INSTITUCIONAL Data de Publicação: 24 set 2019 17:14 Data de Atualização: 24 set 2019 17:27
Ao mesmo tempo em que dominam as redes sociais, aplicativos de jogos e canais de diversão, muitos jovens não possuem a mesma habilidade quando o assunto é a aplicação da tecnologia aos estudos e trabalho. Como alternativa ao problema, o Câmpus Canoinhas está realizando um curso de informática específico para uma turma de adolescentes e jovens atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) - Região I, localizado perto do IFSC, no Campo d'Água Verde, que apresentou a demanda. As aulas começaram em agosto e seguem até dezembro, com encontros semanais todas as quartas-feiras nos laboratórios do câmpus.
O objetivo do curso é garantir que os participantes tenham condições de buscar o primeiro emprego com segurança, autonomia e qualificação, já que a boa desenvoltura no uso das tecnologias de informação e comunicação, mais especificamente da informática, é requisito para a maioria das vagas de empregos e estágios oferecidas aos jovens.
“Boa parte dos jovens socialmente vulneráveis não têm acesso a computadores e, muito menos, à tutoria de qualidade sobre como utilizá-los”, comenta o coordenador do curso, Lucas Bueno, lembrando que esta dificuldade não é exclusiva de quem não tem acesso ao computador. Por isto, o curso de informática aplicada para jovens e adolescentes é tratado como uma experiência piloto que, futuramente, poderá ser replicada em outros grupos.
“Em nossa observação como professores de informática aplicada em cursos do ensino superior, verificamos que mesmo os jovens que possuem fácil acesso a tecnologias da informação e comunicação, apesar de utilizarem com destreza os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, não apresentam destreza no uso das ferramentas e na execução de tarefas que normalmente fazemos em computadores, como a escrita e leitura de e-mails e elaboração de documentos, apresentações e planilhas simples”, enfatiza.
Justamente por causa dos temas trabalhados nas aulas e pela linguagem usada, o curso está agradando e motivando os alunos. “Estou gostando do curso porque eles sabem explicar muito bem o que eles estão passando para os alunos. Estou aprendendo muito, muitas coisas que eu não sabia”, comenta o jovem Peterson Spak.
Além do professor Lucas, a equipe do projeto é composta pelos professores Luciano Barreto e Mauricio Begnini e pelos estudantes voluntários, Gustavo Petrentchuk e Karine Leticia Fragoso, do curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.