O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Notícia Aberta

Aplicações Aninhadas

Publicador de Conteúdos e Mídias

Artes murais de Gugie Cavalcanti serão inaugurados no Câmpus Florianópolis

SNCT Data de Publicação: 24 out 2022 10:42 Data de Atualização: 24 out 2022 11:22

Todos que transitam pela área central de Florianópolis se deparam com Arte Mural de Gugie Cavalcanti. O mesmo acontece com aqueles que entram no Câmpus Florianópolis. Na fachada do Bloco C, duas obras da artista traduzem a missão, os valores e o dia a dia do local. “Eu acho muito interessante quando a obra se completa na cabeça das pessoas. No IFSC, eu estou colocando duas informações: uma menina brincando com peças de montar e outra menina com um capacete de obras, como engenheira. Chamei de Realizar porque como diz uma frase famosa, a gente pode sonhar, mas tem que acordar para realizar; é sobre isso”, afirma Gugie. Ambos murais serão inaugurados nesta quarta-feira (26), às 14h, com a presença da artista, como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que acontece até quinta-feira (27).

Para Gugie, a poética da obra refere-se à conexão que temos do aflorar das nossas aptidões, com o conhecimento adquirido e o empírico, que estão presentes na infância, no sonhar e brincar da criança, no que queremos ser, representado pelo primeiro painel. Posteriormente na concretização desses desejos de infância, já a partir da adolescência e na vida adulta, através da construção de saberes e edificação dos sonhos, representados pelo segundo painel. Ela destaca que a passagem pelo Câmpus tem impacto direto no seu trabalho hoje. “O curso técnico  me fez entender sobre responsabilidade, sobre autonomia, porque tem uma coisa do ensino técnico que exige da gente que façamos as coisas, que corramos atrás”, destacou ela, que cursou o Ensino Médio Técnico em Eletrotécnica, antes de cursar em Artes Visuais na Udesc.

A importância, segundo ela, de realizar a obra “in loco” em uma área central do câmpus, está na provocação da reflexão. “Como pessoa negra, mãe e mulher, busco um espaço de diálogo, fortalecendo a visibilidade de pessoas que são racializadas e excluídas na estrutura social”, disse. “Trata-se de uma menina e uma adolescente negras ali representadas, reforçando questões de visibilidade e representatividade”, reforça a professora Valeska Bernardo, lembrando a importância das meninas sentirem-se representadas e amparadas, já que o IFSC se caracteriza pelo expressivo número de alunos do sexo masculino. “E mais, visibiliza a existência e a presença de meninas, mulheres, negras, que podem sonhar em "realizar" seus sonhos de infância. Visibilidade, representatividade, empoderamento são várias as questões que permeiam esta ação”, completa ela.

SNCT NEWS

Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Leia Mais.