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Pesquisa aponta características de informações falsas sobre a pandemia de covid-19

PESQUISA Data de Publicação: 10 dez 2020 12:27 Data de Atualização: 10 dez 2020 13:01

Durante a pandemia de covid-19 observou-se a disseminação de informações falsas, chamadas popularmente de “fake news” (“notícias falsas”, em inglês), com o objetivo de minimizar ou mesmo negar a gravidade da doença causada pelo novo coronavírus. Um projeto de pesquisa do Câmpus São José, chamado “Mapeamento, análise e combate de ‘fake news’ no contexto da pandemia de covid-19”, buscou conhecer algumas características desse tipo de conteúdo, avaliando 100 deles. (obs: há debate sobre qual é a melhor expressão a se usar para definir esse conteúdo que contém informações falsas, mas foram adotadas neste texto a expressões utilizadas no projeto de pesquisa - “fake news”, ou “notícias falsas”. Para saber mais sobre esse debate, leia este post no Blog do IFSC) .

O projeto começou em 17 de agosto e será finalizado na próxima semana (também dia 17, uma quinta-feira). “O objeto da pesquisa eram fake news em português, ou seja, 'notícias' que veicularam informações verificadamente falsas, relacionadas à pandemia, principalmente nas redes sociais”, explica o professor Kayron Campos Beviláqua, que orienta na pesquisa a estudante Dayane Schreiber da Costa, da sexta fase do curso técnico integrado em Refrigeração e Climatização.Os conteúdos foram garimpados diretamente nas redes sociais e também em sites e bancos de dados especializados em checagem de informações (o IFSC possui um serviço desse tipo, o IFSC Verifica).

Depois de identificados os conteúdos, os pesquisadores passaram a analisá-los considerando aspectos textuais, político-discursivos, temas, subtemas e meios de compartilhamento. Com isso, conseguiram identificar algumas características deles, que servem de orientação para que o público não seja enganado por informações falsas sobre a pandemia.

Características

Um dos principais resultados encontrados pelos pesquisadores foi o de que 72% dos conteúdos analisados tiveram sua origem na rede social Facebook, bem à frente de Whatsapp (14%), Twitter (9%), sites em geral (3%) e Instagram (2%).

Com relação à redação dos conteúdos, os pesquisadores apontam algumas características mais comuns. Os erros de escrita, por exemplo, apareceram em 38% deles. O uso de palavras em letra maiúscula, negrito ou itálico também foi frequente, ocorrendo em 31%. Foi observada, ainda, a presença de verbos no imperativo (“faça” ou “tome”, por exemplo) em 19% dos textos e de palavras de baixo calão (“palavrões”) em 11%.

A análise sobre os aspectos político-discursivos mostrou que 26% dos conteúdos exaltavam algum tipo de tratamento contra a covid-19 sem eficácia comprovada - até hoje nenhum medicamento mostrou-se eficaz contra o novo coronavírus. Nem mesmo a citação no texto de uma estudo ou de alguém ligado a governos é garantia de que as informações são verdadeiras: a pesquisa encontrou uma autoridade ou instituição governamental como fontes de informação falsa em 23% dos conteúdos e 12% deles citavam supostos estudos, mas sem dizer quem os fez.

Temas

Os pesquisadores dividiram os conteúdos em categorias de acordo com os temas abordados por eles. O assunto mais frequente foram as mortes causadas pela covid-19 (23% das notícias falsas), seguido por prevenção (15%), tratamento (15%), vacina (14%) e número de infectados (10%) entre os principais temas (foram 16 temas categorizados no total).

Para informar o público sobre os resultados do estudo e ajudar no combate às informações falsas, os pesquisadores elaboraram vários banners virtuais que foram postados nas redes sociais do Câmpus São José (Facebook, Instagram e Twitter).

Se quiser obter mais informações sobre o projeto, entre em contato com o professor Kayron por e-mail (kayron.bevilaqua@ifsc.edu.br). 

 
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