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Informação que salva: estudantes de Enfermagem usam brinquedoterapia para sensibilizar sobre importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de mama

EVENTOS Data de Publicação: 27 out 2022 20:42 Data de Atualização: 27 out 2022 21:06

Em 1999, Verônica Barbi Marini morreu de câncer de mama, aos 71 anos de idade. Sem informação sobre a doença e importância do diagnóstico precoce, ela descobriu a doença tarde demais para sua recuperação. A história, que trouxe dor e sofrimento para a família, atualmente é motivo de inspiração para a neta Roseli Marini da Silva Coradini e seus colegas da 3ª fase do curso técnico em Enfermagem do Câmpus Joinville. Nas atividades de Saúde da Mulher, a vó Verônica foi homenageada com uma boneca educativa e uma contação de história baseada na sua vida, mas com um final feliz para a xará.

“A minha vó não tinha conhecimento e descobriu o câncer de mama em estágio avançado. Eu era adolescente e acompanhei o sofrimento dela, e isso me marcou bastante. E eu queria passar um pouquinho disso pra história da boneca, mas que fosse um final diferente da minha vó”, conta a estudante.

A ideia da boneca veio depois de uma aula de brinquedoterapia. A equipe se juntou para projetar o brinquedo educativo e escrever o roteiro, que começa com a descoberta de um nódulo no autoexame e segue com todas as fases de tratamento, do diagnóstico precoce à mastectomia para retirada da mama esquerda, radioterapia e quimioterapia, sempre na rede pública de saúde e com o suporte da rede de apoio, como da Rede Feminina de Combate ao Câncer. “A boneca consegue vencer o câncer de mama, ao contrário da minha vó, que não teve esta oportunidade”, fala Roseli, emocionada.

“A gente sabe que ainda existem muitas Verônicas por aí, muitas mulheres que não fazem o autoexame, que não sabem o que é o preventivo. Nosso objetivo era conseguir chegar a estas mulheres, e conseguimos”, comemoram Roseli e as colegas de equipe, Ana Cristina de Souza, Kethlin Cristiane da Silva e Roselene Disegna, ao lembrarem do projeto de extensão realizado com mulheres imigrantes no bairro Comasa.

No último dia das atividades coordenadas pelos professores Adelmo Fernandes do Espirito Santo Neto, Marcia Bet Kohls e Reginalda Maciel, o grupo acompanhou uma haitiana de quase sessenta anos em sua primeira consulta preventiva, que se sentiu motivada pelas informações repassadas durante os encontros.

Outubro Rosa

O trabalho da 3ª fase na unidade curricular de Saúde da Mulher também fez parte da programação do Outubro Rosa do Câmpus Joinville. Organizado pelos cursos técnico e superior de Enfermagem, o evento de 21 de outubro reuniu outros depoimentos importantes, como do advogado João Severo Lima Júnior, que falou sobre a experiência masculina com câncer de mama.

Nesse dia, a enfermeira Ivani Camila Appelt contou sobre sua vivência com a doença e a relação com a profissão. Advogada e paciente, Rossana Eccel abordou ainda os direitos das pessoas com câncer. E Dara Deyab falou sobre micropigmentação para reconstrução de aréola. A programação teve também oficina de pulseiras de miçangas e apresentações culturais.

Durante o mês, o câmpus contou ainda com decoração temática dos ambientes e uma exposição sobre os uniformes da Enfermagem ao longo do tempo. No dia 10, o evento “Diálogos sobre saúde mental no Outubro Rosa” trouxe a enfermeira Patrícia Samu Ferreira Batista, da Gerência Regional de Saúde de Joinville, para falar sobre “O papel da Enfermagem e da Gestão na construção de uma sociedade sem manicômios”, e a enfermeira Denise Thum, que fez o “Relato de experiência no enfrentamento do câncer de mama”. No dia 14, as mulheres foram contempladas com um “Dia da Beleza” e oficinas de autocuidado, com a consultora Sabrina Monteiro.

Celebrado anualmente desde os anos 1990, o Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer de colo do útero. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), todos os anos são diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no país – um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

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