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Gérson Schmitt abre oficialmente SNCT e mostra o caminho para não sermos colônia tecnológica

SNCT Data de Publicação: 26 out 2022 08:59 Data de Atualização: 26 out 2022 09:06

Desde segunda-feira, (24), o Câmpus Florianópolis realiza a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento, que segue até quinta-feira (27), teve sua cerimônia de abertura na noite desta terça-feira (25), com a palestra do diretor de Tecnologia da Informação da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Gérson Schmitt, que apresentou formas de Como as instituições de ensino podem ajudar o Brasil a não ser colônia tecnológica, conciliando sua apresentação com o tema da SNCT 2022 que é o Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil.

Gérson resgatou um pouco da história da ciência no Brasil. “Antes de mais nada a Ciência é cooperação, colaboração, é construção coletiva. Ciência e tecnologia levam à inovação”, destacou ele. Lembrou que a ciência no Brasil caminhou com muitas dificuldades no país, mas obteve destaque na agricultura agropecuária, industrialização de alimentos, exploração mineral e de petróleo, aviação, saúde básica, dentre outros.

O palestrante citou algumas inovações realizadas na história, feitas por brasileiros, como a radiografia, walkman, fotografia, avião, identificador de chamadas (bina), urna eletrônica, soros ligados à saúde, interfaces cérebro-máquina. Ele argumentou ainda que o Brasil ganhou três posições no índice global de inovação: “estamos na 54ª posição, mas é muito pouco frente a esses índices e posições: temos o 5º território do mundo, somos o 6º em população, 12º em PIB, 11º no mercado de TI (Tecnologia da Informação), 5º em empreendedorismo. No entanto, estamos em 60º lugar em educação e 96º em corrupção, 87ª posição de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Cérebros com fome ou dificuldades básicas não conseguem pensar”.

Para Gérson, é preciso mudar esse quadro, e o IFSC pode ser uma célula para isso e fez uma provocação aos alunos, professores e servidores presentes: “vamos dar o exemplo. Meu desafio é o top 20 em inovação. Em Santa Catarina, são 17,7 mil empresas de TI. 5.760, na Grande Florianópolis. Tem mais empresas de tecnologia que padarias. Enquanto em nível de Brasil, o crescimento foi de 26%, aqui foi de 92%, no período de 2016 a 2020. Isso não é por acidente. Isso é trabalho”.

Segundo o diretor da Acate são 87 mil pessoas envolvidas com as empresas de TI, sendo cerca de 19 mil empreendedores (empresários) e mais de 67 mil colaboradores, o que tem levado a um faturamento de R$ 19 bilhões ao ano. “Aqui se precisa de gente capaz de produzir tecnologia e tecnologia rima com inovação. Você tem que criar coisas diferentes”, frisou Schmitt, e completou: “a produtividade de um profissional de TI no Brasil é de 60 a 70 mil, em Santa Catarina, para quem é associado da Acate, esse valor é de R$ 200 mil por pessoa. Porque aqui não vendemos commodities, vendemos diferença, inovação, valor percebido e valor percebido se faz com ciência e pesquisa”.

A Acate atualmente conta com 1.600 empresas associadas, que representam 67% do faturamento no setor, e são 215% mais produtivas. “O IFSC estará presente em todas as verticais de negócios. Essa ponte é para ontem. Essa é a ponte do futuro. Educação gera ciência e conhecimento com empresas que transformam tecnologia em inovação, porque ciência e conhecimento que não vão para aplicação não traz inovação”, advertiu Gérson. As Verticais de negócios fortalecem o setor e são 11 clusters de tecnologia e inovação, com mais de 450 empresas aderidas. “Olha a oportunidade que a gente tem nas mãos. Vejam o que vocês estão desenvolvendo aqui, em drones, em energia, mecânica, eletrônica. Nós temos pontes para isso. Se vocês têm ideias, chamem o empresário e vamos fazer uma aposta nisso. Se não der na primeira, vai na segunda, na terceira e não desiste. Só vence quem não desiste. Todo campeão é um derrotado……..(..) ele teve que

aprender na derrota para ser campeão”, aconselhou, e conclui: “temos uma condição privilegiada, um nível de educação nessa entidade, se não me engano a melhor nota do Brasil. Temos tudo em nossa volta para que não sejamos colônia tecnológica….. (…) a criatividade não tem limite, não tem censura em pensar, você tem apoio, você tem liberdade até para errar. É a estória do campeão. Esse é o nosso desafio, juntarmos educação, conhecimento, a vontade dos professores em ensinarem, dos alunos, aprenderem, e da classe empresarial de realizar isso, transformar isso em inovação na sociedade”.

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