SEPEI Data de Publicação: 29 jul 2019 11:00 Data de Atualização: 26 jul 2019 11:12
Os estudantes do Câmpus Criciúma se preparam para mais um Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei). O evento acontece entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, em Chapecó. A delegação do Câmpus Criciúma terá cerca de 70 estudantes, que levam na bagagem uma série de projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos ao longo dos últimos meses.
Os alunos do segundo ano de Edificações, Danielle Thomaz e Gabriel Fernandes, foram alguns dos responsáveis por corrigir e digitar as poesias e crônicas escritas por alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental de escolas públicas da região, reunindo todos os textos em um só livro. O projeto “Escrita criativa na escola: poesia, conto, fábula e memórias” teve início com a professora Carla Zanatta Scapini que, em parceria com as escolas Jorge da Cunha Carneiro e Maria José Peixoto, ministrou oficinas de produção textual que abordavam cinco gêneros literários: poesia, fábula, conto e memória.
Além de corrigir a gramática dos escritos de uma maneira que eles continuassem com a “cara” de quem escreveu, os estudantes de Edificações também realizaram, junto com os alunos, a ilustração dos textos, algo que foi bem aceito pelos escritores. Segundo Gabriel, o conteúdo escrito pelos alunos se mostrou um reflexo de suas vivências como, por exemplo, problemas pessoais e na escola.
“O contraste de vivência entre nós e os alunos que escreveram os textos é grande, tanto na questão social quanto pessoal, algo que acaba se refletindo no tema dos trabalhos deles”, destaca o estudante.
Já Samira Oenning, aluna do segundo ano do técnico em Química, levará para o Sepei um estudo sobre uma série de atividades desenvolvidas pela Comissão pela Diversidade e Direitos Humanos para promover a permanência e o êxito dos alunos do IFSC. O projeto que tem como objetivo criar um ambiente em que alunos e servidores possam se sentir acolhidos é coordenado pelo professor Marcos Grams e orientado pela professora Sabrina Paz, e surgiu devido ao número de alunos que deixam a instituição antes de terminarem os cursos.
“Nós, da Comissão, promovemos atividades que visavam a inclusão das pessoas, como a manutenção mensal do mural do hall de entrada, com temas voltados aos direitos humanos, rodas de conversas e, também, a segunda edição do Novembro Negro. As atividades que realizamos possuíam o objetivo de promover um melhor acolhimento de todas as diversidades”, diz Samira.
Rene Roberto Stzutski, aluno da terceira fase de Licenciatura em Química, apresentará uma série de equipamentos construídos para o auxílio de alunos com deficiência motora da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Criciúma. Desenvolvido por estudantes de Engenharia Mecatrônica e Engenharia Civil, o projeto contou com a participação dos alunos de Licenciatura para estudar a maneira como os equipamentos ajudaram a melhorar a qualidade de vida e de estudo dos alunos da Associação.
“Nós [alunos do curso de Licenciatura em Química] ficamos responsáveis pelo estudo didático-pedagógico dos artefatos que foram produzidos, ou seja, estudar como eles foram percebidos pelos alunos e profissionais da APAE e como melhoraram ou auxiliaram na qualidade de vida e estudo dos alunos”, afirma Rene, que vê no Sepei uma chance de mostrar a importância de projetos de extensão tão impactantes na comunidade.
A automação de um PediaSuit, equipamento usado por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para a reabilitação motora de pessoas com deficiência, e uma mesa ergonômica com ajuste elétrico para os alunos da APAE, foram apenas alguns dos equipamentos construídos pelos estudantes.
Em sua oitava edição, o Sepei tem como central “Mundo digital e futuro do trabalho”. É a primeira vez que o evento é realizado no oeste catarinense.