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Calendário do curso técnico em Produção de Moda mostra cotidiano da Apae Araranguá

ENSINO Data de Publicação: 04 mar 2020 14:32 Data de Atualização: 06 out 2020 11:59

Depois do sucesso do calendário de moda produzido para o Lar de Idosos São Vicente de Paulo, o curso de Produção de Moda do Câmpus Araranguá levou a iniciativa à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município. Além de mostrar à sociedade a relevância do trabalho desenvolvido pela instituição, o projeto ainda desafia os estudantes a colocarem em prática os conhecimentos do curso.

O calendário foi entregue oficialmente no dia 28 de fevereiro. As fotos, feitas pela fotógrafa Flávia Sá, mostram o cotidiano da Apae e as atividades realizadas pelos alunos. No projeto, os estudantes do curso técnico em Produção de Moda vivenciam os desafios da profissão e, de quebra, ainda desenvolvem um trabalho de impacto social.

“O projeto certamente nos tornou pessoas melhores. O primeiro contato com a Apae foi no início do segundo semestre de 2019. A partir daí fomos criando um vínculo com os alunos e funcionários. Fizemos algumas visitas bem importantes e também aprendemos com eles, fizemos amigos e foi realmente muito especial”, afirma a estudante Flávia Miranda, 37 anos, responsável pelo projeto ao lado dos colegas Ana Clara Nabarr, Henrique Silveira e Jeison Cardoso.

A equipe de estudantes buscou apoio de empresas e profissionais, planejou o conceito e organizou toda a produção do calendário. Um dos objetivos, manifestados pela própria direção da Apae, era dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela instituição. Tanto é que o projeto é intitulado “Conscientização e vivência diária na Apae de Araranguá”.

“As fotos demonstravam exatamente o que a gente queria, que era mostrar para a sociedade essa vivência e a sociedade se conscientize o que é a Apae. Para mim, foi um dos trabalhos mais importantes do curso. Essa troca entre o IFSC e a sociedade só tem a acrescentar boas coisas para todos”, diz Flávia.

Impacto na comunidade

A ideia segue projeto semelhante realizado ao longo do segundo semestre de 2018 e entregue em março de 2019 ao Lar de Idosos São Vicente de Paulo. De acordo com o professor Jozimar Pelegrini, a repercussão positiva do primeiro calendário motivou a continuidade do projeto realizado no último módulo do curso, pelo impacto que gera não somente na sociedade, como na visão de mundo dos estudantes do IFSC.

“Além de ele fazer um trabalho, que é ser um produtor de moda, tem o impacto social também. A intenção da Apae também foi mostrar o dia a dia da instituição. As pessoas muitas vezes não entendem o que faz a Apae. As visitas, o trabalho, isso gera um impacto muito grande em como o aluno vê o mundo. É uma maneira de tirá-lo de sua realidade e inseri-lo em outra. Os alunos saem muito tocados deste tipo de trabalho e com a Apae foi muito gratificante”, afirma Jozimar, que acompanhou o projeto junto às professoras Anamélia Valentim, Graziela Kauling e Aline Hilsendeger.

Carinho e atenção

Os calendários já foram distribuídos entre as famílias dos alunos da Apae e também entre os funcionários da instituição. Orientadora pedagógica da Apae de Araranguá, Eunice dos Santos diz que o projeto foi tão marcante que os calendários não serão usados apenas em 2020, mas serão guardados como uma lembrança. Para a profissional, projetos como esse são importantes porque elevam a autoestima dos alunos.

No meu olhar de orientadora, a coisa mais importante foi ver o entusiasmo dos nossos alunos quando alguém de fora vem procurar para entrevistar, fotografar, fazer amizade, trocar carinhos. Eles se sentem importantes. Por mais que se trabalhe uma sociedade inclusiva, às vezes a fala é bonita, mas a inclusão não se dá de forma real. Quando eles recebem alguém de fora, a gente vê no olhar dos alunos o entusiasmo. Fazer uma pose, tirar uma foto, sair num calendário, para eles é algo muito importante mesmo”, afirma Eunice.

A orientadora pedagógica atesta o sentimento de que conhecer a Apae e desenvolver um projeto dentro da instituição muda a visão de mundo das pessoas. “No mesmo momento em que iam tirando as fotos, eu relatava fatos que aconteciam na escola e eles [alunos do IFSC] ficavam admirados com a forma como as coisas acontecem numa escola especial e com a seriedade do nosso trabalho. E isso acontece com todos que vêm na Apae. As pessoas saem um pouco mudadas depois que visitam as Apaes”, diz.

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