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Estudantes e professores de Física do Câmpus Araranguá criam canal no Youtube para divulgação científica

SEPEI Data de Publicação: 31 jul 2019 13:00 Data de Atualização: 26 jul 2019 14:10

Professores e estudantes de Licenciatura em Física do Câmpus Araranguá lançaram um canal no YouTube para falar, de forma atrativa e bem humorada, sobre os quase sempre áridos e impenetráveis assuntos científicos. O canal faz parte de um projeto mais amplo que busca fazer com que os avanços da pesquisa em educação científica cheguem até as salas de aula da educação básica por meio de ações de divulgação científica articuladas com o ensino formal. A iniciativa está nessa 8a edição do Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei). 

O primeiro vídeo do canal IFScience - A ciência no IFSC é para todos foi publicado no dia 16 de abril, logo após a revelação da primeira foto de um buraco negro, tema dos dois primeiros vídeos. Também já foram publicados vídeos sobre vida extraterrestre e sobre a ciência por trás dos filmes da Marvel, na esteira da febre mundial pela estreia do filme Vingadores – Ultimato. Já foram gravados dez vídeos, o último na semana passada. “O tema é os 150 anos da Tabela Periódica. Vai falar sobre cinco fatos que a maioria das pessoas, inclusive professores, não sabem sobre ela. É uma homenagem ao ano internacional da tabela periódica”, revela o professor Felipe Damasio. Ele conta que o vídeo mais popular foi o que abordou  curiosidades dos buracos negros seguido pelo vídeo da física do filme Dr Estranho. 


Idealizado pelo Grupo de Estudos em Educação e Divulgação Científica, o canal no YouTube é a materialização de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Câmpus que pesquisa os avanços na educação científica e como estes avanços podem ser aproveitados para a divulgação científica e para a qualificação do ensino em sala de aula. O projeto é coordenado pelos professores Samuel Costa, Adriano Antunes Rodrigues, Israel Muller dos Santos e Felipe Damasio. O grande objetivo do projeto é levar até a educação básica avanços propostos pela pesquisa em educação científica, além de pesquisar formas de divulgar e melhorar a ciência ensinada nas escolas em ambientes formais e não formais.

“Temos um grupo de pesquisa que é exatamente sobre divulgação e educação científicas, que busca trazer as novidades e os avanços na área, isso porque a literatura mostra que, mesmo a que a área de educação científica tenha bastante material e tenha tido bastante avanço nas últimas décadas, tal avanço não estão impactando em sala de aula”, explica o professor Felipe Damasio, um dos responsáveis pela iniciativa. “Uma forma de fazer isso é o que pesquisamos aqui, tentar articular a divulgação científica com a educação científica. Por isso o canal foi criado, para divulgar as pesquisas de nossos alunos de iniciação científica, residência pedagógica, iniciação à docência ou que estão fazendo seus trabalhos de conclusão. O canal é a cara dessas pesquisas muito mais aprofundadas que os alunos fazem”, completa.

A partir de suas próprias pesquisas, os estudantes de Licenciatura em Física, e também de Especialização em Educação Profissional e Tecnológica, estão gravando vídeos sobre temas como a ciência no universo dos heróis da Marvel, como a Física e a Biologia ajudam a entender as possibilidades de vida fora da Terra, as mulheres ganhadores do Prêmio Nobel de Física, a vida e obra de Katherine Johnson, cientista da Nasa retratada no filme “Estrelas Além do Tempo”, tabela periódica, dessalinização da água do mar, buracos negros, entre outros. A ideia do canal é uma forma de alinhar a divulgação científica ao que o público tem procurado em termos de informação científica, aportando rigor científico a um meio que vem sendo ocupado por “amadores”.

“Nossos conhecimentos específicos de Física e Pedagogia permitem pensar em intervenções nos ensinos formal e informal e nos espaços de divulgação científica, cada um com suas particularidades. Estes espaços são ocupados eu não diria por amadores, mas por pessoas de outras formações que dispõem de consultorias na área científica. Nós, como professores e estudantes de Licenciatura em Física, podemos coexistir neste espaço com outros profissionais, aprendendo com eles e contribuindo com nossa formação”, afirma o professor Israel Muller dos Santos, que também integra o projeto.

Além do canal no Youtube, o projeto também faz participações na Rádio Araranguá, e os estudantes aplicam os resultados de suas pesquisas nas escolas em que atuam. “Como instituição pública, temos a responsabilidade de derrubar os muros, metaforicamente falando, e levar o conhecimento que o IFSC produz para a comunidade que nos cerca e também para quem está longe. A maneira mais fácil de tentar levar ao público o que se produz no IFSC em termos de pesquisa sobre educação científica é através da divulgação científica, e assim conseguimos deixar bastante latente a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O canal é parte do programa de divulgação científica do nosso grupo de pesquisa, e vamos continuar com a produção de atividades de divulgação científica por mais um ano que é prazo de vigência do edital universal”, conclui Damasio.

SEPEI NEWS

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