CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL-CENTRO Data de Publicação: 16 set 2022 14:36 Data de Atualização: 16 set 2022 14:44
Fotos e vídeos publicados em redes sociais refletem mesmo a realidade? O que falamos em plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp pode representar algum risco para nós? E qual o papel da escola na conscientização das famílias sobre o uso e a presença dos jovens nas redes sociais? Essas questões conduziram uma série de conversas realizadas nos dias 9 e 10 de setembro com estudantes, pais e responsáveis no Câmpus Jaraguá do Sul-Centro.
Organizada pela Coordenadoria Pedagógica do câmpus, a atividade foi conduzida pelo jornalista Daniel Augustin Pereira e pela chefe do Departamento de Marketing e Jornalismo do IFSC, Nadia Garlet. “Este é um tema muito atual e que ficou ainda mais em evidência em função do grande uso das redes sociais durante a pandemia. Mas nem sempre essas mídias são utilizadas de um modo saudável”, destaca a coordenadora pedagógica Janete Godoi.
Segundo a chefe do departamento de Marketing e Jornalismo do IFSC, um descuido numa publicação ou numa mensagem enviada nas redes sociais pode ter diversas implicações negativas na vida de uma pessoa. “As mídias sociais não são uma terra sem lei. A Constituição Federal e outras legislações no Brasil mostram que aquilo que falamos, escrevemos ou compartilhamos no mundo virtual pode ser considerado um crime. E, no caso dos adolescentes, quem responde por esses atos são os pais ou responsáveis legais”, aponta Nadia.
Porém, no ambiente virtual, mesmo mensagens que não representem crimes também podem gerar consequências negativas para quem as escreve ou as envia. “É muito comum, por exemplo, que empresas verifiquem os perfis nas redes sociais de pessoas interessadas em vagas de trabalho. Nesse momento, aquilo que você escreveu ou publicou há semanas, meses ou até anos pode se tornar um elemento importante na aprovação ou não num processo seletivo”, lembra o jornalista Daniel Augustin.
O uso descuidado das redes sociais também está associado à prática de bullying e ciberbullying, com implicações na saúde física e na saúde mental de jovens e adultos. “Por isso é sempre importante refletir se aquilo que iremos falar, gravar ou encaminhar pode agredir, constranger ou de alguma maneira desrespeitar outra pessoa. Pense também se você teria coragem de dizer pessoalmente aquilo que quer publicar nas mídias sociais. Esse processo ajuda a evitar que você ou outra pessoa acabem prejudicados”, explica Daniel.
O diálogo com estudantes do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro foi realizado nos três turnos do dia 9 de setembro. Já no dia 10, os pais ou responsáveis legais dos estudantes de ensino médio técnico foram o público da atividade.