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Câmpus Gaspar participa de seminário sobre proteção aos migrantes e enfrentamento ao tráfico de pessoas

ENSINO Data de Publicação: 27 ago 2019 11:19 Data de Atualização: 27 ago 2019 11:27

Na última semana, dos dias 19 a 23, os municípios de Chapecó, Concórdia e São Miguel do Oeste receberam o Seminário da Rede de Proteção aos Migrantes e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O evento faz parte do Projeto Executivo Mapear do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (Mapear ETP), que se desenvolve a partir da construção de parcerias, com um piloto em Santa Catarina para criar a metodologia de coleta de dados que será replicada no restante do país.

A professora Renata Waleska de Souza Pimenta, colaborou com o evento através da oficina de Metodologia para a Assistência de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade. Renata explicou que pessoas em situação de vulnerabilidade são mais suscetíveis a serem vítimas do tráfico de pessoas: “hoje o tráfico de pessoas é o 3º crime mais rentável no mundo, ficando atrás do tráfico de drogas e armas. Devido às possibilidades lucrativas, muitas pessoas em condições de vulnerabilidade acabam vítimas deste crime”.

Renata também ressaltou a importância do seminário para reflexão sobre o tema e também do trabalho em rede para combater o tráfico de pessoas. “No seminário, tivemos a possibilidade de refletir sobre a forma como os direitos humanos podem ser violados nas regiões de fronteira e proporcionamos momentos de capacitação de servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de estudantes e imigrantes. O evento discutiu, a partir do prisma das várias entidades participantes esse cenário no estado e destacou a importância do trabalho em rede das instituições públicas e civis”.

Além da professora, a diretora do Câmpus Gaspar, Ana Paula Kuczmynda da Silveira, também participou do evento, na parte do conselho consultivo e destacou a relação do IFSC com a temática do evento. “Nós atuamos desde 2015 no atendimento da população haitiana, tanto no acolhimento quanto no campo da qualificação profissional e também na capacitação dos agentes públicos para receber essas pessoas e dar acesso a políticas públicas para elas. Nós desenvolvemos expertises no sentido de pesquisa e coletas de dados e também no sentido de capacitar os agentes públicos”, explicou.

Participaram como parceiros na organização do Seminário, além do IFSC, o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Tráfico de pessoas

O tráfico de pessoas é o comércio de seres humanos, realizado para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial, tráfico de drogas ou outros produtos. Segundo Relatórios do Escritório das Nações Unidas para o Combate às Drogas e ao Crime (UNODC), o tráfico de pessoas é a terceira indústria criminosa mais rentável do mundo, movimentando 32 bilhões de dólares ao ano, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.

A região do oeste do estado não foi escolhida à toa. Segundo dados do Observatório de Erradicação do trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Trabalho, as regiões do meio oeste e planalto catarinense possuem um potencial elevado para o de tráfico de pessoas, já que as duas regiões fazem fronteira com outros países e estados, tornando-se pontos de vulnerabilidade.

Segundo dados do Observatório de Erradicação do trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Trabalho, as regiões do meio oeste e planalto catarinense possuem um potencial elevado para o de tráfico de pessoas. Entre 2003 a 2018 foram resgatadas cerca de 435 pessoas em situações de trabalhos nessas regiões, de um total de 901 em todo o estado. 

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