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Projeto “Tartaruga-de-mamão” recebe medalha de ouro em Olimpíada Brasileira do Oceano

EXTENSÃO Data de Publicação: 03 jun 2022 17:16 Data de Atualização: 15 jun 2022 20:45

O projeto de extensão “Tartaruga-de-mamão”, do Câmpus Itajaí, foi um dos vencedores da Olimpíada Brasileira do Oceano 2021. Dentre os 44 inscritos na categoria projetos socioambientais, o projeto de Itajaí recebeu a medalha de ouro. A olimpíada busca promover a cultura oceânica e é promovida pelo Programa Maré da Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), British Council, Unesco, Fundação Boticário, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. “O trabalho do tartaruga-de-mamão engloba muitas dimensões, desde a preparação e desenvolvimento artístico dos alunos extensionistas passando pelo agendamento e realização das apresentações até a coordenação das oficinas de construção e manutenção dos bonecos e as pesquisas desenvolvidas no projeto. Essa premiação nos traz um sentimento de felicidade e de reconhecimento desse trabalho e saber que, de alguma forma, estamos atingindo o nosso objetivo que é o de valorizar e fortalecer a identidade cultural e sensibilizar nosso público para as belezas do oceano e as ameaças que ele sofre, promovendo em algum nível uma transformação social”, avalia o coordenador do projeto, professor Rodrigo Cavalieri.     

O projeto foi criado em 2017, a partir de um trabalho de educação ambiental do Câmpus Itajaí. O grupo se inspirou na história do boi-de-mamão, que narra a história do vaqueiro Mateus que ao ver seu boi morto tenta ressuscitá-lo, para a concepção do roteiro, das músicas, dos personagens e da construção dos figurinos e adereços. No tartaruga-de-mamão, conta-se a história de uma  tartaruga-de-couro que morre ao ingerir plásticos, pensando se tratar de águas-vivas. Nessa adaptação, a bernunça, que é representada por um bicho-papão, é um tubarão mangona, a maricota é representada por uma lula gigante e as cabras são duas tartarugas. O espetáculo começou a ser apresentado em 2018 para as escolas que visitavam o Câmpus Itajaí e ao longo do ano de 2019 foram realizadas 25 apresentações em oito cidades catarinenses para um público de mais de três mil pessoas. 

Em 2020, por conta da pandemia e da suspensão das atividades presenciais, o projeto trabalhou na elaboração de materiais pedagógicos voltados para estudantes dos primeiros anos do ensino fundamental. A partir dos personagens e do enredo do “tartaruga-de-mamão” foram desenvolvidos materiais para abordar temas transversais como alimentação saudáveldança e movimento e consumo responsável. Em 2021, o trabalho se concentrou na realização de 18 encontros virtuais com turmas dos primeiros anos do ensino fundamental, que foram realizados a partir de recursos do edital Proex 01/2021.  

O estudante do curso técnico em Recursos Pesqueiros João Victor Primo participa do projeto desde o início. “Eu não conhecia o boi-de-mamão e foi a partir do tartaruga-de-mamão que eu tive acesso a essa manifestação cultural. O projeto tem me permitido ter uma iniciação musical, a aprender a tocar instrumentos como alfaia, pandeiro e afoxé e a ter um maior senso crítico sobre a questão ambiental, dentre os princípios do projeto estão os 5R: repensar, reduzir, reciclar, reutilizar e recusar.”

A estudante do técnico integrado em Recursos Pesqueiros Joice Peixer também participa do projeto desde 2020. Além de fazer parte de uma apresentação antes da pandemia, ela auxiliou na elaboração dos materiais didáticos. “Eu era bastante introvertida e participar do projeto tem me feito me soltar mais. Eu vejo que muitos conteúdos que a gente trabalha aqui tem muita relação com o que estudamos no curso técnico como a questão dos resíduos sólidos.”

Com o retorno das atividades presenciais no Câmpus Itajaí em abril deste ano, os ensaios do projeto voltaram a ser realizadas todas às sextas-feiras, das 13h às 17h, no auditório do Câmpus. O que fez com que novos alunos aderissem ao projeto, como a  estudante do técnico integrado em Recursos Pesqueiros Mariana Priscila. “É muito divertido participar porque ao mesmo tempo em que trabalhamos um assunto muito sério que é a questão da educação ambiental conseguimos trabalhá-lo de forma leve pelo teatro e pela música. Eu vejo também que a partir do projeto eu estou tendo uma dimensão maior dos problemas causados pelos resíduos de plástico no meio ambiente, meu olhar está mais atento para perceber a presença do plástico em uma série de produtos.”

Mônica Caldas, do técnico em Recursos Pesqueiros, também começou a participar do “tartaruga-de-mamão” neste ano. “Eu vejo que participar do projeto tem me ajudado a me expressar melhor. É um lugar onde me sinto mais livre.” 

Estudantes do Câmpus Itajaí que tenham interesse em participar do projeto ou escolas que queiram agendar apresentações do “tartaruga-de-mamão” devem entrar em contato com o coordenador do projeto pelo e-mail rodrigo.cavalieri@ifsc.edu.br.

 

EXTENSÃO CÂMPUS ITAJAÍ

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