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Programa multidisciplinar irá propor ações de segurança, saúde e sustentabilidade à maricultura de Florianópolis

PESQUISA Data de Publicação: 20 mai 2019 09:00 Data de Atualização: 17 mai 2019 14:36

Um programa do grupo de pesquisa Ergonomia, Segurança e Saúde Ocupacionais do Câmpus Florianópolis irá acompanhar um grupo de maricultores do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, para pesquisar e propor ações relativas à segurança, saúde e sustentabilidade à categoria e sua comunidade. Com coordenação do professor Fernando José Fernandes Gonçalves, do Departamento Acadêmico de Metal Mecânica (Damm), o programa “Maricultura: Segurança, Saúde e Sustentabilidade” engloba três projetos, envolvendo também o Departamento Acadêmico de Construção Civul (DACC) e o Departamento Acadêmico de Saúde e Serviços (Dass).

As ações estão previstas para durarem 22 meses. “A ideia é solucionar problemas do dia a dia dos maricultores. Desde questões de segurança do trabalho, processos, até a criação de equipamentos que possam ajudá-los na produção. É bem amplo”, explica Gonçalves. A iniciativa tem ainda o objetivo de contribuir com a cultura, economia, história, gastronomia, hospitalidade e conhecimento técnico e científico para o bem-estar de todos que estão envolvidos na cadeia produtiva da maricultura.

O programa já começou, com uma pesquisa junto aos maricultores, que é o primeiro projeto: Fatores de riscos ambientais e de sustentabilidade presentes na produção de moluscos no Ribeirão da Ilha, Florianópolis/SC, sob a coordenação da professora Maria Angélica Bonadiman Marin, do DACC. O Ribeirão da Ilha é a vila mais antiga da Ilha de Santa Catarina e representa, historicamente, um importante local de cultivo de moluscos, servindo de centro de abastecimento, comercialização e distribuição em nível municipal e regional. Para a coleta de dados, serão realizados um total de 10 visitas em terra e três embarques. Serão realizadas análises físico-químicas e bacteriológicas na água do mar, na água utilizada para beber e na água utilizada para a higienização dos moluscos. Também será feita a análise dos riscos ambientais e de sustentabilidade.

O segundo projeto integrante do programa é o Atores da Maricultura do Ribeirão da Ilha: Diagnóstico da Realidade da Segurança e Saúde Ocupacional, de Turismo Sustentável e Ações Educativas, sob coordenação do professor Marco Antônio Vezzani, do Dass. O objetivo é mapear e analisar os riscos ocupacionais inerentes às atividades da maricultura e as situações geradoras de fatores indesejados nas interações de trabalho. Também será abordada a questão do turismo sustentável. Esta etapa também está em andamento por meio de observações in loco e questionários.

A última etapa do programa será a elaboração de um protótipo para o beneficiamento das cascas de ostras e mariscos, combinado a ações educativas. Esse projeto está sob coordenação do professor Gabriel Costa Sousa, do Damm. De acordo com a justificativa do programa, o aumento da maricultura vem levantando a questão do descarte dos resíduos gerados, especialmente as conchas. Tem-se pesquisado o uso das conchas para materiais de construção, como matéria-prima na produção de ração para aves, para reconstituição do solo e também para remover o fosfato das águas usadas no processo.

Atualmente, cerca de 25% dos maricultores afirma que jogam seus resíduos no mar, e 10% lançam em terrenos da região. Quando jogadas no mar, as conchas podem influenciar negativamente o cultiva de ostra por causa do assoreamento da baía. Nos terrenos baldios e em áreas onde há acúmulo de conchas, há o problema do mau cheiro e da poluição visual. Tecnicamente, é possível transformar conchas em matéria-prima para produtos comercializáveis. 

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