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Direções-gerais dos 22 câmpus do IFSC divulgam carta à comunidade sobre cortes no orçamento

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 30 jun 2022 10:58 Data de Atualização: 26 jul 2022 18:46

Esta semana, o Colégio de Dirigentes (Codir) do IFSC - formado pelos diretores dos 22 câmpus da instituição, mais os pró-reitores, a diretora executiva e o reitor - divulgarou uma carta à comunidade, esclarecendo as dificuldades enfrentadas em cada uma dos câmpus após os cortes orçamentários divulgados pelo Ministério da Economia.

No documento, diretores e diretoras destacam que, apesar de a oferta de cursos e número de alunos ter aumentado significativamente nos últimos cinco anos (veja figura acima), o orçamento da instituição vem sendo reduzido em valores totais e ainda mais na relação orçamento x número de matrículas.

Para que se tenha uma percepção do volume e impacto dos cortes, as direções-gerais fizeram quadros, câmpus a câmpus (veja no carrosel acima), com valores suprimidos e ações afetadas (Canoinhas e São Lourenço do Oeste não enviaram todas as informações, apenas o valor dos cortes: R$ 225.218,00 e R$ 43.396,00, respectivamente).

Confira a íntegra da carta abaixo.

CARTA À COMUNIDADE

As direções-gerais dos 22 Câmpus do Instituto Federal de Santa Catarina vêm a público expressar sua profunda preocupação com o cenário orçamentário que se vem configurando cada vez mais grave no ano de 2022.

Ainda que, ao longo dos últimos cinco anos, nossa oferta formativa tenha aumentado significativamente, conforme dados que são públicos (vide Plataforma Nilo Peçanha) e expressam a tentativa de consolidação dos itinerários formativos que cuidadosamente planejamos em nosso Plano de Oferta de Cursos e Vagas, nosso orçamento, reduzido em valores totais ao longo desse período e ainda mais reduzido se pensarmos valores proporcionais (na relação orçamento x número de matrículas), não vem acompanhando e, sobretudo, não vem sustentando a nossa atuação.

Importante lembrar que somos uma instituição que tem como missão primeira oferecer educação de qualidade a toda a sociedade, porém isso não pode se dar na ausência de recursos que possibilitem aquisição e renovação de equipamentos, softwares, acervo bibliográfico e, principalmente, a manutenção da nossa estrutura básica em funcionamento - ou seja, o cuidado diuturno com nossa estrutura física, da limpeza e vigilância às obras e reparos - e o atendimento à comunidade acadêmica, cuja situação de vulnerabilidade vem aumentando no mesmo ritmo em que se deteriora a situação e econômica do país.

Não há como se falar, por exemplo, em permanência e êxito sem projetos e bolsas de ensino, pesquisa e extensão; sem atividades culturais e esportivas, visitas técnicas, oportunidades de intercâmbio, participação em eventos, bolsas e auxílios permanência, laboratórios atualizados, uso de softwares condizentes com a realidade dos arranjos produtivos, acervo bibliográfico físico e virtual atualizado.

 

Não há como se trabalhar com segurança, planejando um hoje e um amanhã afinados com as demandas da contemporaneidade, quando a destinação de orçamento à rede federal permanece sendo um grande limitador de ações. Isso sem falar da ausência de novas vagas para servidores, que vem impossibilitando a ampliação das ofertas.

Assim, nós gestores temos convivido todos os dias com as incertezas, buscando fazer muito com muito pouco, lutando pela transformação de vidas com recursos que não proporcionam frequentemente o básico.

Todavia, nesta semana, o que já era grave, tornou-se ainda mais complexo com o anúncio do cancelamento de 9,49% do nosso orçamento de custeio e manutenção, o qual já havia sofrido cortes expressivos antes da publicação da Lei Orçamentária Anual no início do ano.

Mais grave ainda é o fato de que o corte impacta diretamente recursos de custeio. Que recursos são esses? Aqueles que garantem a realização de nossas atividades básicas - contratos como luz, limpeza, vigilância e muitos outros, que ocupam cerca de 70% do montante orçamentário; materiais de consumo variados que envolvem desde de reagentes químicos, até papel para impressão; recursos para pagamento de bolsas, monitorias e estágios; fretamento de ônibus e muitas outras ações essenciais.

Para que se tenha uma percepção do volume e impacto dos cortes, apresentamos abaixo, câmpus a câmpus, valores suprimidos e ações afetadas.

 

Gostaríamos que esta carta pudesse percorrer todos os espaços e chegar a todas as pessoas. Somos referência nacional e internacional de educação de qualidade, temos, em conjunto, mais de 47 mil matrículas. Em um momento em que tanto se diz que precisamos transformar a educação, nós temos muitas respostas e provamos, por meio de nossos resultados, dos profissionais que entregamos à sociedade, que a educação que oferecemos dá certo, portanto precisamos fazer coro pelo cancelamento dos cortes atuais e pela valorização da rede federal de ensino.

Colégio de Dirigentes do IFSC

 

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