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Aula magna encoraja calouros a conquistarem seu espaço na Enfermagem

ENSINO Data de Publicação: 12 ago 2019 20:00 Data de Atualização: 06 out 2020 13:57

“Na enfermagem, podemos ser tudo o que quisermos ser.” Mais que uma frase de impacto ou motivacional, a declaração da enfermeira, professora, pesquisadora e escritora Adriana Moro é baseada na experiência de quem descobriu na profissão a possibilidade de realizar todos os seus sonhos. Adriana e o professor de Tecnologias Educacionais e pró-reitor de Extensão e Relações Externas do IFSC, André Dala Possa, foram os responsáveis pela aula magna da primeira turma do curso de graduação em Enfermagem do Câmpus Joinville, na última quarta-feira (7).

“É a melhor profissão que poderia ter”, afirma entusiasmada a enfermeira, que começou sua trajetória no IFSC, onde se formou no curso técnico em Enfermagem em 2002, na época de transição de Escola Técnica Federal (ETF) em Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). “Comecei o curso com 17 anos e não tinha clareza sobre o que me esperava, mas tive mestres que me passaram o amor pela profissão”, conta Adriana, lembrando especialmente da professora já aposentada Roni Regina Miquelluzzi.

Residente no município de Mafra, Adriana teve o privilégio de fazer o curso técnico na própria cidade, porque, na época, uma equipe de professoras de Joinville se deslocava até a região do Planalto Norte para dar aulas aos finais de semana. Animada com a área, Adriana fez o curso superior em Enfermagem, especializações, mestrado em Desenvolvimento Regional e Políticas Públicas e doutorado em Políticas Públicas. Tem experiência em saúde pública, saúde da criança e do adolescente, saúde mental, terapias integrativas e complementares e políticas públicas. Atualmente, é colaboradora da Secretaria Municipal de Saúde de Mafra, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), e da Universidade do Contestado (UnC), no curso de Enfermagem.

“A Enfermagem é uma profissão que se transforma constantemente e, a cada dia, ganha novos espaços”, ressalta Adriana. Neste sentido, ela apresentou para os futuros profissionais as áreas em ascensão dentro da Enfermagem, como cuidados paliativos, instituições de longa permanência, práticas integrativas e cuidados em saúde, parto humanizado e exames e atenção especializada. “A própria OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde] reconhece que enfermeiros são essenciais para os países avançarem rumo à saúde universal.”

Como conselho aos estudantes que começam agora sua formação, Adriana pediu para que deem atenção ao cuidado, que olhem para além da técnica. “Nossa profissão é altamente eficaz, eficiente e promissora, mas precisamos ser flexíveis com nosso tempo. Se precisarmos parar e escutar um paciente, que não seja dolorido. Porque a técnica também precisa dar atenção ao cuidado; é preciso sentar e escutar.”

Tecnologia

Ao mesmo tempo em que os novos profissionais são encorajados a aliar técnica e cuidado, também são desafiados a buscarem nas novas tecnologias oportunidades de crescimento e melhoria da profissão. “Vivemos a primeira geração da cultura digital. Estamos mudando a forma como pensamos, como nos comunicamos. Como isso afeta a educação e a saúde?”, questiona André Dala Possa, graduado em comunicação social, licenciado em sociologia, mestre em Ciências Sociais, doutor em Ciências da Comunicação e pesquisador associado ao Observatório da Cultura Digital da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP).

Na palesta sobre “Tecnologias educacionais na formação do enfermeiro”, André lembrou aos calouros de Enfermagem que a educação profissional tem características que tornam a cultura digital mais desafiadora. “Não esperem que o conhecimento venha todo aqui da frente. Vocês precisam ser protagonistas do aprendizado”, enfatiza Dala Possa, lembrando que a escola, nesta nova cultura, precisa focar na promoção de experiências, abandonando a exposição de conteúdos excessivamente teóricos e focando na concepção curricular e nas estratégias de avaliação de competências.

Defensor da tríade ensino, pesquisa e extensão na educação superior, André Dala Possa convoca os estudantes a tirarem proveito da cultura digital para focar na solução de problemas reais, como acabar com as filas para atendimento em postos de saúde ou inibir a propagação de notícias falsas pela mídia, por exemplo. “Vocês têm grande chance de desenvolver produtos inovadores para a área da saúde”, encoraja.

Como “tarefa de casa”, André pediu aos estudantes que usem as redes sociais para postar suas impressões sobre a aula magna, o curso e o IFSC, usando o marcador #tonoifsc_enfermagem1.

O curso

O início do curso superior de Enfermagem acontece em um período de comemoração histórica para o IFSC. Neste ano, o curso técnico em Enfermagem comemora 25 anos de funcionamento em Joinville. Graças ao curso técnico, iniciado ainda em 1994, o Câmpus Joinville dispõe de condições para o desenvolvimento do curso superior. O atual Laboratório de Enfermagem contempla as áreas de semiotécnica, semiologia, clínica médica, clínica cirúrgica, centro cirúrgico, UTI, pediatria e ginecologia, além de espaços para estudo de microbiologia, anatomia e fisiologia humana.

Com duração de dez semestres, o bacharelado em Enfermagem tem entrada anual, alternada com o ingresso do curso técnico em Enfermagem. Cada turma tem 24 vagas. O ingresso é pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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ENSINO CÂMPUS JOINVILLE NEWS

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