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Pesquisa inédita na região do Planalto Norte estuda produtividade de vacas leiteiras de primeira lactação

CÂMPUS CANOINHAS Data de Publicação: 22 ago 2019 07:43 Data de Atualização: 22 ago 2019 07:50

A região do Planalto Norte acaba de obter informações relevantes para o estudo da pecuária leiteira. Uma equipe multidisciplinar, formada por estudantes e professores dos cursos superiores de Agronomia e Alimentos, da especialização em Desenvolvimento Rural Sustentável e do curso técnico em Agroecologia do Câmpus Canoinhas e extensionistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), desenvolveu uma pesquisa inédita na região para levantar as características produtivas de vacas leiteiras de primeira lactação.

“A pesquisa é de suma importância para a análise dos arranjos produtivos, elaboração de políticas públicas direcionadas para a pecuária leiteira e desenvolvimento de tecnologias voltadas para este setor”, explica a estudante do curso superior de Agronomia, Samanda Palhano Metka. Ela conta que antes não havia dados específicos da região nesta área. “A pesquisa gerou muita informação para quem está dentro do IFSC, para cada tipo de curso trabalhar na sua área. Também geramos informações para extensionistas e para os próprios produtores, que, se precisarem de algo relacionado à primeira lactação, vão ter um leque grande de informação”, ressalta.

Segundo a estudante, as informações levantadas foram surpreendentes e todas positivas, especialmente no que diz respeito à produtividade. Para se ter uma ideia, a pesquisa identificou a produção média de leite de 19,8 litros por vaca ao dia, com valores máximos de 32 litros. “Partindo desta média, estima-se uma produção anual superior a seis mil litros de leite por vaca. O total é muito superior à média nacional, que, segundo o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], é de 1.709 litros. Também é o dobro da média do Sul do Brasil, que é a maior região produtora de leite do país, com uma produção média de 2.966 litros de leite por vaca ao ano”, informa.

A pesquisa

Além da produtividade, o estudo analisou outras seis variáveis: idade das vacas, tempo de produção, gestação, condição corporal dos animais, ingestão de ração e média de pastejo. A coleta das informações individuais das vacas e sobre os sistemas de criação foi realizada nos meses de outubro e novembro do ano passado, em 29 propriedades rurais da região do Planalto Norte, localizadas em oito municípios: Canoinhas, Três Barras, Mafra, Papanduva, Itaiópolis, Irineópolis, Major Vieira e Monte Castelo.

Foram avaliadas 78 vacas de primeira lactação, nascidas a partir do ano de 2015. Outros dois critérios levados em conta na seleção dizem respeito às propriedades, que precisavam ter na atividade leiteira sua principal fonte econômica e deveriam ser assistidas pela Epagri ou ter vínculo com projetos de pesquisa e extensão do IFSC.

Neste ano, aconteceram as fases de revisão bibliográfica, tabulação e análise de dados, redação da pesquisa e divulgação dos resultados. O projeto “Características produtivas de vacas leiteiras de primeira lactação criadas no Planalto Norte catarinense” foi apresentado por Samanda na oitava edição do Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC (Sepei), que aconteceu de 30 de julho a 1º de agosto, em Chapecó, e ficou em terceiro lugar na categoria Apresentação Oral DT 2 - Meio ambiente, tecnologias e os desafios à sustentabilidade no contemporâneo.

“Fiquei feliz em ganhar o prêmio em minha primeira participação no Sepei e em poder passar as informações que levantamos. É também uma motivação para os alunos de Agronomia, que está em seu segundo semestre, para que se engajem em mais projetos e participem das outras edições do Sepei”, comenta a estudante, que retornou de São Mateus do Sul, no Paraná, onde mora desde a infância, para Canoinhas, onde nasceu, para fazer o curso de Agronomia. “Meu pai é agricultor e sempre tive contato com a área desde pequena. É o que me faz brilhar os olhos. Nunca cogitei a hipótese de fazer outro curso e conseguir fazer Agronomia é a realização dos meus sonhos, ainda mais dentro do Instituto Federal”, comemora.

Os pesquisadores

Além de Samanda, fazem parte do grupo de pesquisa os seus colegas de curso, Jorge Rafael Watanabe, Larissa Baptista e Gabriel Dideck, as estudantes do superior de tecnologia em Alimentos, Barbara Cristine Morais, e da especialização em Desenvolvimento Rural Sustentável, Juceli Mastey, e o aluno Victor Yuji Yamasaki Takayosi, do técnico em Agroecologia. A orientação do projeto é de responsabilidade dos professores Rangel Fernandes Pacheco e Geraldo José Rodrigues.

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