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Ambientes virtuais ou materiais impressos? Câmpus Canoinhas adota as duas formas para manter atividades não presenciais durante a pandemia

ENSINO Data de Publicação: 18 nov 2020 18:03 Data de Atualização: 20 abr 2021 20:35

Aulas on-line síncronas ou assíncronas, plataformas digitais, lives, gravação de videoaulas, webconferências e grupos de aplicativos de mensagens são algumas estratégias abraçadas por educadores e alunos do IFSC para manter as aulas de forma remota, desde a suspensão das atividades presenciais, em 16 de março, por causa da pandemia de Covid-19. Mas, ao mesmo tempo em que proporciona condições para o uso de ferramentas tecnológicas, o Câmpus Canoinhas atua em outra frente, igualmente importante, para atender estudantes que não têm acesso, familiaridade, aptidão, tempo ou circunstâncias favoráveis para acompanharem os ambientes virtuais de aprendizagem.

Coordenada pela Comissão de Materiais Impressos, a distribuição de apostilas de conteúdo e atividades atende a mais de cem alunos de cursos técnicos e superiores, de Canoinhas e de municípios da região.  A demanda foi diagnosticada por professores e coordenadores de curso logo no início da implantação das atividades não presenciais. A partir daí, o Câmpus Canoinhas se adaptou para trabalhar tanto pela plataforma do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) quanto com materiais impressos.

“Começamos com a formação de professores e coordenadores de cursos sobre reorganização do plano de ensino e criação de um fluxograma de ciclos”, explica professora Luciana Vargas Ronsani, que divide a coordenação da comissão com a professora Marli da Silva Santos.

Permanência garantida

A disponibilização de material impresso garantiu a permanência do estudante Hudson de Oliveira Fragoso no curso técnico concomitante em Edificações, onde ingressou em fevereiro, praticamente um ano depois de ter começado a trabalhar como oficial de manutenção no Câmpus Canoinhas, pela empresa terceirizada responsável pelo contrato.

“Conheci o IFSC trabalhando e me interessei em conhecer os cursos”, conta Hudson, que, aos 31 anos, voltou a estudar mais de dez anos depois de ter concluído o ensino médio. “O estudo tem que acompanhar a profissão, pra gente ter uma qualificação”, garante. “Melhorei 100% e até na maneira de me expressar. Agora, respondo as dúvidas das outras pessoas de forma mais técnica”, completa.

Mas continuar estudando, no semestre passado, só foi possível por causa do material impresso. O trabalho, tanto na empresa quanto nos extras como autônomo, exigia dele um horário diferenciado não compatível com as aulas on-line. Além disso, havia a dificuldade em acessar o material pelo celular e sua “falta de jeito” com a tecnologia.

“Consigo me organizar melhor e interagir com mais facilidade no papel”, justifica Hudson, que chegou a comprar um computador para se aprimorar no uso das ferramentas, mas que pretende continuar estudando pelas apostilas. Até porque as noites de estudo são compartilhadas com o filho mais velho, Henrique, de sete anos. “É um incentivo pra ele, que se inspira em fazer as atividades da escola”, orgulha-se Hudson, que também é pai do Davi, de dois anos.

“Esta alternativa de entregar as aulas em material impresso foi a melhor forma de dar assistência a todos os alunos. Foi muito bacana, porque evita exclusões. É um olhar humano para não privilegiar só os que têm acesso ao material virtual”, enfatiza.

Resultados compartilhados

O trabalho e a avaliação positiva de estudantes e professores foram apresentados pela Comissão de Materiais Impressos do Câmpus Canoinhas para a Comissão dos Programas Sociais do IFSC, que vai replicar o método criado pelos servidores do câmpus para outros câmpus, especialmente os que têm cursos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica, na Modalidade de Jovens e Adultos (Proeja).

Resumidamente, o trabalho da comissão consiste em orientar os professores sobre o processo, coletar os materiais disponibilizados pelos professores, imprimir em apostilas, distribuir aos alunos cadastrados, receber as tarefas, devolver aos professores e encaminhar as devolutivas aos alunos, em ciclos quinzenais. Tudo respeitando os protocolos de segurança.

“Por ser um trabalho voluntário, o qual demanda engajamento, sinto-me em constante aprendizado, principalmente pelas experiências compartilhadas e por conseguir fortalecer a democratização do ensino aqui no câmpus”, enfatiza professora Luciana.

Além das coordenadoras, a comissão é composta pelos professores Aloísio Souza, Anderson Gonçalves, Aryane Spadotto, Claudio Adão da Rosa (de Educação Especial), Cinthia Adimari, Daiane Caroline Wagner, Josimar Oliveira, Joyce Moura Borowski, Juliana Aparecida da Silva, Luciano Heusser Malfatti e Yuri Lopes Adib Salomão. A chefe e a assessora do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão do Câmpus Canoinhas, Magali Regina e Andressa Cassias Pereira, respectivamente, também fazem parte da equipe.

Auxílio Internet

É importante lembrar que, para os alunos que têm interesse em fazer as atividades on-line e precisam de suporte, o IFSC oferece duas formas de auxílio. Em abril, o IFSC publicou Instrução Normativa para conceder auxílio emergencial de acesso à internet para estudantes que não tinham o serviço em casa, no valor mensal de R$ 70. 

De outubro é o Projeto Alunos Conectados, lançado pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP) em parceria com o Ministério da Educação. A iniciativa prevê o fornecimento e monitoramento de pacote de dados de internet móvel para os alunos das instituições federais em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Para mais informações, os estudantes podem entrar em contato com a Coordenadoria Pedagógica: pedagogico.can@listas.ifsc.edu.br.

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