O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Notícia Aberta

Aplicações Aninhadas

Publicador de Conteúdos e Mídias

No Dia do Professor, contamos a história de docentes do IFSC formados em institutos federais

CÂMPUS GASPAR Data de Publicação: 15 out 2020 10:25 Data de Atualização: 15 out 2020 16:11

Neste Dia 15 de outubro, resolvemos homenagear os professores contando a história daqueles docentes do IFSC que um dia já foram estudantes de um instituto federal. Um desses casos é o da diretora-geral do Câmpus Gaspar, Ana Paula Kuczmynda da Silveira. Sua trajetória de vida é marcada pela presença da educação técnica e tecnológica. Seu avô materno foi estudante da Escola de Aprendizes Artífices no Rio de Janeiro e seu avô paterno veio da Ucrânia e também tinha formação técnica. “No seio da minha família sempre esteve muito presente essa discussão da necessidade da formação técnica, para que pudéssemos melhor acessar o mundo do trabalho e ensino superior. Não é por outro motivo que, eu e minha irmã fizemos a Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro e meu irmão fez Cefet-RJ.”

Na Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro, ela fez o curso técnico integrado em Química e isso a motivou a  escolher cursar a graduação de Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Eu acho que a Escola Técnica, naquela época, representa pra mim a primeira marca de iniciação científica dentro da minha vida, ela realmente fez com que eu percebesse a importância de pesquisa. Pesquisa essa, que foi me acompanhando não só na área de Química, porque acabei escolhendo fazer a licenciatura em Português e Inglês, mas durante toda minha vida com esse espírito científico da busca por respostas pra perguntas e problemas que estão presentes na sociedade. Outra questão que eu tenho certeza que devo a Escola Técnica, é essa liberdade e autonomia de realizar pesquisa, de trabalho em grupo, de buscar soluções criativas para diferentes questões e buscar desenvolver protagonismo na origem desses trabalhos. Nas semanas da Química que tínhamos naquela época, a gente trabalhava com a criação muito autônoma e efetiva de projetos que precisavam ser apresentados para a comunidade; esses exercícios de apresentar esses trabalhos foram muito importantes, inclusive para aumentar minha segurança pessoal, melhorar minha oratória e me fazer articular melhor as informações. Outra questão, é a preocupação cultural e social, apesar de estarmos falando do final da década de 80 e a Escola Técnica estar muito voltada a um aspecto mais tecnicista, isso não era o que a gente vivia dentro da escola, na Escola Técnica pensávamos muito em cultura, política e questões sociais. E a questão da experimentação, o uso do espaço do laboratório, da percepção do mundo do trabalho; então foi a partir da Escola Técnica que eu fiz o meu ingresso no mundo do trabalho, a partir de iniciativas de estágio, tudo isso foi muito importante, e depois, foi importantíssimo na entrada do curso superior. Eu me lembro que eu usava no curso superior, na Federal do Rio de Janeiro, alguns livros que tinham sido escritos pelos meus professores da escola técnica, como depois também, aconteceu ao contrário eu estudei na escola técnica com livros que foram escritos pelos meus professores da Universidade; então era muito bacana a gente ver essa relação.”

Há 10 anos, a Ana voltou ao ensino técnico e tecnológico, agora como professora. “Uma das minhas maiores alegrias foi quando eu voltei; nessa minha trajetória de vida eu volto ao Instituto Federal de Santa Catarina- Câmpus Gaspar e descubro que vamos ter um curso técnico integrado em Química no câmpus. Então é como se fosse um retorno das experiências que eu vivi e conheci dentro da Escola Técnica e Federal naquela época.”

O professor de Português do Câmpus Gaspar Luiz Herculano Guilherme também foi estudante de um instituto federal. De 1999 a 2002, ele foi aluno de técnico em Agropecuária do colégio agrícola Nilo Peçanha, no interior do estado do Rio de Janeiro. “Eu cursei o técnico em Agropecuária, muito por influência da minha família, a minha mãe é técnica agropecuária e os meus tios também; o meu avô trabalhou nesse colégio, ele foi cozinheiro lá por mais de trinta anos e quando ele se aposentou meu tio o sucedeu. Lá foi o melhor lugar que eu estudei na minha vida, porque eu tive contato com várias coisas, com projeto de extensão e projeto de pesquisa. Fiz iniciação científica e apresentei na Jornada de Iniciação Científica na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no terceiro ano do Ensino Médio, um mapeamento de insetos presentes nas árvores que tinham no colégio”.

Apesar de ter feito Agropecuária, Luiz Herculano conta que queria ser professor de Português e foi isso que o motivou a prestar vestibular para Letras. “Quando eu concluí a graduação trabalhei em alguns lugares, mas sempre tive vontade de retribuir para sociedade o que ela investiu em mim; meu pai foi servidor da UFRJ e sempre botou na nossa cabeça que era importante fazer universidade pública. Por isso, decidi fazer concursos e passei. Hoje como docente do IFSC eu consigo retribuir um pouco para sociedade o que ela investiu em mim. O que mais me motiva a trabalhar no IFSC é relembrar vários momentos, várias vezes eu me vejo na mesma posição dos alunos.”

O professor de Química Yuri Salomão também tem no seu currículo e na sua trajetória de vida a Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro, onde cursou o técnico em Química. “Foi na antiga Escola Técnica Federal, onde aprendi a importância de uma formação técnica e gratuita de qualidade. Hoje fazer parte de rede federal é ser responsável por manter a excelência de ensino em todo país e no exterior. É sensacional conviver com os estudantes e isso me faz crescer como ser humano, trabalhar com a educação é gratificante e me realiza, por isso, sou professor e com muito orgulho.”
 
 

CÂMPUS GASPAR

Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Leia Mais.