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IFSCães: saiba como estão os “doguinhos” adotados no Câmpus Chapecó

CÂMPUS CHAPECÓ Data de Publicação: 03 mar 2021 09:33 Data de Atualização: 03 mar 2021 10:18

Há pouco mais de um ano, a vida do cachorro Pudim mudou completamente. Estava abandonado e passava os seus dias no Câmpus Chapecó do IFSC aos cuidados de servidores e estudantes. Apesar de receber amor e carinho, ali não era o melhor lugar para ele. Algumas vezes, durante os finais de semana, saia passear e voltava machucado. A história do cachorro tomou novos rumos quando a família da advogada Eliane Muller se sensibilizou com a situação e decidiu adotá-lo.

Eliane lembra que, antes da adoção, o Pudim vivia assustado, tinha medo principalmente de carros e de fogo. “Hoje, abriu a porta do carro, ele pula. Sai viajar com a gente e tudo. Se fizer fogo para o churrasco, fica ali de boa. Eu acho que ele foi bem maltratado porque era mais retraído”, supõe.

Abandonar ou maltratar animais é crime previsto em lei (Lei Federal nº 9.605/98) e pode ocasionar em até cinco anos de detenção. O Pudim não foi o único nessa condição a parar no IFSC Câmpus Chapecó, são vários os casos. Os cachorros são abandonados nas redondezas ou vêm dos bairros vizinhos e acabam ficando ali com fome, sede e, muitas vezes, precisando de cuidados veterinários.

Tamara Bordin, auditora-chefe do IFSC, diz que, quando tomam conhecimento desses casos, a primeira ação a ser feita é verificar se o cachorro é dócil e não representa perigo para a comunidade acadêmica. Depois procuram providenciar toda assistência necessária. “Os bichinhos não tem como sobreviver se a gente não cuidar deles. A gente faz isso por amor aos animais. Não conseguimos simplesmente passar por eles e não olhar os cuidados que eles precisam”, relata Tamara.

Voluntariado de servidores e estudantes

A comunidade acadêmica também acaba se envolvendo. Os recursos para os cuidados dos cães saem da contribuição voluntária de servidores e alunos, por meio de vaquinhas. “É importante lembrar que nós somos uma instituição de ensino, nós não somos uma ONG que coleta os bichos, mas como eles acabam vindo, a gente tem essa liberdade, a direção nos dá essa liberdade de cuidá-los ali”, esclarece Tamara.

Após os primeiros cuidados, a adoção é incentivada. Uma das iniciativas para a divulgação foi a criação de perfis dos animais no Instagram. Na rede social, são postadas fotos dos cães. A partir daí mais pessoas acabam conhecendo, se apaixonando e os adotando. Foi assim com o Pudim: “Eu sou a louca do pudim, adoro pudim, aí quando eu vi o nome dele eu disse ‘é meu’”, confessa Eliane Muller.

O perfil do Pudim é atualizado até hoje. Na descrição, ele é apresentado como ex-cão abandonado e atual pet influencer. As postagens mostram um pouco da sua rotina de forma bem humorada e em primeira pessoa, é como se o próprio Pudim estivesse se comunicando. “Quando a gente adotou, os alunos pediram para mostrar como ele iria ficar depois. Tem bastante alunos e servidores que mandam mensagem”, lembra Eliane.

Paixão à primeira vista

Outra forma de divulgação dos animais é por “boca a boca”, como no caso da adoção do Bob. A Gilmara Debastiani conheceu o cachorro através de uma servidora do IFSC. Ela queria adotar gatos, pois não tinha experiência com cães, mas quando viu o Bob foi paixão à primeira vista: “Meu esposo até tem ciúmes dele, diz que dou mais atenção para o Bob do que para ele”, brinca.

A Gilmara conta que sua vida mudou bastante com a chegada do “cãopanheiro”: “Não vejo a hora de chegar em casa para ver o Bob”, confessa e ainda relata: “Onde vamos levamos ele, você acredita que até na praia ele pega onda, toma sol junto com nós, faz trilha, adora passear e andar de carro”.

Esses exemplos demonstram o esforço dos servidores do IFSC de proporcionar uma adoção responsável, para que os animais não voltem a sofrer. Os servidores terceirizados, vigilantes e faxineiras, também não medem esforços para cuidar dos cães. Essa ajuda se torna ainda mais importante principalmente de madrugada e finais de semana, quando são eles que permanecem na instituição.

A Claudete Ribeiro dos Santos é uma das servidoras terceirizadas que se envolve bastante: “Eu sou apaixonada pelos bichinhos, se eu pudesse tirar todos da rua e cuidar. Mas infelizmente a gente não pode. O pessoal procura comprar, eu já sou a favor da campanha de não comprar, mas sim adotar”, conclui. 

Ficou interessado?

Quando algum cachorro ou gato aparece no IFSC, os voluntários dão assistência e publicam fotos nas redes sociais oficiais do câmpus (Instagram e Facebook) em busca do tutor do animal, já que ele pode apenas estar perdido.

Para evitar este tipo de problema, a recomendação é que se coloque uma identificação com número de telefone do tutor na coleira do animal, especialmente naqueles que ficam soltos na área externa da residência ou os que passeiam na rua. Por fim, quando o tutor não é localizado, o animal é colocado para adoção também por meio das mídias sociais.

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