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11 de fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 11 fev 2021 23:45 Data de Atualização: 12 fev 2021 12:44

Instituído em 2015, o Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência passou a ser celebrado mundialmente.  Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, a data é comemorada em diversos países, com atividades que visam dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.


Lançado hoje, o Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), mostra que as mulheres ainda representam apenas 28% dos graduados em Engenharia e 40% dos graduados em Ciência da Computação e Informática. A pesquisa da Unesco aponta disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 28% dos profissionais são mulheres.  Ainda segundo o documento,  desigualdades de gênero aumentaram dramaticamente no último ano, à medida que as mulheres carregam com o peso do encerramento das escolas e do teletrabalho. 

Esse cenário vem mudando, mas ainda em ritmo lento. No Câmpus Florianópolis, diversas ações têm sido feitas nos últimos anos para incentivar o ingresso de meninas e mulheres em cursos das áreas de Engenharia. Recentemente, um curso básico de Mecânica para mulheres teve uma procura surpreendente e atingiu um dos objetivos de sua realização: aumentou o número de inscritas e sorteadas no curso técnico subsequente em Mecânica.

No fim do ano passado, duas alunas do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica participaram de um vídeo produzido pela Rede de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol), Ministério de Minas e Energias (MME) e pelo Ministério da Educação (MEC), com o apoio da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. A ideia é incentivar meninas e adolescentes a seguirem profissões na área de energias renováveis. Segundo a Agência Internacional de Energias renováveis (IRENA), apenas 32% do setor de energia renovável mundial é composto por mulheres.

Gabriela Pereira Carneiro (à esquerda na imagem acima) é estudante do curso técnico em Eletrotécnica. “Eu achei muito bacana a iniciativa desse vídeo, pois muitas meninas que eu conheço têm medo de entrar na área por ela ser considerada muito masculina”, conta. Para ela, no entanto, esse “detalhe” foi visto como mais uma motivação para não desistir. “Nunca pensei em outra área por esse motivo , inclusive, o fato de ser ainda tão masculina me dá mais vontade ainda de seguir em frente. Quero fazer parte dessa mudança”.

“Fiquei bem feliz em participar e mostrar a força feminina que está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Nunca me passou pela cabeça desistir da área por conta disso, mas já passei por momentos machistas durante a profissão. Mas esses momentos não me abalaram, fizeram com que eu buscasse melhorar cada vez mais para mostrar o meu valor.”, explica Liliane Schmitz (à direita, na imagem), aluna de Engenharia Elétrica.

Tanto ela quanto Gabriela ressaltam que a representatividade, que ver mulheres crescendo na carreira, ocupando bons cargos e chefias e, claro, sendo professores, fazem muita diferença. “Acho que no departamento inteiro só têm duas ou três professoras, enquanto o resto todo são homens. Também dá pra ver a diferença no número de alunas em comparação aos outros cursos. Em Edificações, Química, Saneamento tem muitas meninas, em alguns casos elas representam mais de 50% da turma. Já nos cursos de Eletrônica e Eletrotécnica esse número é bem menor. Na minha turma, por exemplo, só tem três garotas, contando comigo”, diz Gabriela.

“Acho bem importante haver essa representatividade feminina dentro de universidades, ainda mais em um curso onde a grande maioria ainda são homens. A sociedade ainda tem uma cultura de pensar que só homens trabalham com tecnologia, mas isso vem mudando e espero que mude cada vez mais, pois tem muita mulher com tanta capacidade quanto os homens”, finaliza Liliane.
 

 

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