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Projeto e reconhecimento proporciona transformação para apenados do sistema prisional

EXTENSÃO Data de Publicação: 06 jan 2020 07:47 Data de Atualização: 06 jan 2020 08:07

Natal, virada de ano. Para a grande maioria, o significado é mudança. Homens e mulheres, que temporariamente estão privados de liberdade e convívio social, receberam o reconhecimento formal pelo seu conhecimento adquirido e competências. A entrega dos certificados aconteceu dia 19 passado, nas penitenciárias masculina e feminina de Criciúma, através de uma parceria do IFSC com a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. Para todos, a conquista caracteriza transformação sim. 

35 detentos receberam Certific em Montador de Esquadrias de Alumínio, enquanto 24 mulheres estão aptas em Boas Práticas para Manipuladores de Alimentos. Outras 29 detentas concluíram e receberam certificado do projeto de extensão Empoderando mulheres no Cárcere. 

Para Marisilvia dos Santos, coordenadora de Extensão do Câmpus Criciúma, desenvolver projetos educacionais no sistema penitenciário é um desafio e, ao mesmo tempo, gratificante. “Os programas e projetos de educação no sistema presidiário é importante para a ressocialização e desenvolvimento de senso de autovalorização dos privados de liberdade”, argumenta. Segundo ela, a educação é visualizada como um caminho promissor para a reintegração social da pessoa encarcerada. “Mas, além disso, a educação é um direito humano universal que deve ser assegurado a todas as pessoas, independentemente de sua situação; é um direito que potencializa o exercício de outros direitos como o trabalho, a saúde e a participação cidadã. A extensão dos serviços de educação a grupos historicamente marginalizados – como as pessoas privadas de liberdade – é, portanto, parte essencial na luta pela afirmação dos Direitos Humanos em sua universalidade”, defende Marisilvia.

A juíza Débora Zanini, que tem apoiado as iniciativas educacionais no sistema prisional, e estava presente na entrega dos certificados, destacou a importância das oportunidades que são proporcionadas às detentas para que elas “busquem outros ares”, ao saírem do sistema prisional.

Para a reitora Maria Clara Schneider, é muito gratificante ver como essas iniciativas podem representar novas oportunidades de reinserção social e qualificação para cidadãos e cidadãs em situação de vulnerabilidade.

Mão na massa

Na penitenciária masculina, há uma empresa de esquadrias de alumínio. Na penitenciária feminina tem uma panificadora (Líder distribuidora). Para o recebimento dos certificados, todos eles foram dispensados de suas atribuições diárias. 

A Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada - Rede Certific é uma política pública de inclusão social e educação profissional e tecnológica, cujo objetivo é o atendimento aos trabalhadores que buscam o reconhecimento formal de saberes e competências adquiridos na trajetória de vida e trabalho, por meio de processos de certificação profissional. 

Quem canta, seus males espanta

Empoderando mulheres no cárcere é o projeto de extensão desenvolvido pelo Câmpus Criciúma junto a apenadas do município. A cada ano, novas detentas participam da iniciativa, que além do Coral Vivavoz, realiza ainda palestras, oficinas, e faz acompanhamento de egressas. 

O projeto, que envolveu 29 internas da penitenciária feminina, visa buscar o acesso aos direitos humanos, cidadania, possibilidades de geração de renda, no sentido de promover iniciativas de inclusão educacional, social e cultural das apenadas; bem como incentivar artes manuais por meio de artesanato; e identificar talentos artísticos.

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