?

As coordenadorias pedagógicas do IFSC, ou CPs, estão presentes em todos os câmpus. Sua função é oferecer apoio aos estudantes quanto às suas dificuldades durante sua vida aqui no IFSC. Nela, temos profissionais como psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, técnicos em assuntos educacionais e assistentes de alunos para auxiliar no acolhimento dessas dificuldades. Por isso, você pode procurar a CP do seu câmpus para questões como:

- Apoio psicológico durante uma fase difícil que atrapalha seus estudos;
- Assistência estudantil (a Assistência Estudantil trabalha em conjunto com a CP);
- Organização de estudos;
- Escolhas acadêmicas;
- Assistência social.

-> Entenda o trabalho das coordenadorias pedagógicas do IFSC neste post

O que eu pergunto para a assistência estudantil?

Em alguns câmpus, o setor de Assistência Estudantil não é o mesmo da Coordenadoria Pedagógica, embora os dois sempre trabalhem em conjunto. Nesse caso, a Assistência Estudantil será responsável por orientações mais específicas sobre a vulnerabilidade socioeconômica dos estudantes, respondendo dúvidas sobre assuntos como:

- Auxílio financeiro aos estudantes;
- Auxílio emergencial;
- Ações inclusivas;
- Alimentação estudantil;
- Apoio a eventos.

-> Assistência estudantil do IFSC: tudo o que você precisa saber

O que eu pergunto para os professores?

Além de estarem disponíveis para tirar dúvidas sobre as disciplinas do curso, há outras questões acadêmicas para as quais você pode contar com o apoio dos professores. Afinal, quando o assunto é relativo ao gerenciamento de uma unidade curricular (disciplina) específica, o docente é a pessoa mais indicada para isso. Por isso, pergunte ao seu professor dúvidas sobre:

- O planejamento da disciplina;
- Dias de aula presencial e a distância, se seu curso as tiver;
- Provas de recuperação;
- Orientação de trabalho de conclusão de curso, iniciação científica ou projetos de extensão;
- Eventos e congressos da sua área de atuação;
- Horário e sala das disciplinas.

Dica: geralmente na primeira semana do período letivo, na apresentação do plano de ensino, os professores dizem os canais pelos quais estão disponíveis para tirar suas dúvidas. Alguns preferem por e-mail, outros por mensagem no Moodle ou Sigaa; independente de qual for, é legal respeitar esse canal de escolha para ajudar na organização do trabalho do seu professor. Encontrar o whatsapp de professores e mandar mensagem sem autorização, não é de bom tom!


 

O que eu pergunto para os setores de estágio?

Começar a procurar as primeiras experiências profissionais na sua área de estudo faz parte da trajetória de muitos alunos do IFSC. Esse momento também abre todo um novo universo de dúvidas e documentações e é pra te ajudar com ele que os setores de estágio existem. Lá você pode perguntar coisas como:

- Como procurar um estágio;
- O que é preciso para começar;
- Dúvidas sobre o contrato de estágio;
- Os seus direitos enquanto estagiário;

Você pode conseguir o contato dos setores de estágio no site do seu câmpus e também pode procurar atendimento presencial para tirar suas dúvidas.

-> Procurando oportunidades de trabalho? Saiba como mandar bem no currículo e na entrevista

O que eu pergunto na biblioteca?

É claro que muitas vezes você entrará na biblioteca com dúvidas, embora na maioria dos casos elas envolvam os conteúdos das disciplinas, curiosidades aleatórias ou sua próxima leitura. Mas vale lembrar que, além de procurá-la para o empréstimo de livros, você também pode contar com outros serviços, sendo alguns deles:

- Como acessar o acervo digital (dica, você também pode aprender aqui neste link);
- Pesquisar em periódicos onlinehttps://www.ifsc.edu.br/web/blog/w/pesquisa-em-periodicos-on-line-a-gente-traduz-pra-voces-;
- Consulta de acervo e reserva de livros;
- Orientação para normalização de trabalhos acadêmicos (aquela coisa chata de colocar o trabalho nas normas ABNT 😬);
- Referência de materiais.

Sempre que precisar, o atendimento nas bibliotecas é presencial e por e-mail, você pode encontrar o contato e o horário de funcionamento aqui.

-> Confira aqui a lista completa de todos os serviços que as bibliotecas do IFSC oferecem

O que eu pergunto para a direção geral?

A direção-geral é responsável pela gestão dos câmpus e sua relação com a comunidade e colegiados do IFSC. Geralmente, os estudantes estão em contato com a direção-geral do câmpus por meio dos Centros Acadêmicos e Grêmios Estudantis, mas você também pode ir até a direção para discutir sobre:

- Sugestões para o câmpus;
- Dúvidas sobre a estrutura física e setores do câmpus;
- Demandas estudantis.

Você pode encontrar os contatos da direção geral no site do seu câmpus.

O que eu pergunto para a ouvidoria?

Geralmente pensamos na ouvidoria como um lugar para reclamar quando algo não está bem ou algo ruim acontece. Apesar de isso ser, sim, uma das funções da ouvidoria do IFSC, ela também está lá para responder dúvidas e receber elogios (quem não gosta de receber um biscoito?! 🍪😛). É um dos nossos importantes canais de comunicação, logo, não exite em ir até a ouvidoria quando você tiver:

- Sugestões e solicitações de melhorias;
- Elogios ao serviço do IFSC;
- Reclamações e denúncias, inclusive de assédio;
- Simplificação de serviços do IFSC que sejam muito burocráticos;
- Pedido de acesso à informação.

-> Para entender mais como a nossa ouvidoria funciona, leia este artigo aqui

-> Entre em contato com a Ouvidoria do IFSC

E se eu ainda não souber para quem perguntar?

Não se preocupe! A estrutura do IFSC, em especial no começo da sua jornada como estudante, pode não parecer tão clara para você. Isso é normal e você vai aprendendo com o tempo e a experiência. Até porque existem muitos termos que utilizamos e que não fazem parte do dia a dia fora do IFSC, não é mesmo? Mas lembre-se que sempre tem alguém disposto a te orientar para que você estude tranquilamente, sem grandes dúvidas sobre o funcionamento da sua vida acadêmica.

Por isso, mesmo que você de vez em quando vá até a secretaria ou a coordenação pedagógica com uma dúvida que se resolve em um outro lugar, o importante é você procurar o IFSC sempre que precisar. Estamos aqui para isso. Não é à toa que dizem como somos uma mãe! :)

Mais dicas

Já que este é um post para ajudar, você sabia que o IFSC oferece um monte de serviços gratuitos para os estudantes? Confira neste post.

E temos outros posts que valem a pena ser lidos:

-> Estudante do IFSC: o que você precisa saber
-> Templates IFSC: veja os modelos de arquivos que podem facilitar a sua vida de estudante
-> Como registrar uma inovação?
-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa

-> O que é o Conselho Superior? Quais são as funções desse colegiado?
-> Representações estudantis no IFSC: veja como participar
-> Movimentos estudantis do IFSC: entenda o papel de cada um

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Nome social no IFSC: como funciona?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 29 jan 2024 12:09 Data de Atualização: 29 jan 2024 13:49

Você sabia que hoje, dia 29 de janeiro, é o Dia da Visibilidade Trans no Brasil? Pessoas transexuais ou transgêneros são aquelas que se identificam com um gênero diferente ao que foi designado no seu nascimento. Essa data homenageia e propõe a conscientização sobre as lutas pelo reconhecimento das diversas identidades transgênero, além de comemorar os direitos conquistados pela comunidade trans no Brasil ao longo dos anos. 

Para trazer ainda mais reflexões para essa discussão, hoje o Blog do IFSC traz, como tema, uma das pautas da comunidade trans e travesti: o nome social. Mas antes de começar essa conversa, que vai ter foco em algo mais prático — no uso do nome social no IFSC —, é importante lembrar de algumas coisas sobre o tema. 

A primeira delas é que o reconhecimento legal do nome social não é apenas um direito, uma conquista, mas também um sinal de respeito a identidades que, por muito tempo, foram invisibilizadas na nossa sociedade. Por isso, a inclusão desse registro no sistema não é a única coisa a ser feita: é importante que toda a comunidade estudantil reconheça essas identidades.

Logo, no post de hoje, no Dia de Visibilidade Trans, além de continuar as reflexões do nosso post aqui no Blog sobre o orgulho LGBTQIA+, a ideia também é reavivar essa discussão e ressaltar a importância do respeito ao nome social em todos os ambientes do nosso IFSC!

-> LGBTQIA+: Vamos falar sobre isso?

Porém, sabemos que, com tantas informações sobre gênero e sexualidade na internet, muitas vezes não conhecemos nem entendemos todos os termos que cercam esse assunto. Então, vamos começar do principal: 

O que é o nome social?

Nome social é o termo que se refere ao nome que uma pessoa não binária, trans e/ou travesti escolhe para se identificar na sociedade. Como já dissemos antes, o nome social é de extrema importância para o respeito e visibilidade de identidades trans em âmbitos como trabalho, família e ambientes educacionais, como o IFSC. Afinal, esse é o nome escolhido para acolher o gênero com o qual essa pessoa, de fato, se identifica e pelo qual quer ser tratada pelas outras pessoas.

O Decreto Nº 8.727, de 2016, prevê a inclusão do nome social nos documentos oficiais, e que todos os órgãos públicos aceitem e adotem este nome, respeitando o desejo da pessoa que fez a solicitação.

É importante ressaltar que há uma diferença entre o nome social e o nome de registro, que é aquele nome com o qual a pessoa foi registrada. Comumente esse nome também é chamado de nome morto depois de adotado o nome social, já que ele não representa mais a identidade da pessoa.

No IFSC, o uso do nome social já é regulamentado desde 2010, a partir de uma deliberação do Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Cepe. Em 2019, o Cepe atualizou a regulamentação, prevendo a inclusão do nome social em todos os documentos internos do estudante na instituição, sendo acompanhado do nome de registro.

Aliás, vale lembrar que adotar o nome social e retificar o nome de registro não são a mesma coisa. O nome social não altera o nome registrado em documentos, como certidão de nascimento, por exemplo. Já no caso da retificação do nome de registro, é necessário coletar a documentação pedida pelo cartório de registro civil. Caso esse pedido seja negado pelo cartório (o que é ilegítimo), a pessoa deverá exigir essa negativa por escrito e, com ela, procurar a defensoria pública.

Embora haja essa possibilidade de retificação, o nome social ainda é a escolha mais comum na comunidade trans, ainda que não seja uma alternativa tão definitiva e seja insuficiente para muita gente. Isso acontece porque ela ainda é uma saída mais rápida e simples para auxiliar a vida social dessas pessoas, criando pelo menos a oficialização do direito ao tratamento pelo nome escolhido. A retificação, por ser um processo mais longo e demorado, acaba sendo deixado para depois ou desconsiderado, uma vez que para a maior parte das questões o nome social já funciona.

Vale frisar que o nome social, ao contrário de um apelido, não é somente ‘uma forma de chamar alguém’, mas, sim, uma conquista política que contempla a dignidade e integridade de pessoas trans contra os preconceitos e desconfortos sofridos por essa parte da população.

Importante: o nome social não pode e nem deve ser utilizado como um “apelido” ou apenas para alterar seu nome de registro porque você não gosta dele. O nome social tem um uso específico definido em legislação.

Como fazer para que o nome social seja incluído nos sistemas do IFSC?

Agora, seguindo para a parte mais prática do nosso post de hoje: se você está passando ou conhece alguém aqui do IFSC que está passando por uma transição de gênero, aqui vai como é possível optar pelo uso do nome social no IFSC! Vamos lá?

Para que o seu nome social seja incluído no Sigaa, no Moodle e em outros sistemas do IFSC, é bem fácil. Se você passou agora no vestibular e está entrando no IFSC, é possível pedir já no ato da matrícula. Mas, mesmo depois disso, é possível fazer esse pedido a qualquer momento: é só preencher uma solicitação por escrito e entregar à secretaria ou registro acadêmico do seu câmpus.

Se você for menor de idade, é necessário que você tenha o acompanhamento do seu representante legal para incluir o nome social. 

Depois disso, o que muda?

Quando você inclui seu nome social no sistema, o seu usuário para acessar o Sigaa e o Moodle, assim como seu nome na chamada, será seu nome social. Documentos como o histórico escolar, atestado de matrícula e diploma conterão o nome social acompanhado do nome civil. E, não menos importante, no evento de formatura chamarão seu nome social, sendo que apenas a ata conterá o nome civil junto ao social.

Além disso tudo, a partir do momento em que seu nome social constar no sistema, todos os professores e servidores do IFSC deverão passar a utilizá-lo para se referir a você. Caso isso não ocorra e você enfrente alguma resistência, você deve procurar a ouvidoria do IFSC para que seu nome seja respeitado.

Lembre-se que o nome social não é um favor, mas um direito.

Pode mudar o nome social mais de uma vez?

Sim! Afinal, o processo de escolha de um nome social nem sempre é rápido, há uma adaptação que compreendemos que faz parte do processo. 

Para muitas pessoas trans, a escolha do nome social é repleta de desafios, constituindo um período às vezes conturbado. Assim, muitas pessoas fazem o que carinhosamente chamam de “test drive” — um período de teste, digamos, em que a pessoa tenta se adaptar ao nome escolhido. Caso isso não ocorra bem e a pessoa queira mudar de nome, há essa opção.

Mas relembramos que o nome social é diferente de apelido, sendo uma importante conquista política da comunidade trans contra o preconceito. Por isso, não é legal utilizar esse recurso para coisas que não são nome social, como apelidos, certo?

O que fazer se o nome social não for respeitado?

Nós sabemos que, apesar das campanhas educacionais nacionais e aquelas feitas por nós, aqui do IFSC, a transfobia é um problema presente em todas as camadas da nossa sociedade e em todos os lugares. E embora a luta seja regulamentar e educar para proporcionar segurança e acolhimento, somos formados por uma diversidade grande de pessoas, entre professores, servidores, terceirizados e estudantes que compõem a nossa comunidade e, em algum momento, podem não seguir as mesmas diretrizes que elaboramos para o respeito à diversidade.

Nossa missão enquanto IF é formar cidadãos e parte disso é fomentar o respeito à diversidade. Mas sabemos que ainda há muito caminho pela frente!

Por isso, caso você encontre resistência e desrespeito ao seu nome social e gênero de identificação, lembre-se que tanto a Resolução CEPE 103/2019 quanto o Decreto nº 8.727/2016 garantem seu direito de tratamento pelo nome escolhido. Logo, você pode, sim, procurar a Ouvidoria do IFSC e registrar uma reclamação.

-> Veja como entrar em contato com a Ouvidoria

Também temos as coordenadorias pedagógicas nos câmpus que oferecem apoio aos alunos.

-> Apoio aos alunos: entenda o trabalho das coordenadorias pedagógicas

Com quem posso falar se tiver dúvidas?

Se você ainda tem dúvidas sobre a questão do nome social ou precisa de aconselhamento em questões de gênero e diversidade, temos alguns links e contatos que podem te ajudar.

Ambulatórios Trans em Santa Catarina
Com equipe multidisciplinar de assistentes sociais, médicos, psicólogos e enfermeiros.

(48) 98838-5349 ou pelo instagram Ambulatório Trans Florianópolis (@ambulatoriotransfloripa) — em Florianópolis

(48) 98468-3260 ou por e-mail ambulatranssj@gmail.com — em São José

ONGS e outros projetos voluntários

All Out — acolhimento psicológico voluntário para pessoas LGBT+

EternamenteSOU — equipe multidisciplinar com projetos voltados para pessoas idosas LGBTQIA+

ABGLT — Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos

ADEH | ADEH - Florianópolis-SC — Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade

RETIFICA Trans BR (@retificatrans) - Advogados e pessoas Trans que auxiliam em aspectos legais de retificação de nome de registro.

Site de empregos

TransEmpregos — site de empregos que divulga vagas para pessoas trans

Além desses, você também pode contatar os pedagogos e assistentes sociais do IFSC, presentes em todos os nossos câmpus. Veja os contatos aqui.

Vamos relembrar de um caso real de uma aluna do IFSC?


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Procurando um estágio? Saiba por onde começar

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 20 dez 2023 12:13 Data de Atualização: 20 dez 2023 12:15

Para conseguir um trabalho, você precisa de experiência. Para ter experiência, você precisa de um trabalho. E agora? Como resolver esse dilema que é tão comum na hora de entrar no mercado de trabalho? O objetivo do post de hoje é te dizer que, calma, nem tudo está perdido. Se você é estudante, existe uma opção excelente para conseguir essa experiência inicial e o nome é estágio.

O estágio é justamente a conexão entre sua área de estudo e uma experiência de trabalho. O melhor de tudo é que, como estagiário, sua principal atividade é aprender. Logo, você pode, sim, começar sem experiência!

Porém, antes de começar a procurar, é importante saber um pouco sobre o que é e como funciona um estágio. Até porque, mesmo algumas empresas às vezes abrem vagas de estágio que não se encaixam muito bem nesse conceito, na prática. Além disso, esse é um tipo específico de atividade que conta com suas próprias características e regras. Então vamos lá?

O que é estágio?

Antes de tudo, é bom esclarecer algumas coisas: estágio não é qualquer trabalho feito por quem está começando. E o estagiário não deve ser aquela pessoa nova no setor, sobrecarregada com todo o trabalho chato que ninguém quer fazer! Aliás, ele também não tem que levar a culpa de tudo, viu?! Na verdade, o estagiário não deve ser contratado como uma força de trabalho como os outros funcionários, porque a primeira e mais importante função dele é aprender.

De acordo com a Lei do estágio, só é estágio a atividade reconhecida pelo projeto pedagógico do curso do estudante (logo, não há estágio sem matrícula ativa!) que proporciona aprendizado prático da área de atuação do curso. Ou seja, é uma atividade pedagógica na qual você, estudante, pode criar aprendizado e experiências em um ambiente de trabalho na área em que em breve será um profissional formado e atuante.

Isso tudo quer dizer que o estágio não pode atrapalhar seus estudos, já que serve como um complemento deles, e nem você pode estagiar se não estiver estudando. A lei do estágio garante, ainda, vários direitos — que contaremos adiante — que partem justamente desse princípio de atividade de aprendizado em ambiente de trabalho, e não uma mão de obra barata.

Aliás, você sabia que existem dois tipos diferentes de estágio? Dependendo do seu curso, existe no currículo a necessidade de realizar uma disciplina chamada estágio obrigatório, e a diferença entre essa disciplina e o estágio não obrigatório confunde muita gente! Por isso, separamos um tempinho para te explicar a diferença.

Qual a diferença entre o estágio obrigatório e o não obrigatório?

O estágio obrigatório é aquele que valida uma disciplina do curso que é obrigatória para a sua conclusão. Por exemplo, nos cursos de licenciatura, é necessário cumprir a carga horária de estágio obrigatório em escolas do ensino básico para conseguir o diploma, e isso está no currículo do curso. Esse tipo de estágio tem regras mais específicas quanto aos locais e atividades a cumprir, pois visam uma experiência mais direcionada para a formação do estudante.

Já o estágio não obrigatório não é parte do currículo do curso, embora previsto no projeto pedagógico: você não precisa cumprir horas dele para se formar, embora seja um ótimo complemento para a sua formação! Mas vale lembrar novamente que mesmo nesses casos, ainda é necessário que a atividade seja condizente com o curso e o seu supervisor precisa ser um profissional da área.

Além dessas diferenças, há também a questão da remuneração: o estágio obrigatório não precisa ser remunerado, enquanto o estágio não obrigatório sempre será remunerado com bolsa e auxílio transporte. Falando em direitos do estagiário, essa próxima pergunta também é bem frequente:

Estagiário tem direito a férias?

Sim! Nada mais justo, certo? No caso dos estágios não obrigatórios, para cada ano de estágio o estudante tem direito a 30 dias de férias remuneradas. Mas, é importante lembrar que nas férias, apesar de o pagamento da bolsa ser garantido, o auxílio transporte não entra. Afinal, você só precisa do auxílio transporte se tiver que se deslocar até o local do estágio.

Com qual idade mínima e máxima pode estagiar?

Se você é aluno dos nossos cursos técnicos integrados ou Proeja, saiba que você pode, sim, buscar vagas de estágio! A idade mínima é 16 anos e não há idade máxima. No caso dos estágios para o ensino médio técnico, também é importante que o estágio tenha relação com as experiências profissionais do curso que você está fazendo.

Aliás, se você tem menos de 18 anos, o Termo de Compromisso também será assinado pelo seu responsável legal.

Já em relação à idade máxima, assim como para estudar não tem um limite de idade para iniciar, para fazer um estágio também não. Se você está fazendo um curso e se capacitando, independente da sua idade, você pode também fazer um estágio.

Mas, dito tudo isso, o que é preciso para conseguir um estágio?

Ter um bom currículo é sempre importante!

Não precisa ser um currículo de milhões ainda, mas para se candidatar a uma vaga de estágio você precisa falar um pouco sobre você, seus objetivos, o que você faz, entre outras coisas. Se você tem dúvidas sobre como fazer um currículo, pode conferir esse outro post do Blog em que falamos sobre o assunto.

Para vagas de estágio, o mais importante é incluir informações sobre o curso, a fase que está cursando, previsão de formatura, onde mora e outras experiências de projetos e bolsas que você participou, como monitorias, jovem aprendiz, voluntariados etc. Lembre-se: não é um emprego, é uma atividade de aprendizado, então qualquer atividade adicional que você fez durante a sua formação pode te ajudar a ganhar uns pontinhos.

A partir daí, com um currículo preenchido e bonito, você pode começar a procurar por  vagas e se aplicar para elas!

Onde encontrar vagas?

Um bom lugar para começar são nos sites de agências especializadas em divulgar vagas de estágio, como o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que disponibilizam vagas e fazem o intermédio entre o IFSC e a empresa na qual você vai estagiar.

Outra alternativa são os sites de vagas de emprego, como o Indeed e o Infojobs, nos quais você pode ficar de olho nos critérios de vagas de estágio da sua área e entender melhor o que pode te destacar na hora da entrevista. A rede social LinkedIn também pode ser uma ferramenta muito útil, em especial para a área da tecnologia e comunicação, já que muitas startups procuram estagiários por lá.

Além disso, aqui mesmo no IFSC nós lançamos semestralmente editais com vagas de estágio, tanto para alunos do instituto quanto de outras instituições. É só ficar de olho na abertura de editais no início de cada semestre no site do seu câmpus. Ah, e você pode dar uma olhada nos editais anteriores para conhecer melhor os tipos de vaga que o IFSC oferece. São vagas para diversos cursos e câmpus.

O que fazer depois de conseguir uma vaga?

Independente se for um estágio obrigatório ou não obrigatório, o IFSC precisa saber que você está fazendo um estágio e estar de acordo com as condições do mesmo. Por isso, antes de começar é feito um Termo de Compromisso, que é o contrato assinado por você, pelo supervisor do seu estágio na concedente (empresa na qual você vai desenvolver suas atividades) e também por um professor orientador do seu curso, que atue na área do seu estágio. O estágio só pode começar depois que esse documento for assinado e entregue para todas as partes envolvidas. Não esqueça de deixar uma via com o setor de estágios do seu câmpus!

Já no seu estágio, lembre-se que sua posição é de aprendizado, por isso, tirar dúvidas e precisar de ajuda no início é completamente normal. Por isso, não tenha vergonha: é melhor sempre manter uma boa comunicação com a supervisão, demonstrando interesse e vontade de aprender.

Além disso, a cada seis meses ou ao fim do estágio, será necessário preencher um relatório das atividades exercidas no estágio. Esse documento deve ser assinado pelo seu supervisor de estágio e pelo seu orientador na instituição de ensino.

Ficou alguma dúvida?

Todos os câmpus do IFSC tem um responsável pelo setor de estágio e que pode responder outras dúvidas mais específicas sobre estágios da sua área de estudo. Você encontra aqui todos os e-mails e telefones para entrar em contato.

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Você sabia que a alimentação escolar é um direito?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 22 nov 2023 13:19 Data de Atualização: 22 nov 2023 13:29

Uma fruta, um biscoito, um lanche sempre caem bem, não é mesmo? Você sabia que todos os câmpus do IFSC oferecem alimentação escolar para os estudantes? E melhor ainda: sabia que a alimentação escolar para a educação básica é um direito garantido por lei?

O Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE, foi instituído pela Lei 11.947, de 16 de junho de 2009, e está regulamentado atualmente pela Resolução CD/FNDE nº 06, de 8 de maio de 2020. Segundo esta legislação, “a alimentação escolar é direito dos alunos da educação básica pública e dever do Estado” e tem como base o direito humano à alimentação adequada e saudável.

Mas você sabe, na prática, como os alimentos chegam até os estudantes no IFSC? É o que vamos explicar neste post. Para isso, conversamos com a nutricionista da Reitoria Carolina Abreu Henn de Araújo e com o servidor da Diretoria de Assuntos Estudantis Guilherme Koerich, que nos explicaram como acontece a aquisição e distribuição dos alimentos e como os próprios estudantes podem colaborar para tornar a “merenda escolar” melhor para todos.

Como funciona o PSAE?

O IFSC instituiu em 2014 o Programa de Segurança Alimentar do Estudante do IFSC, o PSAE (Resolução 46/Consup/IFSC, de 18 de junho de 2014), que tem como base a lei federal do PNAE, de 2009. O PSAE conta com três planos de ação:

1) Plano de Ação Alimentação Estudantil (PAE): 

A lei prevê obrigatoriedade para todos os alunos da educação básica (até o Ensino Médio), mas o IFSC entende que  a alimentação é um direito humano básico e deve ser universal. Assim, todos os alunos do IFSC recebem a alimentação. 


Para fornecer alimentos aos alunos, o IFSC conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que atende todos os estudantes matriculados na Educação Básica das escolas públicas, filantrópicas e comunitárias do país. O FNDE multiplica o número de alunos matriculados, registrado no Censo Escolar do ano anterior, pelo valor que corresponde a cada modalidade, pelos 200 dias letivos. 

Carolina explica que até metade deste ano, o valor médio geral era de R$ 0,36 por aluno. Após o reajuste, os recursos são distribuídos da seguinte forma:

- R$ 0,41 para os estudantes matriculados na Educação de Jovens e Adultos - EJA;
- R$ 0,50 para os estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio;
- R$ 1,37 para os estudantes matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de sete horas na escola ou em atividades escolares;
- R$ 0,68 para os estudantes que frequentam o contraturno.

Esses valores do FNDE são complementados com recursos próprios da Assistência Estudantil do IFSC e dos câmpus. 

A lei do PNAE diz que pelo menos 30% dos alimentos ofertados aos alunos devem ser provenientes da agricultura familiar. No IFSC, em torno de 98% dos alimentos são adquiridos dessa maneira, por meio de chamadas públicas (dispensa de licitação). Os alimentos não necessariamente precisam ser orgânicos, porém, como o planejamento prioriza produtos da estação e de fornecedores locais, eles acabam sendo mais frescos e com menos agrotóxicos.
No início do ano, os recursos são descentralizados para todos os câmpus, que mapeiam as cooperativas e produtores que podem fornecer esses alimentos e quais estão disponíveis na região. A Reitoria monta o cardápio e devolve ao câmpus para dar seguimento à chamada pública. Acontece também de câmpus próximos fazerem chamadas públicas conjuntas.

Este ano, até agosto foram distribuídos 82.343 quilos de frutas (principalmente banana, maçã e vergamota) e 17.576 quilos de panificados (pães, biscoitos, cucas ou bolos) aos estudantes matriculados no IFSC. 

A distribuição dos alimentos nos câmpus é feita pelas Comissões Locais de Alimentação Escolar. Essas comissões são formadas por servidores e alunos, todos voluntários. Inclusive, deixamos aqui o convite para que nossos estudantes participem das comissões e contribuam para uma alimentação ainda melhor nos câmpus!

Como a maioria dos câmpus ainda não dispõe de estrutura física ou pessoal para manipulação e armazenamento dos alimentos, os cardápios são bem enxutos. Alguns câmpus conseguem investir recursos próprios e contratar merendeira, ou adquirir equipamentos, como refrigeradores, o que possibilita a oferta de lanches um pouco mais elaborados.

2) Plano de Ação “Cantina Saudável”

O IFSC implementou algumas regras para contratação de cantinas nos câmpus, visando a promoção da alimentação saudável. 

Por exemplo, nos editais de contratação de cantina, há a exigência de desconto maior para alimentos considerados mais saudáveis, para que sejam mais acessíveis aos alunos. Algumas cantinas oferecem o “combo saudável”, mais barato que os demais alimentos oferecidos no dia.

Também houve uma mudança na legislação, que exige que as cantinas deixem de vender alimentos ultraprocessados (Instrução Normativa 2397, do Governo do Estado), e que vale para escolas até o ensino médio. Essa legislação ainda está em discussão no IFSC, visto que também temos cursos de graduação e pós-graduação, que não se enquadram nessa legislação.

-> IFSC Verifica: Todo alimento ultraprocessado é ruim?

3) Plano de Ação “Educação Alimentar e Nutricional” (EAN)

Este plano de ação tem como objetivo promover a educação alimentar no IFSC, como tema transversal em disciplinas e ações nos câmpus. Diversas campanhas já foram produzidas pelo IFSC para abordar o tema alimentação saudável.

-> Alimentação saudável: dicas e receitas para desenvolver bons hábitos

Nossa nutricionista Carolina reforça que a educação alimentar deve estar aliada ao fornecimento da “merenda”:

“A gente só consegue mudar o comportamento alimentar se tiver as duas coisas funcionando juntas”.

Projetos dos câmpus

Dois câmpus do IFSC têm opções diferentes no que diz respeito à alimentação escolar: o Câmpus Araranguá dispõe de um refeitório próprio e o Câmpus Florianópolis-Continente está desenvolvendo um projeto piloto para distribuição de lanche em parceria com a cantina.

O Câmpus Araranguá recebe o mesmo recurso que os outros câmpus, mas investiu com recursos próprios para construção do refeitório, contratação de nutricionista e demais profissionais. No refeitório, os alunos almoçam duas vezes na semana e lancham cinco vezes na semana nos três turnos, gratuitamente.

Já o projeto piloto do Câmpus Florianópolis-Continente está testando o fornecimento de lanche para os alunos por meio da cantina. A cantina adquire os alimentos e monta kits pré-estabelecidos pela nutricionista da Reitoria. 

Como a cantina dispõe de profissionais e local para armazenamento e manipulação de alimentos, pode haver maior diversificação do cardápio, como bebidas, lanches salgados ou doces, como sanduíches, tortas salgadas, bolos, vitaminas, entre outros. Além disso, pode fornecer lanches com proteínas, como preconiza o FNDE.

A situação ideal é que todos os câmpus tenham um refeitório em que os alunos possam ter o lanche e o almoço gratuitos. Assim, o setor de Alimentação Estudantil e todo o IFSC está trabalhando para melhorar cada vez mais o fornecimento da alimentação.

Alimentação é um direito do aluno

Os alunos devem pensar na alimentação escolar como um direito. Para isso, é preciso entender como funciona e reivindicar junto aos câmpus o fornecimento da alimentação escolar. 

A merenda não é apenas para quem é mais carente. Qualquer estudante que manifeste interesse tem direito à Alimentação Escolar. Para saber como recebê-la, entre em contato com a Comissão de Alimentação Escolar do seu câmpus.

Os alunos também podem contribuir para melhorar a alimentação escolar no IFSC conhecendo a legislação, mobilizando as lideranças estudantis e participando da elaboração da Política de Assistência Estudantil, que entre outros temas, vai tratar da atualização da resolução sobre alimentação escolar.

Ficou interessado? Procure a comissão do seu câmpus ou envie dúvidas e sugestões para o e-mail alimentacao@ifsc.edu.br.

Para mais informações sobre o PNAE e o PSAE, acesse a página de alimentação estudantil.

-> Perguntas frequentes: Tire suas dúvidas sobre a Alimentação Escolar no IFSC

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O que a Política tem a ver com você?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 18 out 2023 19:27 Data de Atualização: 18 out 2023 19:47

Muita gente pode ter crescido ouvindo a frase: “Política não se discute”. A polarização política que tomou conta do nosso País nos últimos anos deixou muitos exaltados, rompeu relações e afastou muitas pessoas desse assunto. Mas hoje estamos aqui - bem no clima paz e amor ✌️❤️ - para dizer que Política se discute sim (ou deveria ser discutida). Mas claro: com respeito à troca de ideias e  aos pensamentos divergentes.

Para isso, conversamos com a professora de sociologia do Câmpus Jaraguá do Sul - Centro, Mariana Guerino.

O que é Política?

De acordo com a professora Mariana, “política é uma construção histórica e social que diz respeito às disputas sobre rumos, decisões e definições de âmbito coletivo, sendo atravessadas por relações de poder”. 

E tem mais:

Definir política requer um olhar atento e questionador sobre as transformações sociais, sobre quem detém o poder e sobre quem não detém o poder em determinado tempo histórico - e seus porquês. Definir política requer uma atenção especial em como se conta uma história de vencedores e perdedores, sobre como se explicam as guerras, as invasões, as múltiplas formas de opressão e violência.

Por isso, para definir política, é preciso observar além da aparência imediata. Precisamos mobilizar nossos sentidos e acionar o dispositivo da coletividade, do diálogo, das histórias ancestrais para, nessa confluência e em sua diversidade, encontrar respostas.

E para quem acha que política é um assunto que só afasta as pessoas, nossa professora manda um recado:

Política também é aquilo que nos confunde e nos provoca a unir pessoas para induzir caminhos possíveis para todos os seres.

Por que é necessário ter uma estrutura política como os partidos?

A democracia representativa brasileira estabelece que cabe ao povo exercer a livre escolha de seus representantes, assim como incidir de forma direta sobre os rumos da produção legislativa e da formulação e execução das políticas públicas por meio de ações de movimentos sociais. Para ser um representante do povo e ter a chance de ser escolhido pelo povo, a pessoa candidata deve, obrigatoriamente, filiar-se a algum partido político registrado no Tribunal Superior Eleitoral. Os partidos políticos fazem parte do desenho democrático brasileiro e são garantidos pela Constituição Federal de 1988

Portanto, essa estrutura política dos partidos é necessária para sustentar o amplo debate sobre os distintos projetos de sociedade por eles propostos e para assegurar a democracia. 

-> Por que é importante votar? Leia este outro post do Blog do IFSC

É possível debater política sem manifestação partidária?

A estrutura dos partidos é muito antiga e tem a função de simbolizar o conjunto de premissas defendidas por um determinado grupo. Então é possível usar uma bandeira ou uma música de um partido, por exemplo, para se manifestar politicamente ou não, mas não há imposição ou regra nesse aspecto. Veja o que a professora Mariana nos explicou sobre isso:

A própria democracia se propõe a ser o espaço da diversidade, contanto que não haja discursos de ódio e de consequente eliminação de grupos. É preciso ter cautela nessa reflexão e perceber que atentar contra os partidos, ou mesmo reduzir a sua estrutura unicamente como mecanismos de corrupção, também é atacar a democracia. Precisamos reestabelecer laços mais fortes para construirmos caminhos mais inteligentes, no sentido de captar as relações políticas em sua complexidade.

Como debater política com respeito? 

Primeiro, precisamos ter a clareza que isso vai depender da concepção de política do tempo histórico em questão. Em ditaduras, por exemplo, não é permitido o debate.

No momento atual em que vivemos, a professora destaca que a relação entre classes sociais, de raça e de gênero precisa ser considerada para iniciar qualquer debate respeitoso sobre política - seja em relação ao Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo.

Em outras palavras: um debate político saudável é aquele que vai além das aparências e busca ampliar para questões que, por razões políticas, ficam ocultas. Conforme afirma Mariana:

Talvez não sejamos especialistas em nossos diálogos e muitas vezes podemos não encontrar respostas. Às vezes saímos com mais dúvidas do que quando chegamos e isso não é um problema. Um debate não é uma batalha onde há vencedores e perdedores. Um debate saudável não se presta a isso, mas sim ao movimento das histórias, da troca, ao compartilhamento de experiências e à dinâmica da vida política. O que escapa a isso, não é debate, é discurso de ódio.

Qual o papel das instituições de ensino na discussão política? 

Se pensarmos em uma instituição como o IFSC, a própria instituição funciona como um exemplo de gestão democrática. E não só a gente. De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituições de ensino devem funcionar de acordo com a gestão democrática, com eleições periódicas de seus representantes, com a participação estudantil, garantindo a qualidade em todos os níveis, no sentido de conduzir uma formação crítica e participativa. 

-> O que é o Conselho Superior? Quais são as funções desse colegiado?

Para além da estrutura hierárquica do IFSC, existem também os movimentos estudantis, que são espaços de discussão política, uma vez que mobilizam o diálogo sobre os rumos e as decisões relativas à comunidade escolar.

-> Representações estudantis no IFSC: veja como participar

Dentre os princípios da Educação, a LDB também aponta o respeito à liberdade e o apreço à tolerância. E um destaque feito pela nossa professora:

É importante saber que tolerar não é aceitar, afinal quem tem o poder de aceitar ou não o outro? Trata-se aqui da convivência na diversidade e da diversidade entendida como uma potência e não como um problema. Essa concepção se refere ao princípio constitucional de pluralismo de ideias.

Debatendo sobre Política

Enquanto instituição de educação, o IFSC promove várias possibilidades para seus estudantes e comunidade debaterem a política. Um exemplo bem bacana é o "Debatendo sobre Política", um projeto de extensão do Câmpus Jaraguá do Sul - Centro que tem o objetivo de proporcionar reflexões sobre o papel dos cidadãos na política e na vida pública.

Criado durante o ano eleitoral de 2022 pelo jornalista do IFSC Daniel Augustin Pereira, o projeto organiza debates (on-line ou presenciais) com a participação de pesquisadores, políticos, figuras públicas e especialistas em áreas específicas, sempre discutindo temas ligados direta ou indiretamente à política. 

Leia o que o Daniel nos contou sobre o projeto:

Naquele ano, percebi que muitas pessoas tinham grande interesse em assuntos particulares mas, quando havia oportunidade de fazer a conexão desses assuntos com o mundo da política, vinham com o famoso "Ah não, não vamos falar de política porque uma coisa não tem ligação com a outra". E foi justamente para mostrar a ligação da política - não apenas a política partidária, mas o termo num sentido mais amplo - com todas as áreas da nossa vida - que organizei a primeira edição do projeto. Buscamos incentivar as pessoas a conversarem com seus conhecidos sobre os impactos de nossas escolhas políticas no cotidiano da sociedade, ao invés de simplesmente virar a cara quando alguém apenas mencionar o termo "política".

-> Assista ao debate “Política e vida estudantil: o que eu tenho a ver com isso?”

E se você é uma das pessoas que revira os olhos ao ouvir o termo “política”, te convidamos a assistir aos debates promovidos por este projeto que abordou temáticas como religião, futebol, maternidade, racismo, gênero e muito mais:

Live 1: "Política, educação e violência: os crescentes ataques nas escolas"

Live 2: "Política e religião"

Live 3: "Política e poder judiciário"

Live 4: "Política e criação de filhos"

Live 5: "Política e o direito à moradia"

Live 6: "Política e a comida na mesa dos brasileiros"

Live 7: "Política e representação racial"

Live 8: "Política, mulheres e hipersexualização"

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Quem foi Nilo Peçanha?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 20 set 2023 08:12 Data de Atualização: 20 set 2023 08:34

A gente brinca por aqui que o Nilo Peçanha é nosso pai, porque foi ele que, enquanto presidente da República, criou - por meio do decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909 - 19 Escolas de Aprendizes Artífices no Brasil - que deram origem aos nossos Institutos Federais de hoje. O IFSC surgiu a partir da Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina.  

Mas, afinal, quem foi este tal de Nilo Peçanha que sempre citamos quando falamos da nossa história? Neste mês em que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica completa 114 anos, queremos contar um pouco da história dessa personalidade importantíssima para a Educação Profissional e Tecnológica no Brasil: o fluminense Nilo Procópio Peçanha, presidente da República entre 1909 e 1910. Hoje o post do Blog do IFSC é todo sobre ele.

Quem foi Nilo Peçanha?

Nascido em Campos dos Goytacazes, município situado no norte do estado do Rio de Janeiro, em 2 de outubro de 1867, Nilo Peçanha veio de uma família modesta. O pai, o padeiro Sebastião de Souza Peçanha, legou ao filho a valorização do trabalho digno e honesto. Já a mãe, Joaquina Anália de Sá Freire, incentivou em Nilo Peçanha o gosto pelos estudos. Ele recebeu sua educação básica no Liceu de Humanidades de Campos e, aos 20 anos, já havia se formado bacharel na prestigiada Faculdade de Direito do Recife (PE).

Abolicionista, republicano, democrata e liberal, Nilo Peçanha teve participação intensa no cenário político do Brasil que saía da monarquia, implementava a república e tinha abolido a escravidão havia apenas duas décadas. Criou e presidiu, por exemplo, o Clube Republicano em sua cidade natal. Foi deputado constituinte entre 1890 e 1891, deputado federal, senador e presidente do estado do Rio de Janeiro – cargo então equivalente ao atual governo do estado. Ocupava a vice-presidência do Brasil quando o titular, Afonso Pena, veio a falecer, em 1909. Foi assim que Nilo Peçanha tornou-se o primeiro e único presidente negro do Brasil.


 

Sua atuação no curto período de governo – ao todo, foram 17 meses – foi marcada por ações como a reorganização do Ministério da Agricultura e a criação do Serviço de Proteção ao Índio, sob a direção do então tenente-coronel Cândido Rondon. Mas é em função da criação da rede de Escolas de Aprendizes Artífices em todo o país que Nilo Peçanha se tornou o patrono da Educação Profissional e Tecnológica.

-> Conheça melhor a educação profissional e tecnológica e entenda por que ela é uma boa escolha

Para o professor Paulo Roberto Wollinger, estudioso da educação profissional e tecnológica e professor aposentado do IFSC, Nilo Peçanha pode ser considerado um herói nacional:

“Ele criou escolas técnicas que ensinavam as letras e as artes, ou a formação propedêutica e a profissional. Também criou a primeira ação inclusiva, ou norma de cotas, na educação brasileira, pois queria garantir que os pobres tivessem acesso a uma escola de qualidade.”

Já a criação do Serviço de Proteção ao Índio foi uma iniciativa pioneira de valorização e respeito às populações indígenas, assunto que permanece em pauta ainda hoje, como comenta o professor Wollinger:

“Foi a primeira vez que o governo brasileiro assumiu com uma política pública que os povos indígenas eram importantes e precisavam ser respeitados, isso depois de mais de 400 anos de extermínio.”

No início do século 20, o Brasil era um país eminentemente rural, com 67% dos cerca de 21 milhões de habitantes morando em áreas rurais. O acesso à educação era restrito às elites. As famílias com algum poder aquisitivo mandavam os filhos estudarem em grandes centros, como São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, em especial nas escolas confessionais (religiosas). Quem era realmente rico estudava na Europa. Além disso, a abolição da escravidão resultou num imenso contingente de pessoas negras, ex-escravizadas, que não tinham acesso à educação nem eram capacitadas para o trabalho, e que se dirigiam em massa para as cidades em busca de oportunidades de vida. Nesse cenário, o Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, que criou as Escolas de Aprendizes Artífices, surge como marco de uma política pública educacional voltada às populações menos favorecidas.  Conforme analisa Wollinger:

“Nilo Peçanha tinha essa clareza. Ele era pobre, negro, filho de trabalhadores e tinha essa visão de inclusão, a noção de que ter um trabalho, saber um ofício, era uma conquista de vida. Só que a maioria das pessoas que tinham acabado de sair da escravidão não tinham recurso nenhum. Não receberam ajuda como aconteceu com os imigrantes europeus que vieram trabalhar no Brasil. E foi essa a revolução que ele começou quando criou as 19 escolas de aprendizes artífices, uma em cada estado brasileiro [na época só havia 19 estados]. Modelo que foi depois copiado em vários estados da federação, com a criação de escolas técnicas com educação propedêutica e profissional. Nilo Peçanha criou um modelo de educação genial para a autonomia da classe trabalhadora”.

O idealizador da primeira configuração daquilo que hoje é a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica tinha clareza do quanto seu projeto podia contribuir para o futuro do país. Após deixar o cargo, ele viajou à Europa para conhecer o modelo de educação profissional praticado por lá, constatando a importância desse tipo de ensino no desenvolvimento daqueles países. Suas impressões ficaram registradas no livro “Impressões da Europa: Suíça, Itália e Espanha”, que Peçanha publicou em 1912 pela editora francesa N. Chini & Cia. Éditeur.

Portador de um raro exemplar da publicação, garimpada em um sebo, o professor Paulo Wollinger destaca um trecho do texto em que Nilo Peçanha aborda a “instrução profissional” como solução de êxito para os problemas sociais. Ele escreve:

“É neste terreno que já se começa a medir o poder das nações. E no que nos diz respeito, se quando exerci a Presidência da República já conhecesse a extensão dos seus resultados, ao invés dos vinte [sic] institutos profissionais que fundei nas capitais dos Estados, teria certamente criado duzentos, e aliás com outro desenvolvimento, tão profunda será a sua influência na formação do caráter do povo e nos destinos do Brasil.”


 

Hoje, a Rede que se desdobrou após as sucessivas transformações institucionais das ancestrais Escolas de Aprendizes Artífices tem, em todo o país, 680 unidades e 1,5 milhão de estudantes matriculados em 11 mil cursos. E continua promovendo a inclusão, transformando vidas e ajudando na construção do país. Algo que, sem dúvida, traria muito orgulho ao nosso patrono.

Aliás, Nilo Peçanha é tão importante na nossa história que dá nome à plataforma que traz os dados da Rede Federal: Plataforma Nilo Peçanha.

História do IFSC

E agora que você já sabe a história do nosso patrono, pode conhecer também melhor a história do IFSC:

-> Navegue pela linha do tempo do IFSC
-> Acesse a versão digital do livro “Da Escola de Aprendizes de Artífices ao Instituto Federal de Santa Catarina” de Alcides Vieira de Almeida
-> Memórias IFSC: assista a reportagens sobre a história do IFSC

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Engenharia no IFSC? Temos!

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 23 ago 2023 09:05 Data de Atualização: 23 ago 2023 09:25

Muita gente ainda associa o IFSC aos cursos técnicos. E sim, nossos cursos técnicos correspondem a mais da metade da nossa oferta de vagas. Mas um dos objetivos dos Institutos Federais também é ministrar em nível de educação superior cursos de graduação, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento.

Neste post, vamos apresentar nossos cursos de engenharia, que são classificados - dentre os cursos de graduação - como cursos de bacharelado. O bacharelado é um curso superior generalista, de formação científica ou humanística, que confere ao diplomado competências em determinado campo do saber para o exercício de atividade profissional, acadêmica ou cultural, com o grau de bacharel.

-> Qual a diferença entre Bacharelado, Curso Superior de Tecnologia e Licenciatura? 

Quais os cursos de engenharia do IFSC?

O primeiro curso de engenharia oferecido pelo IFSC foi o curso de Engenharia de Controle e Automação do Câmpus Chapecó. Na sequência, vieram os cursos de Telecomunicações do Câmpus São José e os de Engenharia civil, Eletrônica, Elétrica e Mecatrônica do Câmpus Florianópolis - que neste ano completam 10 anos.

Atualmente, também temos cursos de Engenharia em Caçador, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, São Carlos, Urupema e Xanxerê. Em muitos lugares, nossos cursos de engenharia foram os primeiros gratuitos da região.

Veja abaixo os cursos de engenharia que temos atualmente nos nossos câmpus:

Engenharia Civil
-> Conheça o curso do Câmpus Criciúma
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Conheça o curso do Câmpus São Carlos

Engenharia de Alimentos
-> Conheça o curso do Câmpus Urupema

Engenharia de Controle e Automação
-> Conheça o curso do Câmpus Chapecó

Engenharia de Produção
-> Conheça o curso do Câmpus Caçador

Engenharia de Telecomunicações
-> Conheça o curso do Câmpus São José
-> Assista à reportagem e conheça melhor este curso

Engenharia Elétrica
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Conheça o curso do Câmpus Itajaí
-> Conheça o curso do Câmpus Joinville
-> Conheça o curso do Câmpus Jaraguá do Sul - Rau

Engenharia Eletrônica
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis
-> Assista à reportagem e entenda melhor este curso

Engenharia Mecânica
-> Conheça o curso do Câmpus Jaraguá do Sul - Rau
-> Conheça o curso do Câmpus Joinville
-> Conheça o curso do Câmpus Xanxerê

Engenharia Mecatrônica
-> Conheça o curso do Câmpus Criciúma
-> Conheça o curso do Câmpus Florianópolis

Engenharia Química
-> Conheça o curso do Câmpus Lages

Muitos dos nossos cursos de engenharia possuem o conceito máximo do MEC e contribuíram para que o IFSC fosse considerado o melhor instituto federal do País pela sexta vez. 🏅

Como ingressar em um curso de engenharia do IFSC?

A seleção dos candidatos se dá por meio do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, que utiliza as notas do Enem ou pelo vestibular que, neste ano, será mais uma vez unificado com a UFSC. Inclusive, o edital com as vagas disponíveis será publicado no dia 29 de agosto. 

-> Vejas as informações sobre o vestibular unificado 

Para iniciar o curso de engenharia, é preciso ter concluído o Ensino Médio até a data de matrícula.

-> Deixe seu e-mail aqui e receba um aviso quando estivermos com inscrições abertas

Dupla Titulação

Para quem faz alguns cursos de engenharia no IFSC, há uma oportunidade muito bacana de intercâmbio. É o nosso programa de Dupla Titulação. Por meio dele, os estudantes têm a possibilidade de estudar um ano em Portugal. Ao final dos estudos, o aluno obtém duas titulações: a de bacharel no Brasil e a de mestre em Portugal.

Atualmente, o IFSC mantém acordos de Dupla Titulação com o Instituto Politécnico do Porto (ISEP) e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para receber alunos dos cursos de Engenharia Elétrica do Câmpus Florianópolis e de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages. Mais recentemente, foi firmada também parceria com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), voltada a estudantes do curso de Viticultura e Enologia do Câmpus Urupema.

Os alunos interessados em participar do programa precisam se inscrever no processo seletivo quando for publicado o edital de vagas abertas.

Entenda melhor o programa no vídeo abaixo em que dois alunos compartilham sua experiência:

Estude no IFSC

E aí, curtiu? 

É sempre bom lembrar que, além dos cursos de engenharia, temos outros cursos de graduação, técnicos, de qualificação profissional e de pós-graduação. Inclusive, neste momento, estamos com inscrições abertas para cursos gratuitos de qualificação profissional e de idiomas.

-> Como posso estudar no IFSC?

Com certeza, temos um curso para você!

-> Quem pode estudar no IFSC? 

Venha ser IFSC!

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Qual a diferença entre os tipos de eventos?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 09 ago 2023 09:12 Data de Atualização: 09 ago 2023 09:53

Além de oferecer cursos, promovemos muitos eventos. Acabamos de realizar a 10ª edição dos jogos do IFSC, nosso querido JIFSC. No primeiro semestre, tivemos a 9ª edição do nosso Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, o Sepei. Mas já divulgamos palestras, colóquios, seminários, debates, audiências, aulas magnas… E, afinal, por que há tantos termos para divulgar nossos eventos? Qual a diferença entre eles? No post de hoje, vamos explicar melhor cada um.

Para isso, recorremos ao Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica Tecnológica.

Vamos lá?

O que é um evento?

Conforme consta na Política de Comunicação do IFSC:

Eventos são acontecimentos previamente planejados com objetivos pré-definidos. Na perspectiva da comunicação, sua função está ligada ao relacionamento com públicos específicos, para fortalecer a identidade e consolidar a imagem institucional. 

E por que você acha que fazemos eventos? Por que é divertido? Por que gostamos de ter trabalho? De interagir com as pessoas? Todas as alternativas anteriores. 😅

Aqui no IFSC, planejamos, organizamos, promovemos e apoiamos um conjunto amplo e diversificado de eventos com o objetivo de estabelecer interação com nossos públicos. 
Por reunirem, em um mesmo momento, uma grande diversidade de pessoas, nós consideramos que os eventos devem ser considerados como uma oportunidade de comunicação da instituição com os seus públicos estratégicos.

Inclusive, o entendimento de eventos como ações de comunicação que fortalecem a identidade e consolidam a imagem institucional consta na Política de Comunicação do IFSC - que, inclusive, tem um capítulo todo dedicado à Gestão Profissional de Eventos.

(Sabia que, para um evento ser realizado, o trabalho começa muito antes? Este último JIFSC, por exemplo, exigiu pelo menos seis meses de preparação. É um trabalho de bastidor e tanto como mostramos por aqui!)

Tipos de eventos

Há muitas classificações para eventos. Vamos destacar os principais tipos que temos por aqui com as definições apresentadas no Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica Tecnológica e mencionando exemplos do que já tivemos por aqui:

ASSEMBLEIA

Tipo de reunião que conta com a participação de delegações representantes de grupos, estados e países com o objetivo de debater assuntos de interesse comum e construir um posicionamento do grupo.

-> Colegiado acompanha decisão de assembleia e Câmpus Chapecó terá novos cursos em 2023

AUDIÊNCIA

Objetiva discutir um tema de interesse público, apresentado por um ou mais coordenadores, e aberto à discussão para os demais presentes. A audiência deve gerar uma ata com as contribuições dos participantes.

-> Servidores e estudantes podem se inscrever para serem delegados em audiência pública sobre Estatuto do IFSC

AULA INAUGURAL

Primeira aula de um curso ou de um dos seus semestres. Ministrada por convidado especial ou não.

-> Inovação e criatividade é tema de aula inaugural do curso de Licenciatura em Matemática

AULA MAGNA

Aula ministrada por autoridade de renome. Difere-se da aula inaugural por poder ser ministrada em qualquer período e para toda a instituição. 

Em sua origem, a Aula Magna só poderia ser ministrada pelo(a) Reitor(a), mas o guia da Rede Federal admite que a Aula Magna seja ministrada por qualquer pessoa, convidada pelo(a) Reitor(a) ou pelo (a) diretor(a).

-> Enfermagem aborda experiências de intercâmbio em aula magna

COLÓQUIO

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico por autoridade de renome com notório saber no assunto.

-> IFSC realiza colóquio internacional sobre evasão escolar em novembro

CONCURSO

Chamada competitiva que visa estimular os participantes a alcançar objetivos e metas, a partir de critérios determinados com antecedência.

-> Inscrições para concurso público do IFSC são prorrogadas até 6 de junho

CONFERÊNCIA

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico, por autoridade em determinado assunto, para um grande número de pessoas. Mais formal do que a palestra, exige a presença de um presidente de mesa, que fará a apresentação do conferencista. As perguntas deverão ser feitas ao final do evento. Também pode caracterizar um grande evento, pautado na democracia participativa, em que diversos segmentos da sociedade debatem, por meio de metodologia específica, políticas relativas aos temas pré-determinados e com o objetivo de analisar e votar o Relatório Nacional Consolidado. Os debates sobre o tema e os eixos temáticos da Conferência são conduzidos, normalmente, em etapas: Municipal, Estadual e Nacional, com base em Documento Orientador elaborado pela organização.

-> IFSC organiza conferência internacional sobre aprendizagem

CONGRESSO

Reunião formal e periódica de grupos profissionais com interesses comuns, organizado por entidade de classe.

-> IFSC realiza 4º Congresso Internacional de Mobilidade em abril

DEBATE

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a discussão entre os dois grupos formados por número igual de pessoas, com opiniões opostas em torno do tema principal, podendo ter a participação da plateia.

-> Candidatos a reitor participam de último debate

EXPOSIÇÃO/MOSTRA

Evento que tem como objetivo exibir produtos, técnicas e serviços científicos, tecnológicos, acadêmicos, culturais, sociais e que não prevê comercialização de produtos.

-> Mostra de Design IFSC tem programação até esta quinta-feira

ESPETÁCULO

Evento com apresentações que envolvem uma ou mais manifestações artísticas, de teatro, circo, dança, música ou audiovisual. 

-> Grupo de teatro do Câmpus Canoinhas estreia espetáculo “A Farsa do Panelada” nessa sexta

FEIRA

Evento que tem como objetivo expor e/ou comercializar produtos, além de demonstrar serviços. Objetiva ainda estabelecer relações entre participantes e expositores.

-> Abertas inscrições para a Feira de Inovação do Sepei 2023

FÓRUM

Evento caracterizado pelo debate entre os participantes, com troca de informações e discussões. O fórum deve ser construído coletivamente, com a participação de instituições ou pessoas que se relacionam com a área em questão.

-> IFSC sedia Fórum das Comissões de Heteroidentificação do Oeste catarinense

JORNADA

Reunião, com duração de apenas um dia, que envolve profissionais de determinadas áreas de conhecimento, visando ao tratamento prático de um tema específico. A programação pode incluir palestras, painéis, oficinas, demonstração de casos, entre outros.

-> Jornada Portas Abertas fortalece integração com a comunidade

MESA-REDONDA

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a discussão, normalmente entre duas ou mais pessoas, para que elas se mantenham em torno do tema principal. Após a exposição do tema, os participantes são levados a debater entre si os vários pontos de suas teses, podendo haver a participação dos assistentes, na forma de perguntas.

-> Mesa-redonda discute o papel da gastronomia na promoção da soberania e da segurança alimentar

OFICINA (WORKSHOP)

Apresentação de tema seguido por atividade prática, troca de experiências sobre uma tarefa, assunto, sistema ou uma área de especialização, na qual os participantes aplicam as informações recebidas.

-> PET Design promove oficinas sobre criatividade e portfólio

PAINEL

Evento preparado e conduzido por um coordenador, que pode ser denominado presidente e que atua como elemento moderador, orientando a apresentação de experiências e opiniões de duas ou mais pessoas sobre o tema, podendo ter a participação da plateia.

-> Professora do Câmpus Itajaí participa de painel temático sobre mudanças climáticas, proteção dos oceanos e ecossistemas marinhos

PALESTRA

Apresentação de um tema informativo, técnico ou científico por pessoa com domínio sobre determinado assunto.

-> Palestra da influencer Rita von Hunty marca semana pedagógica do IFSC

SEMANA

Designa um período em que ocorrerão eventos - que podem ser variados (palestras, seminário, feira). O objetivo é colocar em pauta determinado assunto.

-> Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ofertará palestras sobre despoluição e inovação em SLO

SEMINÁRIO

Promoção de conjunto de discussões, estando os expositores em um mesmo patamar de conhecimento que a plateia.

-> Maior evento científico do IFSC começa nesta segunda, em Joinville

SIMPÓSIO

Apresentação de um tema de grande interesse, técnico ou científico, em que tanto os explanadores quanto a plateia são especialistas no assunto. Deve haver um coordenador que apresentará considerações, sintetizando as discussões - posteriormente transformadas em documento.

-> Simpósio Catarinense do Campo à Mesa recebe submissão de trabalhos

Cursos de Eventos

E aí, gostou desse assunto? Sabia que temos um curso técnico em Eventos, ofertado pelo Câmpus Florianópolis-Continente? Também ofertamos eventualmente cursos de qualificação profissional na área.

Nesta reportagem, mostramos melhor a atuação do técnico em Eventos:

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O que é o Qualis Capes?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 26 jul 2023 10:48 Data de Atualização: 09 ago 2023 09:34

Uma das tarefas mais importantes do trabalho científico é compartilhar e validar os resultados obtidos, fazendo o conhecimento circular e tornando-o disponível para a sociedade. Entre as maneiras de promover essa circulação de conhecimento, uma das mais importantes é a publicação em periódicos científicos. O processo de submissão, avaliação e aceite para publicação envolve uma série de análises feitas por cientistas daquela área de conhecimento, o que garante e valida a qualidade e a relevância dos achados compartilhados dessa forma. 

-> Pesquisa em periódicos on-line: a gente traduz pra vocês!

Na hora de escolher um periódico para submeter um trabalho, você provavelmente já ouviu a recomendação de priorizar revistas com “Qualis bom”. Publicar num periódico que esteja nos estratos A do Qualis é o sonho de todo pesquisador. Mas por que isso ocorre? Ou melhor: esse critério deve realmente ser priorizado?

Para te ajudar nessa reflexão, vamos explicar neste post o que é o tal Qualis Capes

⚠ Spoiler: ao terminar de ler, você vai entender por que o Qualis não deve ser o único fator de escolha na hora de submeter um artigo.

O que é o Qualis?

Conforme consta no site da Capes - que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior, um órgão do Ministério da Educação que atua na expansão e melhoria da pós-graduação no Brasil: 

O Qualis Periódicos é uma das ferramentas utilizadas para a avaliação dos programas de pós-graduação no Brasil. Tem como função auxiliar os comitês de avaliação no processo de análise e de qualificação da produção bibliográfica dos docentes e discentes dos programas de pós-graduação credenciados pela CAPES. Ao lado do sistema de classificação de capítulos e livros, o Qualis Periódicos é um dos instrumentos fundamentais para a avaliação do quesito produção intelectual, agregando o aspecto quantitativo ao qualitativo.

-> Entenda também neste artigo o que não é Qualis

Conversamos com o pedagogo Valdeci Reis, que atuou na Coordenadoria de Publicações do IFSC até o início deste ano e também foi editor-chefe da Caminho Aberto – Revista de Extensão do IFSC. Ele explicou que, embora os periódicos situados em estratos mais elevados do Qualis sejam considerados superiores, esse não deve ser o principal foco do pesquisador ao preparar sua submissão:

“Um primeiro ponto importante que deve ser esclarecido é que, embora o Qualis seja um selo de qualidade muito importante e visado pela comunidade acadêmica, ele se refere a uma avaliação da pós-graduação.”

Ou seja: quando uma revista recebe o Qualis A1, isso não significa que ela seja uma revista boa “em si”. Mas sim que uma série de pesquisadores vinculados a programas de pós-graduação bem avaliados tiveram seus trabalhos publicados nela, o que acaba por situá-la nesse estrato elevado. 

O processo é complexo. A cada quatro anos, a Capes realiza a chamada “coleta Capes”. Essa “coleta” consiste na organização de informações de todos os programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), para avaliação de qualidade. Entre essas informações, algumas das mais importantes são aquelas ligadas à produção científica – o que inclui as publicações de professores e alunos de pós-graduação em periódicos científicos.

-> Qual a diferença entre pós-graduação lato sensu e stricto sensu?

Nos últimos anos houve várias mudanças na definição desses estratos. A classificação mais recente inclui nove níveis: A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4 e C. A forma como se dá a atribuição está explicada neste documento da Capes.

-> Veja a metodologia do Qualis de acordo com a Capes

Para que um periódico tenha Qualis, portanto, é preciso que os programas de pós-graduação de origem dos autores que publicaram nesse periódico tenham enviado as informações à Capes, no momento de coleta de dados para a avaliação dos programas. Os critérios de avaliação de cada área podem variar um pouco, mas em geral o que se leva em conta na atribuição do estrato vai desde a vinculação institucional dos pesquisadores autores até aspectos editoriais – como a manutenção da periodicidade. 

Um ponto muito importante é que não haja endogenia – ou seja, que o periódico daquela instituição publique uma quantidade maior de artigos de autores de outras instituições, e não da própria instituição onde está o programa de pós-graduação responsável pela revista. Também são levados em conta aspectos como número de citações e indexação em bases de dados científicos. Tudo isso parece muito burocrático, mas a finalidade é sempre promover a circulação do conhecimento científico.

Com isso, dá para entender que uma revista com Qualis A1 não necessariamente vai ficar sempre nesse estrato. Entre uma coleta e outra, há possibilidade de que a diversidade de pesquisadores publicados diminua, ou que a equipe editorial opte por priorizar publicações de autores do próprio programa, por algum motivo. A estratificação sempre vai ser resultado do cenário informado na coleta.

Por que o método Qualis pode ser problemático? 

O pedagogo Valdeci Reis observa que a não compreensão de que o Qualis é uma avaliação atrelada aos programas de pós-graduação pode resultar em equívocos: 

“O Qualis é uma avaliação que acontece exclusivamente no âmbito da pós-graduação. Mas há um leque de revistas científicas no país que têm outro foco, não estando vinculadas a programas de pós-graduação, mas que igualmente cumprem uma função social muito importante na difusão do conhecimento científico e na formação de jovens pesquisadores. Essas revistas vão ter um mau desempenho no Qualis porque elas não estão vinculadas a nenhum programa de pós-graduação”.

Essa problemática pode ser observada nas revistas de Extensão, que são essencialmente transdisciplinares, e em publicações como a Revista Técnico-Científica do IFSC, que é voltada ao público de jovens pesquisadores. 

“Essa é uma reflexão institucional que precisa ser feita. Vamos priorizar as publicações de pesquisadores de pós-graduação nas nossas revistas, visando o Qualis?” 

Em publicações exclusivas para pesquisadores de mestrado e doutorado, os jovens pesquisadores de cursos técnicos ou de graduação, além dos extensionistas, não teriam espaço.

Por tudo isso, é bom ter clareza de que, sim, é interessante “emplacar” publicações em periódicos com bom Qualis, mas isso não quer dizer necessariamente que eles sejam a revista mais adequada para o seu artigo. Uma dica é buscar periódicos de outras regiões do país e que tenham alinhamento com a sua temática de estudo – independentemente de Qualis – e que também sejam indexados em bases de dados científicos. Considerar essas características ao enviar uma submissão podem aumentar bastante a chance de aceite de seu artigo – que vai contar pontos no seu currículo, contribuir para sua formação e fazer o conhecimento circular efetivamente.

-> Saiba mais sobre o Qualis Capes na Plataforma Sucupira
-> Leia mais sobre os critérios de atribuição do Qualis Capes

E aí? Ficou mais claro agora o que é essa tal de Qualis?

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Polo de inovação do IFSC: entenda como funciona

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 12 jul 2023 09:31 Data de Atualização: 18 jul 2023 16:30

Você já ouviu falar que temos um polo de inovação aqui no IFSC? Ou que temos uma Unidade Embrapii? Não faz ideia do que estamos falando ou achava que era tudo a mesma coisa? 

Pois chegamos com o post de hoje justamente para esclarecer essas dúvidas. Para isso, conversamos com o diretor-geral do Polo de Inovação do IFSC, Robinson Pizzio, e com o coordenador de Gestão de Projetos, Felipe Cintra Braga

Para começar, é importante destacar que nós, enquanto instituto federal, temos como objetivo desenvolver soluções técnicas e tecnológicas. Isso está previsto na lei nº 11.892/2008, que criou os institutos federais. Portanto, nascemos para inovar!

-> Conheça o histórico do IFSC e navegue pela linha do tempo da instituição

O que é uma inovação?

A Política de Inovação do IFSC, aprovada e publicada no mês passado, traz o seguinte conceito de inovação:

“Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho”.

O diretor-geral do Polo de Inovação do IFSC esclarece que o Polo trabalha com a inovação tecnológica: 

A gente sempre tem o intuito que esse novo tenha um objetivo específico e venha a contribuir com a população ou com alguma indústria específica. Nós, enquanto Polo de Inovação, temos por determinação legal, inclusive, a ação na linha da inovação tecnológica. 

O que é o Polo de Inovação do IFSC?

O Polo de Inovação do IFSC é uma unidade administrativa diretamente ligada à Reitoria que tem como proposta o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica em qualquer área, desde que haja capacidade de recursos humanos e infraestrutura disponível na instituição.

Veja no vídeo abaixo como funciona o Polo de Inovação do IFSC e os benefícios que alunos e servidores têm ao participar de projetos desenvolvidos na estrutura:

O que é a Unidade Embrapii do IFSC?

O Polo de Inovação e a Unidade Embrapii do IFSC são duas coisas diferentes. Mas primeiro é preciso entender o que é essa tal de Unidade Embrapii. 

Embrapii é a sigla para Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o MCTI. A Embrapii oferece a empresas nacionais que desejam inovar recursos não reembolsáveis e um ecossistema de 96 unidades, que são centros de pesquisas de todo o país.

-> Conheça as Unidades da Embrapii em todo o país

Desde 2018, o IFSC conta com uma unidade da Embrapii. Instalada no Câmpus Florianópolis, a unidade faz parte do Polo de Inovação do IFSC e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas. Atualmente a Unidade Embrapii do IFSC conta com 93 pesquisadores e 15 laboratórios credenciados. Mais de 60 alunos já participaram de projetos na unidade.

-> Leia a reportagem sobre os cinco anos da Unidade Embrapii do IFSC

Cada unidade da Embrapii pode atuar em uma área de competência. No caso do IFSC, essa área é Sistemas Inteligentes de Energia. E, dentro dessa área, existem quatro linhas de atuação:

- Desenvolvimento de Sistemas Informatizados para Gerenciamento de Mercados de Energia
- Fontes Renováveis de Energia
- Eficiência Energética e Redes Elétricas Inteligentes
- Mobilidade Urbana
 

Isso significa que os projetos desenvolvidos pela Unidade Embrapii do IFSC precisam necessariamente estar relacionados a essa grande área de competência e a uma das quatro linhas de atuação. A unidade pode realizar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; complementar a formação profissional para estudantes e pesquisadores; prestar serviços tecnológicos e criar protótipos e produtos inovadores; e realizar pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico, consultoria e assessoria técnica. 

Quer um exemplo de tecnologias já desenvolvidas pela Unidade Embrapii do IFSC? 

- sistemas informatizados para o planejamento, comercialização e otimização do mercado de energia; 
- desenvolvimento de sistema de alto desempenho para monitoramento de grupos geradores de energia elétrica; 
- otimização de desempenho de sistemas de geração eólica; 
- desenvolvimento de sistemas especialistas para apoio a operadores de usinas de geração de energia elétrica; 
- e desenvolvimento de software para modelagem e predição de geração de energia elétrica em parques eólicos, dentre outros.

Além disso, a Unidade Embrapii participa de outras duas redes - o que amplia um pouco mais a gama de atuação. São elas:

- Rede de Inovação em Mobilidade, Logística e Descarbonização
- Rede MCTI/Embrapii de Tecnologias de Inovação Digital

Como funciona o trabalho da Unidade Embrapii?

A Embrapii atua para conectar as empresas e as instituições de pesquisa e inovação, com foco no compartilhamento do risco na fase pré-competitiva da inovação. Ao compartilhar riscos em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com as empresas, a Unidade Embrapii facilita ao setor industrial empreender e inovar por meio de parcerias público-privadas. Os projetos podem ser negociados pelas empresas diretamente com a unidade, a qualquer momento, sem esperar um edital.

Para acessar esse serviço, é preciso apresentar um desafio tecnológico em fase pré-competitiva que possa encontrar solução nas competências da Unidade Embrapii e dispor de contrapartida financeira mínima ao projeto de PD&I, negociável, conforme o porte e ramo empresarial, entre outros fatores.  As empresas devem participar financeiramente com pelo menos um terço do valor total do projeto.

No infográfico abaixo, é possível entender melhor este modelo de parceria:

Infográfico com dados da Unidade Embrapii do IFSC
 

Polo de Inovação X Unidade Embrapii

A Unidade Embrapii faz parte do Polo de Inovação do IFSC. No entanto, diferentemente do Polo que pode atuar em projetos de diversas áreas, a Unidade Embrapii do IFSC só pode ter projetos relacionados à área de Sistemas Inteligentes de Energia, que é a que o IFSC foi outorgado para atuar. 

Tanto o Polo de Inovação quanto a Unidade Embrapii têm como foco principal a atuação junto à indústria nacional, mas principalmente catarinense, para alavancar a curva de industrialização.

Quem pode participar do Polo de Inovação?

Os projetos desenvolvidos pelo Polo envolvem equipes multidisciplinares. Todo projeto é coordenado por um servidor do IFSC - que pode ser um docente ou um técnico-administrativo, desde que seja um pesquisador credenciado. De tempos em tempos, o Polo de Inovação do IFSC abre chamadas para credenciar novos pesquisadores. A mais recente credenciou mais 56 novos pesquisadores para as áreas da Unidade Embrapii - totalizando 93 profissionais. 

Como pesquisadores da Unidade, os servidores podem integrar equipes de desenvolvimento de projeto, realizando atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação. Fazem parte ainda das atividades de pesquisador, a orientação dos discentes envolvidos nos projetos; a promoção e participação de comissões de organização de eventos no âmbito da Unidade Embrapii; a coordenação de projetos e a realização de prospecção.

Os alunos do IFSC também podem participar do Polo de Inovação do IFSC como bolsistas ou voluntários. Quando há bolsas disponíveis, a divulgação é feita na página do Polo no Portal do IFSC e no LinkedIn.

O diretor-geral do Polo, professor Robinson, nos destacou a oportunidade que é para os alunos participarem de projetos no Polo ou na Unidade Embrapii do IFSC:

Todo o aluno, bolsista ou não, está inserido em um contexto tecnológico do qual pouquíssimas empresas poderiam propiciar isso a ele num contexto nacional. Eu diria mais: se nós formos pensar em alunos bolsistas, estagiários dentro de uma empresa - o que seriam o equivalente - nós teríamos um contexto muito propício para um aprendizado enorme desses alunos aqui nos nossos projetos dentro do polo que possivelmente não seria alcançado em nenhuma indústria nacional.

Além dos servidores e estudantes do IFSC, a outra parte envolvida nos projetos é uma empresa que tenha uma demanda de inovação tecnológica. Nesse caso, a empresa é também uma financiadora do projeto, ou seja, ela não somente se beneficia da tecnologia desenvolvida, mas também contribui financeiramente para que esse projeto se desenvolva. 

Como uma empresa pode fazer parceria com a Embrapii?

A qualquer momento, uma empresa pode realizar projetos com a Unidade Embrapii do IFSC (e isso vale também para o Polo de Inovação de maneira geral). Não é preciso aguardar a publicação de um edital, por exemplo. 

Para isso, a empresa pode negociar o projeto diretamente com a Unidade Embrapii. Mas como saber se o projeto tem a ver? O coordenador de Gestão de Projetos do Polo de Inovação do IFSC, Felipe Cintra Braga, nos passou um checklist que é considerado nesta análise:

( ) O problema/desafio tecnológico que baseia o projeto se insere na nossa área de atuação?
( ) A solução pretendida tem caráter de inovação?
( ) Há uma empresa interessada no desenvolvimento da solução?
( ) A empresa possui CNAE industrial ou é beneficiária da Lei da Informática?

Como é financiado o Polo de Inovação?

Os recursos do Polo de Inovação, enquanto unidade administrativa do IFSC, vêm do orçamento da instituição.

-> Entenda o orçamento do IFSC

Já no caso dos projetos desenvolvidos pela Unidade Embrapii do IFSC, os recursos vêm da Embrapii - por meio de contratos de gestão - e das empresas parceiras. Nesses casos, o IFSC tem uma contrapartida mínima que é dada pelo custeio dos salários dos servidores envolvidos nas horas que dedicam ao projeto e pelo uso da infraestrutura da instituição.

Como fica a questão da propriedade intelectual em projetos do Polo de Inovação do IFSC?

Conforme nos explicou o coordenador de Gestão de Projetos do Polo de Inovação do IFSC, quando se identifica a possibilidade de registro de uma tecnologia desenvolvida, o IFSC e a empresa contratante entram em acordo quanto a questões como:

- A titularidade da propriedade intelectual;
- O direito à exploração comercial (direito de vender produtos com a tecnologia);
- A participação nos resultados do processo de exploração comercial (o que pode se dar por meio de pagamento de royalties, bônus ou algum outro tipo de comercialização);
- O direito de licenciamento a terceiros.

-> Como registrar uma inovação? Leia o post já publicado no Blog do IFSC.

Polo de Inovação X Núcleo de Inovação Tecnológica

Quem já está mais ligado na estrutura do IFSC, pode estar se perguntando: se estamos falando de inovação, cadê o NIT (que é o Núcleo de Inovação Tecnológica do IFSC)? O NIT é uma estrutura dentro da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação do IFSC, a nossa Proppi. 

O Polo e o NIT possuem atuações distintas. O Polo de Inovação se encarrega de tramitar, acompanhar e dar suporte aos projetos de inovação tecnológica vinculados à Unidade Embrapii e apenas a esses projetos. Já o NIT fica encarregado de receber os demais projetos de inovação que se originam nos câmpus. A gestão do acervo de propriedades intelectuais do IFSC e processos de negociação de propriedades intelectuais que se originam em quaisquer projetos realizados pela instituição - inclusive os do Polo - também ficam sob a responsabilidade do NIT.

-> Veja as atribuições do NIT

Quer acompanhar as notícias do Polo de Inovação do IFSC? Siga a página do Polo no LinkedIn. Se quiser conversar com a equipe do Polo para saber mais informações ou verificar a possibilidade de parceria, veja os contatos na página do Polo de Inovação do IFSC.

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Como mandar bem no currículo e na entrevista de emprego?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 28 jun 2023 09:49 Data de Atualização: 28 jun 2023 10:20

Chegou a hora de procurar um estágio para adquirir experiência profissional? Ou você já se formou ou está quase terminando o curso e precisa de um emprego? Nesse momento surgem as dúvidas: O que eu faço, por onde começo? 

Muita calma nessa hora!

Acionamos nosso time de especialistas para ajudar você a elaborar um currículo impecável e ser o candidato que vai mandar bem na hora da entrevista. 

(Vai dizer que não somos uma mãe?! 🥰 )

No post de hoje, vamos explicar por onde começar a se organizar para buscar uma vaga no mundo do trabalho.

Contamos com o conhecimento da psicóloga do Câmpus Criciúma do IFSC, Andressa Fontoura Maria, que deu dicas para elaborar um bom currículo, e .da professora de Gestão e Negócio do Câmpus Gaspar, Bárbara Silvana Sabino, que ensina como se preparar e o que fazer na hora da entrevista de emprego para causar uma boa impressão.

Como elaborar um currículo

O currículo é o primeiro contato da empresa com você. Ali estão as informações mais relevantes e, por isso, ele precisa ser claro, objetivo e organizado. 

A primeira função de um currículo é instigar o recrutador a chamá-lo para uma entrevista de emprego. A segunda função é servir como roteiro da conversa na etapa presencial do processo seletivo.

Ao elaborar o currículo, tenha os seguintes cuidados:

Esteja atento à ortografia, a erros de digitação ou de informações; 
Não entregue o papel sujo ou amassado, caso vá entregar uma versão impressa; 
Não imprima com falhas na tinta; 
Não minta. Se o recrutador descobrir, ficará em dúvida sobre a veracidade dos demais dados no currículo.

Dicas de ouro sobre o currículo

Ao enviar o seu currículo para uma organização, o ideal é prepará-lo somente para a vaga em questão:

➔ Foque nas experiências que você tem que são similares às pedidas na descrição da vaga; 
➔ Dê mais destaque a experiências e cursos relacionados à vaga que você pretende se candidatar;
➔ Procure ser objetivo: um currículo extenso, repleto de textos, não fará você ter mais chances de ser selecionado. O tamanho ideal de currículo é de uma a duas páginas;
➔ Em sites de empregos, o currículo pode ser mais genérico, já que não é possível saber quais empresas vão procurá-lo;
➔ É possível encontrar diversos modelos disponíveis na internet. Dê preferência para aqueles em que as informações fiquem organizadas e sejam fáceis de visualizar.

⚠ Fique atento ao que é solicitado ao candidato na descrição da vaga. Nem sempre o currículo será a ferramenta mais adequada. Para alguns cargos – como web designer, ilustrador, redator, fotógrafo, arquiteto, entre outros –, o portfólio pode ser a ferramenta mais adequada para falar sobre suas experiências profissionais. 

-> Assista à live promovida pelo Câmpus Gaspar sobre a elaboração de currículo

Modelo de currículo

Veja a sugestão de currículo que a psicóloga Andressa preparou para você. A professora Bárbara aconselha a destacar as principais informações, que são o nome e o contato do candidato:

Infográfico como dicas para elaborar um currículo
 

O que evitar e/ou não colocar no seu currículo: 

- Foto: só deve ser enviada quando o empregador solicitar. Neste caso, a imagem deve ser de boa qualidade e priorizar uma postura profissional;
- Número de documentos, como RG ou CPF;
- Título “curriculum vitae” ou “currículo”;
- Pronomes pessoais: em vez de colocar “eu desenvolvi um projeto” substitua por “desenvolvimento de projeto”;
- Nome de pais, marido ou esposa e filhos;
- Pretensão salarial;
- Carta de referência;
- Certificados de cursos realizados;
- Personalidade;
- Data e assinatura.

Tenho pouca (ou nenhuma) experiência profissional. O que fazer?

Capriche na descrição das atividades que você participou e/ou executou;
Inclua atividades como projetos de Pesquisa e Extensão, monitorias, trabalhos voluntários, participação em projetos, entre outros, filtrando especialmente aquelas experiências que podem ter relação com a vaga pretendida;

Complemente sua formação. É possível encontrar diversos cursos online gratuitos em portais como:

https://www.escolavirtual.gov.br/
https://www.ev.org.br/
https://portal.fiocruz.br/cursos
https://educacao-executiva.fgv.br/cursos/gratuitos

Fui chamado para a entrevista: e agora?

Parabéns! Seu currículo foi bem avaliado e você foi chamado para a entrevista, o próximo passo para conquistar a vaga desejada! Veja as dicas da professora Bárbara Sabino para a entrevista, seja ela presencial ou on-line:

Passo 1: antes da entrevista

- Pesquise e estude sobre a empresa e a vaga: qual ramo de atuação, número de funcionários, missão, visão e valores, entre outros. Busque informações no site da empresa ou notícias na mídia sobre ela. Pesquise também sobre a vaga pretendida, quais as habilidades exigidas e compare com as suas competências para a vaga;

- Providencie duas cópias do currículo: mesmo que você já tenha entregue o currículo de forma física ou online, leve consigo duas cópias;

- Entrevista presencial – planeje a locomoção: se a entrevista for presencial, verifique o endereço e os meios de locomoção (horários e pontos de ônibus, por exemplo) e o tempo levado para chegar lá;

- Entrevista on-line – verifique o equipamento: é cada vez mais comum o uso da entrevista on-line. Se for esse o caso, teste com antecedência o seu equipamento (celular, computador, câmera, microfone) e a conexão com a internet. Escolha um local tranquilo da casa e avise os familiares que você não poderá ser interrompido. Verifique a imagem e/ou objetos ao fundo. Se for necessário, utilize uma lan house ou espaço de coworking;

- Ensaio: se achar necessário, ensaie a entrevista, possíveis perguntas e respostas. Pode ser na frente do espelho, gravando ou com a ajuda de um amigo ou familiar.

Passo 2: o dia da entrevista

- Cuide de você: dê atenção especial à aparência e asseio. Cuide dos cabelos, unhas e use uma roupa adequada. Nesse caso, não precisa ser algo formal, mas de acordo com a empresa e o cargo pretendido. Por exemplo, verifique se é uma empresa pequena, grande, mais formal ou informal, se a vaga é para trabalhar no administrativo ou linha de produção. O mesmo vale para a maquiagem, que deve ser bem cuidada, sem exageros;

- Leve as cópias do currículo: leve as duas cópias já preparadas. Entregue uma ao entrevistador e fique com a outra cópia. Mesmo que o entrevistador não precise dela, essa prática demonstra preocupação e cuidado;

- Olho no relógio: é muito importante ser pontual! Saia de casa com antecedência. É melhor chegar antes e ficar esperando do que atrasar-se;

- Na entrevista online: ligue e teste o equipamento e entre no link da entrevista um pouco antes;

- Memorize pontos chave: vá memorizando a relação entre suas competências e a vaga pretendida";

- Tente relaxar: esse é um momento muito importante, principalmente se for sua primeira entrevista, e é natural ficar nervoso. Procure relaxar e focar nas suas competências.

Passo 3: chegou a hora!

Geralmente, as entrevistas são conduzidas por uma ou até três pessoas: pode ser um profissional de Recursos Humanos, o chefe do setor da vaga pretendida e um funcionário do setor. Saiba o que fazer nessa hora:

- Cumprimente a todos: cumprimente todas as pessoas, ao chegar e ao sair, mesmo as pessoas da empresa que não façam parte da entrevista (porteiros, recepcionistas, entre outros);

- Esqueça o celular: deixe o celular desligado, não atenda ligações e nem responda mensagens durante toda a entrevista;

- Seja você mesmo: seja natural, só não exagere no volume e tom da voz ou risadas, por exemplo;

- Seja sincero: assim como na elaboração do currículo, não minta ou exagere sobre seus conhecimentos, habilidades e experiências no momento da entrevista;

- Experiências anteriores: não fale mal de empresas, chefias ou colegas de experiências passadas. Aproveite para falar sobre como os conhecimentos adquiridos e habilidades desenvolvidas em empregos anteriores podem contribuir para a vaga que você está buscando e indique em que parte do seu currículo essa informação aparece. Caso você não tenha experiência profissional e esteja buscando o primeiro estágio ou emprego, mencione os conhecimentos e habilidades adquiridos em sala de aula e em projetos de Pesquisa, Extensão ou mesmo em trabalhos voluntários;

- Use a técnica 5W2H: essa sigla representa uma técnica de Administração e no caso de entrevistas, pode ser resumida em 1) O quê? 2) Como? 3) Por quê?. Por exemplo 1) Ter conhecimentos diferenciados em Informática; 2) Trabalhar com várias planilhas simultaneamente ou ainda fazer slides com gráficos de 3Ds; 3) Para a montagem de apresentações de relatórios para reuniões ou mesmo propostas para clientes;

- Pontos negativos: se perguntado sobre seus pontos negativos, destaque as habilidades que você precisa melhorar, como por exemplo aprender idiomas;

- Pensando no futuro: deixe claro o resultado que você pretende com a vaga e que você tem projetos pessoais e profissionais para o de futuro e que esta empresa está neles;

- Você pode perguntar: ao final, você também pode fazer perguntas. Não pergunte diretamente sobre salários e benefícios, mas sobre a política de cargos e salários da empresa. Pode perguntar algo específico sobre o cargo que não tenha sido anunciado. Por exemplo, se você for estudante, pode perguntar o horário de trabalho para poder conciliar com o seu curso.

Com todas essas dicas, esperamos que você tenha sucesso ao iniciar sua jornada profissional. Mas não desanime! Se não der uma vez, outras oportunidades surgirão.

Ter o IFSC no currículo já é um destaque e tanto, viu? 😉 Se você ainda não estuda aqui, veja os cursos que temos. Inclusive, neste momento, estamos com inscrições abertas!

-> Quer ser avisado quando estivermos com vagas abertas para nossos cursos? Deixe seu e-mail no nosso cadastro de interesse.

Boa sorte!

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10 motivos para se apaixonar pelo IFSC

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 14 jun 2023 08:52 Data de Atualização: 28 jun 2023 10:16

Dia dos Namorados recém-passou e ainda estamos neste clima de amor. 💟


 

Por isso, decidimos destacar motivos para você se apaixonar pelo IFSC. Mas não fizemos essa lista sozinhos não. Pedimos ajuda para nossa galera no Instagram que nos deixou emocionados. O sentimento é recíproco! 💞

Se você estuda aqui, esperamos que este post te deixe ainda mais apaixonado. 😍 Se você ainda não estuda, venha logo pra cá porque temos muito amor para compartilhar. 💚

1) Somos o melhor Instituto Federal do país

Pela sexta vez temos este resultado em uma avaliação do Ministério da Educação por causa do Conceito Preliminar de Curso e do Índice Geral de Cursos (IGC), que mensuram a qualidade das instituições de educação superior. Na última divulgação feita em março deste ano, atingimos o conceito 4 com 24 cursos avaliados em 2021, o que nos rendeu a melhor classificação entre os institutos federais do país


 

Nada mal dizer que estuda no melhor IF do Brasil, não?

-> Como funcionam as avaliações dos cursos do IFSC?

2) Temos diversas opções de cursos

A gente costuma dizer que o IFSC é para todo mundo. Temos tantas opções de cursos que, com certeza, algum deles você pode fazer - inclusive se for estrangeiro. Isso porque temos desde cursos de qualificação profissional e idiomas até pós-graduação. Só falando dos nossos cursos técnicos, temos três tipos: integrado, concomitante e subsequente ao Ensino Médio. 

-> Da qualificação profissional à pós-graduação: entenda o que são os itinerários formativos no IFSC

E se você já estuda aqui, sabia que é possível fazer mais de um curso no IFSC?

É possível conferir todas as nossas opções de cursos no nosso Guia de Cursos.

Vamos destacar alguns posts que já fizemos por áreas (mas temos muito mais):

-> Indústria da moda no IFSC: cursos para quem gosta da área
-> Cursos de eletro: qual a diferença entre eles?
-> Turismo: conheça iniciativas do IFSC na área

Somos suspeitos pra falar, mas realmente acreditamos que a educação profissional e tecnológica é uma boa escolha.

3) Oferecemos oportunidades para além da sala de aula

Depois que você passa a fazer parte do IFSC, além de poder ter aulas incríveis, ainda tem muitas oportunidades. Tem intercâmbio, projetos de pesquisa e extensão, equipes de competição, orquestras, artes e muito mais.

-> Veja as oportunidades disponíveis para estudantes do IFSC

Aqui, você pode ser protagonista, cientista e o que mais desejar.

-> Lugar de mulher é no IFSC - e onde ela quiser!

4) Somos uma mãe

Já fizemos um post inteirinho mostrando por que somos uma mãe. Mas se você já nos acompanha por aqui, sabe como gostamos de facilitar a vida dos nossos estudantes. Vejam só quanta informação mastigadinha já produzimos para você:

-> Estudante do IFSC: o que você precisa saber
-> Serviços que o IFSC te oferece e você nem sabia
-> Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa
-> Pesquisa em periódicos on-line: a gente traduz pra vocês!

5) Entendemos a importância do acolhimento

Sabemos que, para muitos, o desafio maior não é entrar no IFSC, mas sim permanecer. Por isso, temos um grande trabalho de assistência estudantil para oferecer auxílio aos estudantes que mais precisam.

Além disso, temos profissionais preparados para dar apoio aos nossos alunos por meio das coordenadorias pedagógicas. Se precisar, você também pode entrar em contato com nossa ouvidoria.

6) Valorizamos o esporte

Aqui tem educação, ciência, tecnologia e esporte também, afinal, acreditamos que os esportes colaboram para a formação cidadã - que é nossa missão institucional. 

Um dos eventos mais aguardados pelos nossos estudantes são os jogos do IFSC, conhecidos como JIFSC. Aliás, a 10ª edição do JIFSC está chegando:

7) Buscamos ser um espaço democrático

Aqui todo mundo tem voz. A nossa estrutura de funcionamento, aliás, por meio de colegiados, já é uma forma de darmos espaço para a comunidade acadêmica. Tanto o Conselho Superior, o Consup, como o Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Cepe, funcionam com representações de estudantes, técnicos administrativos e docentes.

📍 Inclusive, você, como estudante, pode ser um representante dos alunos

Também procuramos ouvir os movimentos estudantis - dos quais você também pode participar.

E mais: nos preocupamos em manter na pauta assuntos necessários para que possamos melhorar muito enquanto sociedade - como racismo, cotas, eleições, meio ambiente, direitos humanos, LGBTQIA+, inclusão, entre outros.

8) Temos servidores qualificados

Atualmente, o IFSC conta com 2,8 mil servidores - sendo que 33% possuem Ensino Superior, 36% têm mestrado e 26% fizeram doutorado (dados da Plataforma Nilo Peçanha). 

9) Contamos com uma super estrutura

O IFSC é uma instituição com 22 câmpus em 20 cidades de Santa Catarina. Ao entrar aqui, você fica vinculado a um câmpus, mas na verdade passa a integrar essa nossa rede. Para administrar tudo isso, temos a Reitoria.

-> Entenda melhor aqui como funciona a nossa estrutura organizacional

10) Reunimos pessoas incríveis

A gente não cansa de dizer que nossos estudantes são maravilhosos! E isso não é apenas por vocês conquistarem prêmios, fazerem projetos que já foram parar no espaço e ajudarem a tornar este mundo um lugar melhor. Vocês são incríveis por saberem como a educação pode mudar as suas vidas e por nos deixarem fazer parte disso. 🥰

Mas não é apenas sobre o que nós achamos. Também vemos muitos depoimentos de estudantes que fizeram grandes amigos por aqui ( #doIFSCpravida) e que até encontram o amor da vida nos nossos corredores. Nos emocionamos com os relatos de alunos sobre professores que os inspiraram e os ajudaram a ser quem são hoje. 

Somos mais que uma instituição, somos a família IFSC. ❤

E aí? Ficaram mais apaixonados pelo IFSC depois deste post ou foram contagiados pelo nosso amor? Esperamos que sim. 

Quem quiser fazer uma declaração marcando o @ifsc no Instagram, vamos adorar! Pode até usar os nossos novos gifs nos stories (basta procurar por IFSC):


 

E aí? Esquecemos algum motivo? Se tiver mais e quiser compartilhar com a gente, vamos amar saber. Escreva para blog@ifsc.edu.br.

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Cinco pontos que não podem faltar no seu projeto de pesquisa

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 31 mai 2023 10:02 Data de Atualização: 06 dez 2023 08:53

Pode acreditar: uma boa pesquisa começa com um bom projeto. Tanto faz se é para Projeto Integrador (PI), Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dissertação ou tese, o projeto de pesquisa bem feito é o pulo do gato para que o estudo que você quer fazer seja exitoso.

A gente sabe que muitos estudantes têm dificuldades para compor um projeto, e até receio das disciplinas que tratam de metodologia científica. Por isso é que, neste post, vamos te ajudar a estruturar um bom projeto com as cinco dicas que nos foram passadas pelo professor Douglas Juliani, que ministra a unidade curricular de Metodologia de Pesquisa no mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica. Também consultamos o livro didático “Metodologia de pesquisa”, elaborado pelos professores Nilo Otani e Douglas Juliani com apoio da equipe pedagógica e de materiais didáticos do Centro de Referência e Formação em Educação a Distância do IFSC, nosso Cerfead.

1) Começando pelo começo: o problema de pesquisa

Todo trabalho científico parte de um problema concreto que precisa ser resolvido, e isso é especialmente relevante quando estamos no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), com sua vocação para a chamada pesquisa aplicada. Isso quer dizer que as pesquisas que desenvolvemos devem ajudar a resolver problemas reais, contribuindo tanto para o conhecimento sobre determinado assunto quanto para as práticas em torno dele.

Num projeto de pesquisa, o problema pode ser expresso pela formulação de uma pergunta. Isso deve ser feito a partir da problemática que você observou na sua área de estudo e que precisa de solução. Mas atenção: é preciso tomar cuidado para não fazer uma pergunta muito abrangente ou que seja respondida apenas com “sim” ou “não”. 

2) Capriche na justificativa

Definido seu problema de pesquisa, expresso na pergunta que você formulou, é hora de apresentar a sua justificativa - ou seja, de explicar por que é importante que se responda o que você está propondo. É aqui na justificativa que pode (e deve) entrar uma boa síntese de tudo o que você estudou e observou até chegar no seu problema, tanto em materiais teóricos quanto na observação empírica (ou seja, da realidade concreta). Na justificativa também deve ficar indicada a contribuição que as respostas que serão encontradas vão dar para o conhecimento da área.

3) Tenha clareza com seus objetivos

Nos trabalhos científicos, geralmente são definidos objetivos gerais e objetivos específicos. O objetivo geral define de forma bem direta o que você pretende atingir com sua investigação. Já os objetivos específicos podem ser entendidos como um passo a passo para o atingimento do objetivo geral. É comum, por exemplo, que o desenrolar de cada objetivo específico dê origem a um capítulo ou parte do trabalho.

4) Método: o caminho para responder sua pergunta

O poeta e dramaturgo espanhol Antonio Machado escreveu que “o caminho se faz ao caminhar”, e isso também vale para o trabalho do pesquisador. A origem grega da palavra “método” remete a “percorrer um caminho”, e é exatamente isso o que se faz numa pesquisa científica: você deve escolher um método adequado aos seus propósitos e segui-lo com rigor, para garantir a qualidade dos seus resultados. Mas veja: no estágio do projeto de pesquisa, estamos falando da escolha do caminho que você vai percorrer - como se estivesse planejando uma viagem com um aplicativo de trânsito. A pesquisa propriamente dita, aí sim é o caminho que você vai fazendo ao caminhar.

5) Visualize os resultados esperados

Desde o início do planejamento de sua pesquisa, você já: 

✔ escolheu o problema de pesquisa

✔ explicou por que é importante que sua pergunta seja respondida

✔ definiu seus objetivos com o trabalho 

✔ explicou como serão os procedimentos metodológicos para realizar seu estudo e responder à sua questão 

Um último passo importante no seu projeto consiste em descrever que resultados você espera obter com a pesquisa. Visualize como o resultado do seu trabalho vai impactar os públicos envolvidos - pode ser a sociedade de forma ampla, seu câmpus, um grupo específico, etc. 

Mão na massa

Preparado para escrever seu projeto de pesquisa? Esperamos que essas dicas te ajudem a iniciar o processo. 😊



⚠ É bom lembrar, porém, que você sempre deve seguir com rigor as orientações do seu professor orientador. Aqui estamos tratando de regras gerais, mas fique atento a recomendações mais específicas que ele faça, combinado? 

É importante também que você se informe sobre a existência de modelos de projeto que devem ser seguidos, o que costuma ser adotado por muitos cursos para facilitar a organização desse processo.

Além disso, caso seu curso tenha modelos padronizados de projetos, siga-os à risca. E não se esqueça de seguir as normas da ABNT na hora da formatação do trabalho (a equipe da Biblioteca do seu câmpus pode te ajudar com isso 😉)

Falando em pesquisa, veja alguns conteúdos que já publicamos sobre isso:

-> Pesquisa em periódicos on-line: a gente traduz pra vocês!
-> O que pode ser considerado plágio?
-> Comitê de Ética em Pesquisa do IFSC: entenda sua importância

E sabia que temos modelos de documentos que podem ser úteis na sua vida de estudante? Veja aqui.

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Equipes de competição do IFSC: veja como funcionam e como montar uma

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 17 mai 2023 08:57 Data de Atualização: 17 mai 2023 09:34

Sabe aquela velha história que o importante é competir e não apenas ganhar? Pode até parecer frase de consolação, mas aqui no IFSC não é não! Sabe por quê? Porque enquanto competem, os estudantes ganham muito conhecimento. E não só na área em que disputam, mas também em gestão de pessoas, liderança, divisão de tarefas e principalmente trabalho em equipe. E tudo isso conta muito na vida profissional. 

No post desta semana, vamos falar sobre as equipes de competição existentes no IFSC e o que você pode fazer para criar uma também. 

Isso porque, a partir deste mês de maio, o IFSC conta com um regulamento das equipes de competição. O objetivo do documento - que passou por consulta pública - é viabilizar a participação de estudantes e a representação do IFSC em competições internas ou externas de natureza acadêmica e técnico-científica, mesmo quando as equipes não têm projetos de pesquisa ou extensão vigentes pelos editais do IFSC. 

-> Acesse o regulamento das equipes de competição

Assim, o regulamento oficializa as equipes para períodos maiores que os de editais de fomento - uma garantia para viabilizar questões logísticas ou registro de carga horária dos envolvidos, principalmente no caso das equipes permanentes, que são maioria.

O documento traz as orientações para criação de uma equipe, quem pode participar, quais as exigências na formação, como deve ser a coordenação, a gestão e as possibilidades de fomento.

Mais do que detalhar este novo regulamento que temos, conversamos com professores e estudantes envolvidos nas nossas equipes de competição para mostrar melhor como é essa experiência. Quem sabe, ao terminar de ver este post, você não tem vontade de entrar para uma equipe ou até criar uma nova? 😊

O que é uma equipe de competição?

Pelo regulamento recém-aprovado pelo Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFSC, o Cepe, equipe de competição é: 

“Iniciativa acadêmica, constituindo-se em grupo de discentes regularmente matriculados nos cursos do IFSC, formando uma equipe estruturada e organizada com o objetivo de participar de competições de natureza acadêmica representando oficialmente a instituição”

As equipes podem ser permanentes ou temporárias. O objetivo geral das equipes de competição é viabilizar a participação ativa de discentes e representação do IFSC em competições internas ou externas de natureza acadêmica e técnico-científica.

Quais são as equipes de competição do IFSC?

Atualmente,  o IFSC tem oito equipes de competição em diferentes áreas:

- Grupo de Foguetes (Câmpus Gaspar)
- FRC5800 - Magic Island Robotisc Team (Câmpus Florianópolis)
- Zênite Solar (Câmpus Florianópolis)
- Atlas E. Racing (Câmpus Florianópolis)
- EV-IFSC (Câmpus Florianópolis)
- Equipe de Drones (Câmpus Florianópolis)
- Gralha Azul Aerodesign (Câmpus Lages)
- Leão Baja (Câmpus Lages)

Conheça melhor nossas equipes de competição neste vídeo:

Como você viu, algumas equipes têm tradição em competir - e ganhar. É o caso da Zênite Solar, que existe há 10 anos e desenvolve uma embarcação movida a energia solar. Ela já foi cinco vezes campeã do prêmio nacional de inovação tecnológica do Desafio Solar Brasil.

Foto da equipe Zênite Solar
 

A equipe tem uma estrutura de pessoal digna de ser copiada. Há estudantes que atuam nas partes náutica, eletrônica, mecânica e de programação, mas também outros responsáveis pelo design, marketing, publicidade e financeiro. Por isso, a equipe é bem diversa, com alunos de cursos técnicos, de graduação e pós. Todo ano tem processo seletivo no Câmpus Florianópolis para os interessados em participar e, como há várias áreas de atuação na equipe, alunos de cursos que não têm relação direto com um barco solar também podem participar, como é o caso de integrantes dos cursos de Saneamento e Edificações.

A equipe EV-IFSC, que desenvolve o carro elétrico, também tem na equipe alunos de diversos cursos, desde cursos técnicos de Eletrotécnica, Eletrônica e Manutenção Automotiva até as Engenharias Elétrica, Eletrônica e Mecânica, além de representantes do curso de Design que ajudam no projeto do carro. 

Já em outras equipes, como de robótica, drones e foguetes, a maioria dos alunos é do Ensino Médio - uma forma de incentivá-los a ingressar na pesquisa. Para integrar alunos de diferentes níveis de ensino existe a figura do tutor, que são alunos da graduação, mais relacionados a áreas de tecnologia, que orientam os estudantes dos cursos técnicos e são os responsáveis pelos processos seletivos.

Foguetes que vão longe

O Grupo de Foguetes do Câmpus Gaspar (GFIG) é outra equipe que acumula bons resultados desde a criação, em 2019. Já no primeiro evento do LASC (Latin American Space Challenge) naquele ano, ficaram em 12º na colocação geral e 5º na categoria de 1 km de altitude - eram 25 equipes do Brasil, Argentina, Paraguai, Polônia e Uruguai. 

Foto da equipe de foguetes do Câmpus Gaspar
 

Nos anos seguintes, as premiações continuaram. Ano passado a equipe ficou em 4° lugar na categoria de foguete até 500 metros de apogeu com propelente sólido. Para 2023, o evento conta com 92 equipes aceitas para inscrição até o momento e cerca de 1.200 membros nessas equipes. 

Além de competir, a equipe também produz com materiais recicláveis foguetes menores para apresentações, por exemplo, em escolas públicas da região, o que atrai muitos estudantes do Ensino Fundamental para o IFSC.

Obstáculos fazem parte

A equipe Gralha Azul Design foi criada em 2018 por alunos e professores do curso de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages para competir na área de aeromodelismo pela SAE Brasil - entidade que tem como foco inovações e tendências da mobilidade. Um ano depois estava construído o primeiro avião, mas ele acabou caindo e quebrou - ele foi remontado mas só para ser exposto, não voa mais. Depois veio a pandemia e a equipe acabou se desestruturando, como muitas outras pelo IFSC - normal né?!

Foto da equipe Gralha Azul
 

Mas foi só as atividades retornarem à rotina que a equipe voltou com tudo. O capitão Hugo Daniel Schneider Borges, do curso de Engenharia Mecânica, nos contou que 2022 começou com apenas seis integrantes. Ao apresentar a proposta aos calouros este ano, a equipe passou a ter mais de 20 estudantes:

"Agora estamos muito organizados, trabalhando a todo vapor e já nos inscrevemos para o torneio de acesso para competir no ano que vem. Demos o prazo de cinco meses para construir uma nova aeronave."

Mudança de rota na Leão Baja

Como ter bons resultados depende de uma série de fatores, a equipe também precisa estar preparada para resultados ruins e até mudança de objetivos. Foi o que aconteceu com a equipe Leão Baja, fundada em 2017 também por alunos da Engenharia Mecânica do Câmpus Lages. O objetivo era projetar e fabricar um veículo off-road para a competição oferecida pela SAE Brasil, mas até hoje só conseguiram participar da edição de 2019 como voluntários, auxiliando na gestão da competição.

Foto da equipe Leão Baja
 

Neste ano são 16 membros, todos alunos da Engenharia Mecânica de diversas fases.
A capitã Julia Silva Wanderley conta que o grupo decidiu mudar o foco do projeto para estudo e aplicação de mecânica básica, o que enquadra o desenvolvimento do projeto e da fabricação de partes do veículo, mas sem a restrição do regulamento, dando liberdade para fazer adaptações no veículo e participar de outras competições, como o campeonato catarinense de gaiolas e utvs.

Como obter recursos para participar das competições?

Participar das competições geralmente não é barato. Além do custo para fabricação dos equipamentos, tem o valor das inscrições. De acordo com a disponibilidade de
recursos financeiros, logísticos, de infraestrutura e humanos, a Reitoria e os câmpus do IFSC podem fomentar as equipes de competição institucionalmente registradas.

Veja o que dizem os professores que participam das equipes sobre isso:

Ainda existem editais de fomento externos, como os da Fapesc, voltado para participação em competições e olimpíadas. Então, se você tem interesse nisso, é preciso ficar de olho! 👀

Tudo conta para o futuro profissional

Entre dificuldades e premiações, tem aquela história de que o que vale é competir, certo? Os estudantes que fazem parte das equipes são unânimes em dizer que o que aprendem nelas serve para a vida toda, desde como fazer pesquisa, relatórios, até a rotina de trabalho em grupo.

Para Hugo Borges, a função de capitão está agregando conhecimentos a sua vida acadêmica que ele nem imaginava, como a questão de liderança. Outro ponto que ele destaca é o peso que uma equipe de competição dá ao currículo para entrar no mercado de trabalho: 

"Já pensou chegar numa empresa e dizer que ajudei a construir um avião!?"

Guilherme Benck Bandeira, aluno da Engenharia Mecatrônica e integrante da equipe de robótica, avalia que tudo que se aprende na equipe pode ser aplicado, seja nos problemas do dia a dia, nos desafios da graduação e até na empresa em que ele está trabalhando.


 

-> Assista ao depoimento da aluna Carolina Martins Pedro, do Câmpus Florianópolis, sobre como participar da equipe de robótica lhe abriu novas oportunidades

Como criar uma equipe de competição no IFSC?

A criação de uma equipe de competição pode ser feita por iniciativa dos alunos ou de servidores. O importante é que a equipe seja formalizada por proposta a partir de preenchimento de formulário de credenciamento de equipes de competição.

-> Veja o Anexo I do regulamento das equipes de competição

Ao se pensar em uma equipe, é preciso definir:

- nome da equipe, nome do servidor coordenador e representante discente 
- área de atuação e competição da qual irá participar
- relação dos integrantes da equipe
- justificativa para a criação da equipe, destacando os aspectos acadêmicos e benefícios para a formação dos discentes envolvidos
- descrição das atividades a serem desenvolvidas em termos de ensino, pesquisa e
extensão, destacando as perspectivas de ações de extensão na sociedade
- descrição da infraestrutura disponível para a realização das atividades da equipe, quando for o caso.

As equipes de competição podem ter envolvimento de alunos e servidores de um ou
mais câmpus do IFSC. A coordenação da equipe de competição deverá ser realizada por um servidor pertencente ao quadro permanente do IFSC, com o apoio de um representante discente regularmente matriculado nos cursos do IFSC.

Após preencher esse formulário, os responsáveis pela equipe devem enviar a proposta de criação para a Diretoria/Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão ou equivalente do câmpus. 

Quem pode participar de uma equipe de competição do IFSC?

A participação nas equipes de competição é permitida a estudantes regularmente matriculados nos cursos do IFSC, servidores da instituição e interessados externos ao IFSC. A participação pode ser voluntária, com percepção de auxílio financeiro ou bolsa de ensino, pesquisa ou extensão ou como participação funcional.

Recomenda-se que os alunos de uma equipe sejam, preferencialmente, de cursos de diferentes níveis de ensino e de diferentes áreas do conhecimento. A participação nas atividades das equipes de competição pode ocorrer, inclusive, pela realização de diferentes atividades acadêmicas, como estágio, monitoria, trabalho, intercâmbio, dentre outras.

E aí? Deu vontade de montar uma equipe ou participar de uma? 

Veja algumas notícias que já publicamos das nossas equipes de competição:

-> Equipe formada no IFSC representará o Brasil em competição de Robótica na Tailândia
-> Grupo de foguetes de Gaspar é a única equipe formada por estudantes do Ensino Médio técnico em competição internacional
-> Equipe de robótica do Câmpus Florianópolis é finalista do 1º Festival Internacional
-> Equipe Zênite Solar é campeã do Desafio Solar Brasil 2022 e conquista pela 6ª vez o Prêmio de Inovação
-> Alunos do Câmpus Lages trabalham em projeto de aerodesign
 

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Como registrar uma inovação?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 03 mai 2023 11:50 Data de Atualização: 17 mai 2023 09:33

Você já ouviu falar sobre propriedade industrial? Sabia que, dependendo do projeto ou do trabalho desenvolvido, você pode solicitar uma patente e ter os direitos sobre sua criação? Sim, você pode ser um inventor e não faz ideia. 💡

(Aliás, pode ser um cientista também como explicamos neste post ☺️ )

A propriedade industrial é o ramo da propriedade intelectual que resguarda as criações intelectuais relacionadas às atividades industriais. No post desta semana, vamos abordar esse assunto e orientar como registrar uma inovação. Quem nos ajudou com as informações foi a chefe do Departamento de Inovação e do Núcleo de Inovação Tecnológica do IFSC, o NIT, Cynthia Beatriz Scheffer Dutra. Falaremos mais do NIT adiante. 

Também consultamos a página do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - conhecido como INPI -, que atua como órgão responsável pelo reconhecimento de propriedade industrial no Brasil, garantindo a segurança jurídica aos titulares de seus direitos. 

O que é uma patente?

Uma patente é um direito exclusivo concedido pelo governo a um inventor ou ao titular de uma invenção para impedir que outros a usem, fabriquem ou vendam sem sua permissão por um período determinado. De forma mais simples, é uma forma de proteger uma ideia ou invenção de ser copiada ou utilizada por terceiros sem autorização.

-> Entenda mais sobre patente no site do INPI

Existem basicamente dois tipos de patentes:

- Patente de Invenção: É concedida para invenções novas, envolvendo atividades inventivas, ou seja, aquelas que resultam em soluções para problemas técnicos. Comumente são produtos ou processos que envolvem alguma inovação tecnológica.
- Patente de Modelo de Utilidade: É concedida para inovações que trazem melhorias funcionais em objetos de uso prático, tais como ferramentas, utensílios domésticos, máquinas, entre outros.

O termo propriedade intelectual não se restringe a patentes e engloba outras modalidades como Desenho Industrial, Indicação Geográfica, Topologia de Circuito Integrado, Marca e Registro de Programa de Computador.

Os projetos desenvolvidos no IFSC podem render também registros de propriedade industrial como:

- Desenho Industrial: inovações relacionadas ao design ou aparência de um objeto, tais como embalagens, roupas, mobiliário, entre outros. A proteção está relacionada à estética do objeto.
- Registro de Programa de Computador: garante a proteção dos direitos autorais sobre o programa, ou seja, impede que outras pessoas copiem ou usem o programa sem autorização do proprietário. De forma simples, reconhece oficialmente quem é o proprietário do software e assegura que ele é o único autorizado a utilizá-lo ou permitir sua utilização por terceiros.

Por que é importante registrar uma patente

Existem várias razões para se pedir a proteção de uma invenção. Vejam só o que a professora Cynthia nos destacou: 

Primeiramente, a patente concede ao seu titular o direito exclusivo de exploração deste conhecimento. Isto significa que outros (pessoas ou empresas) não podem fabricar, usar, vender ou importar a invenção sem ter autorização do titular. Assim, o titular da patente pode comercializar a invenção ou criação com exclusividade, gerando receita e retorno financeiro. Caso não queira comercializar, o titular pode ainda licenciar sua tecnologia para outras empresas ou instituições, gerando receita com royalties.

Além disso, a patente (e qualquer outra forma de registro de propriedade intelectual é uma forma de reconhecimento dos saberes dos pesquisadores envolvidos, importante para o avanço da ciência e para o desenvolvimento tecnológico e científico da sociedade. Através da propriedade intelectual, é possível documentar e proteger criações, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, com base nos documentos registrados.

Quais as etapas para se obter uma patente?

Para pedir uma patente, é necessário seguir alguns passos.

Primeiro, é importante realizar uma pesquisa de anterioridade para verificar se a invenção já foi patenteada ou está em domínio público, ou seja, se não há um registro de patente vigente e você pode fazer a solicitação. Isto pode ser feito pelo próprio inventor. Estudantes e servidores do IFSC podem solicitar ajuda ao NIT.

Caso não se encontre nenhuma objeção ao pedido previsto, é necessário redigir o pedido de patente, conforme as determinações do órgão responsável pela concessão de patentes do país em que se deseja obter a proteção - no Brasil, é o INPI. A redação deve ser clara e concisa, descrevendo a invenção de maneira completa e detalhada, em especial da inovação que pretende proteger.

Após a redação do pedido, passa-se a etapa de depósito do pedido no INPI. 

🗓🌍 Importante: o pedido de patente vale apenas no país onde foi depositado e a proteção tem um tempo determinado. Aqui no Brasil, o prazo é de 20 anos.

Depois de depositado, o pedido entra em fase de exame, em que o órgão responsável avalia a novidade, a atividade inventiva e a aplicação industrial da invenção. Caso considere que a invenção atende aos requisitos de patenteabilidade, será concedida a patente.

Para manter a validade da patente, é necessário pagar taxas anuais de manutenção. Caso não seja paga, a patente cai no domínio público e pode ser usada por quem queira.

-> Acesse o tutorial do INPI para depósito de patente

Quem tem uma patente recebe algum pagamento por isso?

Sim. Quando uma pessoa ou empresa tem uma patente, ela tem o direito exclusivo de fabricar, vender ou licenciar a invenção por um determinado período. Isso significa que, caso outras pessoas ou empresas queiram usar a invenção, precisarão da permissão do titular da patente, geralmente pagando por uma licença para usá-la. 

Ou seja, o titular da patente pode gerar receita por meio de licenciamento ou venda da patente para terceiros. Além disso, a patente é um ativo valioso que aumenta o valor comercial de uma empresa ou organização.

Como funcionam as patentes do IFSC?

Se um estudante ou um servidor criar uma inovação, essa patente é dele ou do IFSC? 🤔

Bom, o IFSC é o titular dos direitos de propriedade intelectual das criações geradas em suas instalações ou com a utilização dos seus recursos materiais, intelectuais e humanos. Isso quer dizer que, se a ideia/produto surgiu de uma atividade de sala de aula, projeto integrador ou de pesquisa, de um trabalho de conclusão de curso, a titularidade é do IFSC.

⚠ Atenção: A titularidade não se confunde com a autoria, que é garantida aos inventores. Os autores sempre fazem jus ao recebimento de royalties, direitos decorrentes de comercialização. No entanto, quem tem a prerrogativa de comercialização ou de transferência da tecnologia é o IFSC. 

Esta questão está no Marco Legal da Inovação (Lei Nº 13.243/2016) e ficou bem esclarecida na minuta da Política de Inovação Institucional do IFSC, que recentemente passou por consulta pública e deverá ser discutida em breve no nosso Conselho Superior, o Consup.

Patentes do IFSC

Aqui no IFSC, temos o NIT - que mencionamos lá em cima -, o Núcleo de Inovação Tecnológica. A Lei de Inovação (nº10.973/2004) estabelece que, enquanto instituição científica e tecnológica, precisamos ter essa estrutura justamente para apoiar a gestão da nossa política de inovação.

-> Acesse a página do NIT do IFSC

Ao longo da existência do NIT, já foram depositados junto ao INPI 59 pedidos de proteção. Nem todos os processos de pedido têm sucesso e há o risco de ser negado ou mesmo ocorrer desistência por parte do titular. 

Atualmente, temos 11 patentes concedidas, sendo 8 de titularidade exclusiva e 3 em cotitularidade com outras instituições. Das patentes concedidas, 7 são do tipo Patentes de Invenção e 4 são de Modelo de Utilidade. 

Existem outros pedidos de proteção que ainda estão em tramitação, sendo 28 com titularidade exclusiva e 6 em cotitularidade. O IFSC tem 15 Registros de Programas de Computador e pedidos de Desenho Industrial são 6.

Tem curiosidade para saber do que se tratam essas patentes? Acesse a nossa Vitrine Tecnológica e descubra.

O IFSC também dispõe de diversas propriedades intelectuais com participação de alunos, a maior parte delas em desenho industrial e em registros de programa de computador.

Veja algumas notícias que já divulgamos de patentes no IFSC:

-> IFSC recebe primeira Carta de Patente por produto desenvolvido em Jaraguá do Sul
-> IFSC recebe sua segunda patente de propriedade industrial
-> IFSC recebe sua terceira patente de propriedade industrial
-> IFSC obtém patente de propriedade intelectual para invenção na área de processamento de materiais
-> Plataforma para estudantes cadeirantes é quinta patente concedida ao IFSC
-> Pesquisa desenvolvida no Câmpus Florianópolis recebe Carta Patente de Modelo de Utilidade
-> Resultados de pesquisas do IFSC geram patentes
-> Professor cria bengala eletrônica de baixo custo

Por que é importante para o IFSC ter patentes?

A patente é um ativo valioso para a instituição, pois pode ser licenciada ou vendida a outras instituições/empresas. Isso pode gerar uma receita significativa para a instituição e ajudar o IFSC a financiar pesquisas futuras e desenvolvimento de tecnologias. 

Além disto, ao proteger suas invenções por meio de patentes, estimulamos nossos pesquisadores e cientistas a continuar inovando e desenvolvendo novas tecnologias. Isso pode resultar em novas descobertas e avanços científicos e aí a sociedade toda ganha.

Como posso solicitar um registro de patente junto com o IFSC?

O NIT possui um formulário disponível em que o inventor - alunos e/ou servidores do IFSC - pode oficialmente descrever e informar sua invenção. A notificação de invenção será processada e a equipe do NIT analisa a solicitação, realiza uma reunião com o(s) inventor(es) e decide se a invenção é passível de registro. Para isto, é preciso atender aos requisitos de patenteabilidade. 

-> Acesse o Manual Básico de Patentes do INPI

Como a titularidade da patente é do IFSC, então as taxas e os investimentos para a proteção ficam por conta do instituto, aos cuidados do NIT. Veja o que a Cynthia nos explicou:

A prerrogativa de decidir sobre a patenteabilidade é institucional. Após a análise de patenteabilidade, o NIT pode dar prosseguimento à formalização do registro junto ao INPI ou informar ao proponente/comunicante o motivo do não prosseguimento do processo, caso decline.

Devo depositar uma patente ou publicar um artigo

A Cynthia nos contou que uma dúvida bastante comum entre nossos estudantes, especialmente em TCC ou dissertação de mestrado, é se deve depositar uma patente ou publicar um artigo sobre as suas descobertas. Vejam o que ela orienta sobre isso:

Esta decisão depende bastante do objetivo de cada pesquisador e deve ser tomada em comum acordo com o orientador da pesquisa. Mas se o objetivo é gerar receita com a invenção, o depósito da patente pode ser uma forma de atrair investimentos e colaborações de outras organizações interessadas em licenciar ou utilizar a invenção. Por outro lado, se o objetivo é compartilhar as descobertas com a comunidade científica, promover a reputação do pesquisador ou da instituição ou contribuir para o avanço do conhecimento em uma área específica, publicar um artigo científico pode ser a melhor opção.

Caso haja inovação no projeto, o NIT faz a sugestão de que a defesa (de TCC ou mestrado) ou divulgações dos resultados deste projeto sejam em caráter sigiloso, a fim de não prejudicar um possível depósito de patente. Em caso de divulgação prévia do projeto, o depósito de patente pode ser inviabilizado pela perda da novidade, por isso é importante conversar com o NIT antes de tomar a decisão.

Dúvidas

Ficou com dúvida sobre o assunto? No site do INPI, é possível encontrar muito conteúdo explicativo. Além disso, a equipe do nosso NIT está à disposição dos alunos e servidores do IFSC para esclarecimentos e orientações. Fale com eles pelo e-mail inovacao@ifsc.edu.br

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Você também pode sugerir assuntos para abordarmos por aqui.

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Fato e opinião: você sabe diferenciar um do outro?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 19 abr 2023 11:02 Data de Atualização: 19 abr 2023 11:17

Este é um fato: no Brasil, 67% dos estudantes que fizeram o teste Pisa não sabem a diferença entre fato e opinião. O teste Pisa – sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – é um estudo comparativo internacional realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que avalia o desempenho de estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que, supostamente, o ensino básico deve ser concluído.

Outro fato: o objetivo dessa avaliação é comparar os sistemas educacionais de vários países nas áreas de leitura, matemática e ciências. Para identificar se os alunos avaliados sabem a diferença entre fato e opinião, o teste apresenta questões textuais e o estudante deve responder onde estão expressos fatos ou opiniões. A média brasileira de alunos que não demonstraram ter essa habilidade, 67%, ficou bem acima da média dos países da OCDE, que foi de 53%.

Que tipo de problema esse fato indica? Qual a importância de se ter clareza do que é fato e do que é opinião nos conteúdos informativos que acessamos todos os dias?


 

Você pode até ter a opinião de que não há problema nenhum nisso. Mas vamos te apresentar mais alguns fatos para que você reflita e possa qualificar sua opinião.

O dado objetivo de que 67% dos estudantes não sabem diferenciar fato e opinião (nosso fato de partida) mostra que eles têm dificuldades para compreender textos argumentativos. Nesse mundo de sobrecarga de informação, em que recebemos conteúdos num fluxo contínuo, intermitente e incansável, não entender bem o que se está lendo pode ser uma cilada. Você pode se deixar levar por desinformação. Você pode ser levado a acreditar em informações parciais e com segundas intenções. Você pode até, inadvertidamente, passar pra frente alguma informação que vai prejudicar alguém.

-> Como evitar passar a desinformação para frente? Veja dicas neste post do Blog do IFSC!

Isso é tão relevante que o desenvolvimento da habilidade de distinguir fato de opinião está previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), entre as estratégias de leitura a serem trabalhadas nos anos finais do ensino fundamental. O documento define a habilidade EF67LP04: 

“Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato. Essa habilidade integra um conjunto bastante amplo de conhecimentos e habilidades relacionados à leitura e processamento de informação, no contexto digital."

Para entender melhor este assunto, conversamos com o professor Kayron Beviláqua, que atua na área de Língua Portuguesa no Câmpus São José. Veja só o que ele nos disse:

“A relação entre fato e opinião gira em torno de como percebemos o mundo e como interagimos com os fenômenos e acontecimentos à nossa volta”.

Segundo ele, o fato é algo objetivo, ou seja, é percebido através do nosso aparato físico, como nossos sentidos: 

“Já a opinião sobre o fato é um exercício posterior possibilitado pela nossa subjetividade, ou seja, por aquilo que nos constituiu ao longo da vida como um indivíduo específico, então estão envolvidos: o lugar onde vivemos, as escolas em que estudamos, a nossa profissão, os lugares que frequentamos, etc.”

Como cada um tem uma história única e individual, é possível haver opiniões diferentes sobre um mesmo fato. Mas isso não significa que teremos diferentes fatos em função das várias opiniões: 

“Os fatos não mudam, o que mudam são as opiniões sobre eles."

Mas você já deve ter ouvido alguém dizer algo do tipo “eu acho que a Terra é plana, essa é minha opinião”. Como o planeta Terra comprovadamente tem formato esférico, não é possível ter a “opinião” de que ele seja plano, quadrado ou de qualquer outro formato. A Terra esférica é um fato. É algo que tem correspondência com a realidade concreta. Na era da sobrecarga de informação, da desinformação e de batalhas ideológicas polarizadas – que incluem um movimento anticiência muito forte, diga-se de passagem – esse tipo de disputa tem se tornado bastante comum.

-> A ciência anda na defensiva. E o que todos nós temos a ver com isso?
-> Opinião não é Ciência: veja a explicação do professor do IFSC

O professor Kayron dá outro exemplo de como a “disputa” entre fato e opinião pode tomar corpo: na observação de acontecimentos históricos (fatos) e nas interpretações dadas a eles. 

“Não é possível questionar o fato de uma bomba atômica ter atingido a cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, mas pode-se ter diferentes leituras sobre o fato. Se foi uma decisão inevitável, por exemplo, ou se foi um ato de crueldade, desnecessário. “Assim, vale salientar também que não se trata de um vale-tudo de opiniões. As opiniões precisam ter embasamento em evidências, na própria realidade.”

-> Leia a reportagem sobre a palestra de abertura do 9º Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC que tratou do combate à desinformação e das pseudociências

E aí? Será que ficou mais claro para você o que é fato e o que é opinião? Então faça nosso rápido teste para ver se você sabe diferenciar um do outro.

-> Faça o teste: fato X opinião

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Indústria da moda no IFSC: cursos para quem gosta da área

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 05 abr 2023 09:33 Data de Atualização: 05 abr 2023 09:38

Quando falamos que somos um instituto federal de educação, ciência e tecnologia é comum algumas pessoas já associarem à oferta de cursos de eletrônica, informática, mecatrônica… Ao saberem que somos a antiga Escola Técnica, aí podem imaginar que temos cursos de mecânica, edificações… Mas alguns se surpreendem ao descobrir que temos cursos de moda, por exemplo. E mais: temos diversos cursos para quem quer trabalhar na indústria da moda - e não só como estilista não!

No post de hoje, vamos falar sobre nossos cursos técnicos e de graduação na área de moda, modelagem, vestuário e têxtil. Para isso, conversamos com os professores do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro Elisangela Manarim Guimarães e Vandré Stein.

Eixo Tecnológicos

O Ministério da Educação (MEC) organizou os cursos de acordo com suas características, colocando em um mesmo grupo (ou eixo) aqueles que possuem semelhanças. Temos então um Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, que apresenta 13 eixos tecnológicos que englobam todos os cursos técnicos regulamentados.

Os cursos técnicos em Modelagem do Vestuário, Design de Moda e Produção de Moda - assim como o curso superior de tecnologia em Design de Moda - ficam no eixo de Produção Cultural e Design, que compreende tecnologias de produção, conservação, difusão, performance e gerenciamento de bens culturais materiais e imateriais, voltadas ao desenvolvimento da economia criativa e da produção cultural em seus vários segmentos, espaços e meios de criação e de fruição artística.

Já os cursos técnicos em Têxtil e em Vestuário fazem parte do eixo de Produção Industrial, que compreende tecnologias envolvidas nos equipamentos, sistemas e processos físico-químicos de transformação de matérias-primas e substâncias, integrantes de linhas de produção.

Diferença entre os cursos do IFSC

Embora os cursos estejam em eixos diferentes, será que podemos dizer que todos fazem parte da Indústria da Moda? Vejam a explicação dos nossos professores:

Mais do que entender como essas áreas se relacionam, o importante é você saber do que se trata cada curso para poder fazer sua escolha, não é? Então assista a essas explicações dos nossos professores:

Quem pode fazer os cursos do IFSC

O tipo de curso que você pode fazer no IFSC depende da sua formação. Temos cursos para quem quer fazer um ensino médio integrado ao técnico como também para quem fazer uma graduação - ou seja, já finalizou o Ensino Médio.

-> Entenda a diferença entre os cursos técnicos do IFSC
-> Quem pode estudar no IFSC?

E não é preciso ter nenhum conhecimento na área como destacam os nossos professores:

Está na dúvida de qual curso fazer? O MEC possui o aplicativo SouTec, em que é possível realizar um teste para avaliar suas preferências. Quando terminar, você terá acesso a um resumo e a um relatório completo explicando qual é o seu perfil profissional. 

-> Fazer o download do SouTec

Onde estudar no IFSC

Se você se interessa por esta área, veja os câmpus que oferecem esses cursos:

Câmpus Araranguá

-  EJA Qualificação Profissional Costureiro Industrial do Vestuário
- Técnico integrado em Produção de Moda
- Técnico integrado em Vestuário
- Técnico subsequente em Produção de Moda
- Técnico subsequente em Têxtil
- Curso superior de tecnologia em Design de Moda

Câmpus Gaspar

- Técnico subsequente em Modelagem do Vestuário
- Curso superior de tecnologia em Design de Moda

Câmpus Jaraguá do Sul - Centro

- EJA Técnico em Vestuário
- Técnico integrado em Modelagem do Vestuário (inscrições abertas)
- Técnico subsequente em Vestuário
- Técnico subsequente em Têxtil
- Curso superior de tecnologia em Design de Moda

Também já ofertamos cursos de qualificação profissional em Desenho artístico, pesquisa e desenvolvimento de coleção de moda, Costura industrial, Assistente de Costura, Tecelão de tecidos planos, Costureiro, Estampador de tecido, Modelista e Talhador de tecido. Mas, como não são ofertas fixas, é preciso acompanhar os cursos disponíveis a cada ciclo de inscrições

-> Veja aqui o calendário de inscrições para os cursos do IFSC
-> Veja se há vagas remanescentes para cursos de qualificação profissional

Você pode cadastrar seu e-mail e receber uma mensagem quando estivermos com inscrições abertas.

Mercado de trabalho

Se o seu sonho é ser estilista, o curso superior de tecnologia em Design de Moda pode ser um caminho, mas o nosso curso vai ainda mais além. Veja a diferença segundo a nossa professora Elisangela Manarim Guimarães:

Um estilista tem uma formação mais voltada para a parte do desenvolvimento, de fazer o desenho, criar mais a parte só de criação. O designer não. Além da parte de criação, ele tem que ter o conhecimento da parte da engenharia, do desenvolvimento do produto para ter esse conhecimento um pouco mais amplo.

Aliás, é possível atuar em diversos lugares e até empreender a partir da sua formação aqui no IFSC. Olha só o que dizem nossos professores:


Confira ainda algumas notícias que já publicamos sobre ações e projetos desses cursos:

-> Curso de Produção de Moda vai reformular brechó da Casa da Fraternidade de Araranguá
-> Projeto do Câmpus Araranguá desenvolve equipamento para automatização do tingimento natural de tecidos
-> Identidade e sustentabilidade: atividade do técnico em Vestuário faz customização de jaquetas
-> Empresa Júnior de Moda une câmpus Araranguá e Jaraguá do Sul-Centro
-> I’Fashion: desfile virtual reflete sobre o futuro da Moda
-> Moda inclusiva: projeto do Câmpus Araranguá entrega cadeiras de rodas estilizadas
-> Estudantes transformam tecidos de uniformes da polícia em novas peças de roupas
-> Desfile solidário mostra o trabalho de estudantes de Produção e Design de Moda
-> Câmpus Jaraguá do Sul-Centro forma primeira turma do curso técnico em Beneficiamento Têxtil
-> Tecidos que iriam pro lixo são reaproveitados em projeto de Jaraguá do Sul
-> Estudantes do ensino médio desenvolvem looks em atividade de integração

Gostou deste conteúdo?

Veja o post que já publicamos explicando a diferença entre nossos cursos de eletro.

Se quiser ver todos os cursos que o IFSC tem, clique aqui.

Fique à vontade para nos enviar sugestões de temas para abordarmos por aqui, elogios ou críticas. Nosso e-mail é blog@ifsc.edu.br.

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Como funciona a lista de espera do IFSC

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 22 mar 2023 08:50 Data de Atualização: 22 mar 2023 10:47

Você se inscreveu no processo seletivo do IFSC e aguardou ansiosamente o resultado. Na hora da divulgação dos aprovados e selecionados, seu nome não está na primeira chamada. Não se desespere, ainda há chances de você ser nosso estudante dentro desse mesmo processo. Basta saber se você ficou na lista de espera. E o que isso significa? É o que vamos explicar neste post.

A lista de espera é uma das etapas do ingresso do IFSC

-> Entenda todas as etapas do processo de ingresso do IFSC neste post já publicado no Blog do IFSC

Veja na ilustração abaixo como funciona a lista de espera do IFSC


 

Todo curso que oferecemos tem um número determinado de vagas disponíveis. Os primeiros colocados no processo seletivo (seja por prova ou sorteio) preenchem essas vagas. Quem for classificado na sequência pode compor a lista de espera e ser chamado posteriormente, caso nem todas as vagas sejam preenchidas pelas primeiras pessoas classificadas.

Por exemplo: um curso abre inscrições para 30 vagas. Aí 60 pessoas se inscreveram para estudar neste curso. As 30 primeiras classificadas são as aprovadas na primeira chamada e devem enviar os documentos indicados dentro do prazo de matrícula. Dessas 30, 25 pessoas enviam os documentos e outras 5 não enviam. Sobram, portanto, 5 vagas que não foram preenchidas e serão oferecidas aos próximos classificados da lista de espera.

Quantas pessoas são chamadas para compor a lista de espera?

A quantidade de candidatos convocados na lista de espera varia de acordo com o tipo de oferta. No caso dos processos seletivos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, são convocados até 50 candidatos. Já para os processos que envolvem a seleção para cursos de qualificação profissional, técnicos concomitantes e subsequentes ao Ensino Médio e graduação, são convocados até 100 candidatos.

No entanto, se todos esses candidatos forem convocados e ainda assim sobrarem vagas, os candidatos que estão classificados na sequência também são chamados até que todas as vagas sejam preenchidas. Caso ainda assim as vagas não sejam preenchidas, aí elas são disponibilizadas para o processo de vagas remanescentes ou cadastro de reserva, conforme explicaremos adiante.

Se fui convocado, eu passo a fazer parte automaticamente da lista de espera?

Não. Após a publicação do resultado do processo seletivo, quem estiver com o nome na lista de espera deverá realizar o procedimento de "manifestação de interesse em permanecer na lista de espera" para possíveis chamadas futuras. Basicamente, para manifestar interesse, os candidatos já devem encaminhar a documentação de matrícula, seguindo os mesmos procedimentos dos alunos que foram aprovados, ou seja, é o mesmo prazo, mesmo formulário e mesma lista de documentos previstos no edital como “matrícula”. 

A diferença entre os candidatos aprovados e os candidatos da lista de espera é que, em função da sua classificação no processo seletivo, ao enviarem seus documentos, os aprovados garantem o direito à vaga. Já os candidatos da lista de espera, ao enviarem os mesmos documentos, estarão manifestando o interesse de permanecer na lista, podendo vir a ocupar vagas que fiquem ociosas.

Caso não seja feita essa manifestação de interesse em permanecer na lista, os candidatos deixam de fazer parte desse processo seletivo, perdendo a chance de concorrer às vagas em questão.

Como saber se estou na lista de espera?

Conforme indicado no edital, você deve acompanhar a publicação do resultado na data indicada. Ao acessar o resultado, é possível conferir na mesma página a lista com os candidatos aprovados em primeira chamada e, na sequência, os candidatos convocados para compor a lista de espera.

⚠ Se o seu nome constar em qualquer uma das duas listas, você deve encaminhar a documentação para matrícula conforme orientações do edital.

Você também pode receber um e-mail no endereço que cadastrou na hora de fazer sua inscrição. Mas como, em alguns casos, a mensagem vai para o spam ou, por algum outro motivo, ela não é recebida, é responsabilidade do candidato acompanhar o resultado e os prazos de envio de documentos.

Meu nome não aparece nos aprovados e nem na lista de espera. Acabaram as minhas chances de estudar no IFSC?

Não (não é à toa que há quem diga que o IFSC parece uma mãe 🥰). 

-> Como posso estudar no IFSC? Descubra aqui!

Pode ser que você não esteja na primeira convocação da lista de espera e ainda assim seja chamado. Isso porque, caso sejam convocados os primeiros candidatos para a lista de espera (que são os que aparecem na publicação do resultado da primeira chamada) e ainda assim sobrem vagas (porque nem todos enviaram os documentos e efetivaram sua matrícula),  os candidatos que estão classificados na sequência são chamados também. 

-> Se o seu nome não aparecer na lista dos aprovados e nem na lista de espera, verifique o Boletim de Desempenho Individual no Portal de Inscrições para verificar a sua colocação
(Para isso, acesse o sistema e selecione a opção "já me inscrevi". Após o login, clique na opção "Acompanhar inscrições", selecione o curso para o qual você se inscreveu e clique em "Boletim de desempenho individual". No item "desempenho" você poderá ver a posição no processo seletivo.)

É como se todos os candidatos inscritos no processo seletivo - ou, no caso em que a seleção tem prova, todos aqueles que fizeram a prova - fizessem parte de uma grande lista. Os primeiros colocados têm direito às vagas. Caso não se matriculem, as vagas passam para os próximos da lista de espera. Se esses também não se matricularem, aí são chamados os próximos da fila até que não haja mais candidatos dos que se inscreveram nesse processo.

Só neste momento é que as vagas que não foram preenchidas na primeira chamada e nem por todos os candidatos que compõem a lista de espera passam a ser ofertadas por um processo seletivo simplificado de vagas remanescentes (no caso dos cursos de qualificação profissional e técnicos) ou pelo Cadastro de Reserva (no caso dos cursos de graduação).

-> Entenda como funcionam as vagas remanescentes neste post já publicado no Blog do IFSC

As vagas remanescentes são preenchidas por meio de processos simplificados que variam de acordo com o tipo de curso. Você não precisa ter se inscrito no processo seletivo regular do curso para concorrer às vagas remanescentes, até porque será preciso fazer outra inscrição. 

Só serão abertas vagas remanescentes se as vagas não forem preenchidas pelos candidatos inscritos no processo seletivo regular - seja na primeira chamada ou por quem estava na lista de espera.

Já no caso dos cursos de graduação, as inscrições para o Cadastro de Reserva não dependem de vagas ociosas. Elas são abertas de modo paralelo aos processos regulares de ingresso (atualmente, vestibular e Sistema de Seleção Unificada, o SiSU). Após as chamadas e matrículas dos processos regulares, se sobrarem vagas, aí são chamadas as pessoas que se inscreveram no cadastro de reserva. Mas é possível se inscrever até no vestibular, Sisu e Cadastro de Reserva ao mesmo tempo para ter mais chances de conquistar uma vaga em um curso de graduação do IFSC.

O processo de vagas remanescentes nem sempre acontece, então se você não foi aprovado, não há garantia que serão lançadas novas vagas naquele semestre. Vai sempre depender da quantidade de pessoas chamadas que desistirem de ocupar a vaga.

O Sistema de Cotas também é aplicado à lista de espera e às vagas remanescentes?

O IFSC oferta um percentual de suas vagas de cursos técnicos e de graduação para candidatos oriundos de escolas públicas. Dentre estas há ainda cotas para candidatos de baixa renda, autodeclarados pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência. 

-> Entenda o Sistema de Cotas do IFSC

O Sistema de Cotas é aplicado ao total de vagas regulares do processo seletivo e também para a lista de espera. Já as vagas que são disponibilizadas para preenchimento pelas vagas remanescentes e cadastro de reserva são todas por ampla concorrência, ou seja, sem a aplicação de qualquer tipo de cota.

Quando começam as aulas para quem estiver na lista de espera?

Os candidatos que estiverem na lista de espera e forem chamados para preenchimento das vagas iniciam as aulas junto com os alunos matriculados na primeira chamada. 

Os candidatos que entrarem por vaga remanescente ou cadastro de reserva também iniciam as aulas no mesmo semestre de alunos que conquistaram a vaga da oferta regular. A diferença é que quem obteve a vaga remanescente pode acabar iniciando as aulas alguns dias ou semanas depois em função do tempo do processo, mas passa a integrar a mesma turma. 

Por isso, se você está na lista de espera ou inscrito no processo de vaga remanescente ou cadastro de reserva, é importante ficar de olho no seu e-mail e nos resultados para ver se não foi chamado - o que pode acontecer mesmo depois do início das primeiras aulas.

E aí? Ficou mais claro agora como funciona a nossa lista de espera? Se você está participando de algum processo seletivo do IFSC e está com dúvidas mesmo após ler o edital, envie e-mail para ingresso@ifsc.du.br

-> Quer estudar no IFSC? A gente te ajuda a ler o edital!

Se você ainda não se inscreveu para algum curso do IFSC, acompanhe as vagas abertas. É possível cadastrar um e-mail e ser avisado sempre que estivermos com inscrições abertas para o curso do seu interesse. 

-> Deixe seu e-mail no Cadastro de Interesse para quem quer estudar no IFSC

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