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Projeto traduz material e faz aula sobre Solidworks para alunos surdos

PESQUISA Data de Publicação: 20 mai 2019 07:00 Data de Atualização: 17 mai 2019 13:57

O processo de inclusão dos alunos surdos no Câmpus Araranguá deu mais um passo importante nos últimos dias. Depois de traduzir para Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) o primeiro capítulo de um livro sobre SolidWorks, software utilizado em desenho técnico, um projeto de extensão do Câmpus fez uma aula aberta a alunos surdos, com resultados satisfatórios. A expectativa agora é pela conclusão e distribuição do material que vai contribuir com a autonomia dos estudantes surdos nos cursos técnicos dos institutos federais.

Coordenado pelo professor Fábio Evangelista Santana, do curso técnico em Eletromecânica do Câmpus Araranguá, o projeto "Em busca de uma sala de aula inclusiva: introdução ao desenho técnico em Língua Brasileira de Sinais” tem a participação da bolsista Laís Duarte, estudante do curso técnico em Eletromecânica, e do intérprete de Libras do Câmpus Araranguá, Anderson Nunes. No último ano, eles trabalharam na transformação de um capítulo do livro “Meu primeiro livro de SolidWorks” em um vídeo com intérprete em Libras.

“Desde o começo achei a ideia do projeto muito interessante e ver o material ficando pronto está sendo incrível”, resume Laís.

No dia 8 de maio, foi realizada uma aula sobre conceitos básicos de Solidworks na presença de três estudantes surdos – um aluno do curso técnico em Eletromecânica do Câmpus e dois integrantes da Associação dos Surdos de Araranguá. “A tradução de um livro técnico é um processo trabalhoso, já que muitos sinais não existem. Os alunos elogiaram muito a aula que realizamos. Como existe carência de material didático em Libras, qualquer material é sempre bem-vindo”, afirma o professor.

O objetivo agora é avaliar o uso do material pelos estudantes surdos, para que ele possa ser replicado por outros professores em outras instituições de ensino. O projeto tem uma parceria com um professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que pretende utilizar o material no curso técnico em Automação.

Intérprete de Libras do Câmpus Araranguá, Anderson explica que materiais didáticos traduzidos dão autonomia para o aluno surdo, que tem a possibilidade de realizar estudos adicionais sobre o conteúdo visto em sala de aula. Um dos estudantes surdos que participaram da aula de Solidworks é professor de Libras e graduando em Tecnologias da Informação e Comunicação na UFSC de Araranguá, e elogiou a produção do material.

“Uma das coisas que ele colocou foi da importância deste trabalho de termos material traduzido previamente da aula que vai ser ministrada. A falta de material faz com que os alunos surdos tenham dificuldade e acarreta em dificuldade também no trabalho dos intérpretes. Ter esse material traduzido em Libras ajuda no desenvolvimento do aluno”, afirma.

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